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250912 lamadriguerapoliciaGaliza - Diário Liberdade - O CSA A Madriguera (A Toca, em galego) organizava atividades fai um ano. Em todo momento sofreu o assédio da polícia.


O Centro Social que no último ano promoveu mais atividades na Comarca do Berzo fecha as portas. Apesar de que a repressom foi constante desde o início da atividade no local, o golpe final foi a acusaçom de "apologia do terrorismo" contra o CS, que mantém umha pessoa nas maos da Audiência Nacional espanhola (herdeira do Tribunal de Ordem Público franquista, e que acaba de dirigir a detençom e alegadas torturas a mais quatro galegos do movimento independentistas).

Segundo as e os membros do CSA, o depoimento inicial da polícia -que entrou e registou o local em setembro de 2011, numha violenta e polémica intervençom já noticiada polo Diário Liberdade- foi posteriormente modificado por instáncias superiores do corpo repressivo municipal (um "peixe gordo", dizem), que introduzírom supostos delitos de apologia do terrorismo. Em etapas anteriores da Madriguera já se produzírom intervençons policiais violentas.

A assembleia do que foi a Madriguera, na cidade de Ponferrada, critica que "sem o apoio e interesse da gente" nom se pode "manter a farsa de um local criado para a gente mas sem gente", e avalia nom valer a pena expor-se à repressom por um projeto que, dizem, é "grande de mais" para essa cidade galega na que "prima a estética mas nom a ética".

Num acréscimo à resoluçom da assembleia do CS, este desvincula-se de textos desrespeituosos e, segundo afirmam, falsos contra a Plataforma Antifascista do Berzo e emitidos nas últimas datas, atribuindo-lhos a umha mente "desequilibrada e bipolar".

Seja como for, morre esta iniciativa social, de cuja assembleia reproduzimos o comunicado que acabam de publicar:

Comunicado polo fechamento do CSA A Madriguera

"Escrevemos este texto-denuncia desde a assembleia do que foi o C.S.A. A Madriguera ["A Toca", em galego], NOM como resposta à pessoa que se dedicou a desprestigiar ao Centro por internet, senom para informar das diversas causas do seu fechamento e a repressom que sofreu dito local.

Em primeiro lugar assinalar que o C.S.A durou mais de 1 ano nom por arte de magia senom polo esforço de PESSOAS com diversas crenças políticas (SEMPRE NUMHA LINHA LIBERTÁRIA E ANTICAPITALISTA) um esforço que se viu esmagado pola maquina repressora do capital, neste caso pola da polícia municipal de Ponferrada.

Este Centro Social Autogerido abriu-se com umha ideia: criar um local no qual se pudessem desenvolver diversas atividades que noutros sítios nom se poderiam realizar da mesma maneira, bem como criar outro tipo de relacionamentos nos que nom médie o dinheiro nem as hierarquias. Na Madriguera desenvolvérom-se todo o tipo de oficinas sem ânimo de lucro: aulas de guitarra, pintura e escultura, aulas de inglês, fabricaçom de cerveja caseira, serigrafia para criar t-shirts próprias ou com fins antirrepressivos, oficina de cerámica, oficina reutiliza e fá-lo a tu própri@, oficina de defesa pessoal, oficina de arranjar bicicletas, oficina de malabares, de teatro e diversas oficinas pontuais realizadas voluntariamente por diferentes coletivos e pessoas a nível individual, bem como outras oficinas que seguramente se nos esqueçam, já que nom fôrom poucas.

No C.S.A também se desenvolviam conversas, vídeo-debates, comedores veganos, apresentaçons de livros, exposiçons e um monte de atividades culturais e políticas que realmente conhecérom os que iam aos atos realizados e diariamente. Também assinalar a colaboraçom e o desenvolvimento de atividades dos diferentes coletivos que passárom polo C.S.A: B.A.H (Baixo o Asfalto esta a Horta), A Mandrágora (Coletivo contra o patriarcado), CJC (Coletivo de Jovens Comunistas), A olla do Berzo (Associaçom de agricultura ecológica), Berzo Ar Limpo, CNT (Leom e Xixón), Ecobierzo, P.A.B (Plataforma Antifascista do Berzo), S.H.A.R.P (Leom), La HAINE (Contrainformaçom na rede), Escrav@s do século XXI, Cooperativa Integral do Berzo e mais coletivos e organizaçons que com certeza esquecemos mencionar.

Também assinalar as pessoas que a nível individual realizaram conversas, audiciçons ao vivo e mais atividades que se figérom com vontade de informar, criticar, refletir, criar consciência política e ensinar os demais algo que normalmente nom se aprende nesta sociedade como um carneirinho.

Mas apesar do esforço de tantas pessoas o C.S.A nom calhou do tudo com a gente (em geral) que é por e para quem se criou esse espaço, ESTE É O PRINCIPAL MOTIVO DO FECHAMENTO do C.S.A, já que sem o interesse da gente e o apoio de tod@s a autogestom nom é possível. O quase nulo envolvimento, compromisso e valoraçom da gente para o C.S.A fijo com que pouco aos poucos as pessoas mais implicadas nele dia após dia fossem perdendo os ânimos de continuar com a farsa de ter um local para a gente mas sem gente.

Aos nossos ouvidos chegavam todo o tipo de críticas por parte de "personagens" que nem sequer se dignárom a conhecer o local e as pessoas que trabalhávamos voluntariamente nele. É muito fácil criticar desde fora e sem dar a cara ou pior ainda por internet como os meninos de 10 anos. Talvez a gestom por parte da assembleia nom fosse a acertada mas polo menos tentamos e no caminho nos enganamos. Mencionar que as assembleias eram abertas e estava ao dispor de tod@s contribuir ideias para melhorar o funcionamento do mesmo e por suposto para criticar e debater.

Para somar-lhe dificuldades à continuidade do C.S.A desde a polícia municipal de Ponferrada saiu um depoimento aproximadamente em novembro de 2011 modificado por um peixe gordo da municipal. Nesse depoimento fazia-se constar a atuaçom da polícia municipal de Ponferrada no C.S.A A Madriguera no dia 10 de Setembro de 2011 às 20:00 aproximadamente numa audiçom de RAP. No dito depoimento os municipais presentes na atuaçom, depois de fazer um registo físico e fotográfico do C.S.A e levar-se detido a um dos presentes, redigem que no local havia propaganda e carteleria antisistema/subversiva, pasquins, menores bebendo álcool e muitas garrafas de cerveja.

Dito peixe gordo da municipal de Ponferrada mudou meses depois o relatório final do atestado e pôs que no local se fazia apologia do terrorismo, mais concretamente: GRAPO e ETA militar (tal qual está no relatório), e aí montam um dossier no qual aparece uma fotografia (entre outras) de um cartaz informativo onde se explica a finalidade de um confre de poupança (um de tantos). Nesse texto punha o seguinte: O DINHEIRO DESTE COFRE VAI DESTINADO AOS/ÀS PRES@S ANTIFASCISTAS: GRAPO,SRI,PCEr PARA O PECÚLIO D@s PRES@S:ROUPA, COBERTORES, JORNAIS" mais ou menos isso punha o texto.

Assinalar que no C.S.A nom só havia cofres para pres@s polític@s senom que também se recolhia dinheiro para todo o tipo de causas: em apoio a imputad@s ANTIFASCISTAS do Berzo e a mais locais, pecúlio para pres@s comuns, refúgios de animais, financiar revendedoras libertárias, editar revistas e livros.

Foi graças a esse cartaz com esse texto que algum ESPERTO pujo junto ao cofre polo que acusaram de apologia ao terrorismo o C.S.A., o presidente da Associaçom da Madriguera, já que ao figurar como presidente é o último responsável por todo o que acha no interior do C.S.A, citou-se-lhe umha terça-feira (7 de Agosto de 2012) para umha sexta-feira (10 de Agosto de 2012) pola promotoria da corte de Ponferrada, nessa citaçom acusa-se-lhe de um suposto delito de apologia e financiamento do terrorismo, a pena que lhe "sugeriam" que poderia ter é de 5 a 10 anos de cárcere com umha multa de 18 a 24 meses de cárcere (tal qual está no dossier).

Os membros da assembleia do C.S.A A Madriguera achamos e apoiamos ao colega imputado, embora alguns/as nom estejamos de acordo com o modo de atuar temos a confiança de que o fijo o melhor possível "dada a situação" . Nom vamos negar que passamos verdadeiros apertos quando recebemos a notícia da acusaçom que lhe faziam ao C.S.A e a dizer verdade nom houvo um só membro que nom se alarmasse. No dia anterior à declaraçom reunimo-nos e demos-lhe o nosso apoio esperando que todo fosse um susto.

Nom há que ser muito inteligente para se dar conta de que isto foi uma montagem policial em toda a regra, que o único para o que serve é para criminalizar movimentos sociais e para meter medo à gente que realmente quer mudar as coisas, mas a dia de hoje o colega imputado esta à espera do que lhe poda acontecer, isto é, terá que ir à audiência NAZIonal, já que, apesar do que outr@s podam dizer há um delito provado e uma vinculaçom a umhas siglas que som consideradas no Estado espanhol como terroristas.

Ou talvez se enfrente a uma multa e aí se acabe tudo, o tempo dizê-lo-á. O que sim que tínhamos claro desde um princípio, tanto o arguido como tod@s @s membros do CSA, é que nom queríamos "mártires antifascistas" em todo este assunto nem tampouco financiar o estado com os nossos esforços, por isso fomos bastante discret@s e respeitámos em todo momento a deciso, do arguido (ele é o que se joga ir ao cárcere, nom outra pessoa). O nosso máximo desprezo a esses destruidores de sonhos.

Comentar que fai cousa de três meses chegaram umas 12 sançons da Subdelegaçom do Governo espanhol, àquela gente que estivo (e a otr@s que nem sequer estivérom) nos atos de 10 de setembro de 2011 no centro social, impondo umhas multas de 300,52€ por incitaçom à violência. Também a um d@s vizinh@s que foi declarar no julgamento a favor do detento a 10 de setembro lhe chegou uma sançom de 150€ por botar lixo na via pública (?). Esta é a maneira que tem de atuar a polícia municipal de Ponferrada.

Com ou sem esta montagem policial, polas causas comentadas anteriormente os membros da assembleia do CSA A Madriguera decidimos dissolver a associação e fechar o local. Nom por medo às suas represálias, que sabemos quais som, senom porque decidimos que era absurdo seguir nos comprometendo numha cousa que a esta cidade e os seus habitantes lhes fica grande de mais, aqui prima a estética mas nom a ética.

Terminamos agradecendo a tod@s os que nos apoiaram e tenhem estado aí por mais de um ano e meio, sem vós nom seria possível, obrigad@s; e aos que nom nos apoiaram, sem vós foi possível, obrigad@s também.

Saúde, amor e guerra!

ASSEMBLEIA DO CENTRO SOCIAL AUTOGESTIONADO A MADRIGUERA DO URSO PARDO (R.I.P)

Foto: Ecobierzo - Atuaçom policial no CSA em Setembro de 2013.


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