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250410_fernandoPereira.jpgGZ livre - O passado sábado celebrou-se o décimo cabodano do pasamento do histórico nacionalista, com um acto em Souto Maior, onde se aproveitou para apresentar o livro colectivo publicado pola editorial viguesa Ir Indo, intitulado “Fernando Pereira sempre con Galicia”.


Em el incluem-se artigos de Xosé Luís Méndez Ferrín, Xesús Alonso Montero, Xesús Ferro, Avelino Pousa, Xosé Neira Vilas, Camilo Nogueira, Xosé Manuel Beiras ou Anxo Quintana, porém o escrito polo independentista Antóm Arias Curto foi censurado.
O galizalivre.org tivo acceso ao texto, que publicamos íntegro a continuaçom:
 
A Fernando Pereira, in memoriam
 
Um amigo, companheiro e possível camarada (o anonimato nom permite detalhes), pediu-me que escrevesse algo para o vindeiro cabo de ano do Fernando Pereira. Dixem-lhe que ainda que nom tivem muito trato com el, efectvamente coincidiramos em algumha manife e em algumha concentraçom. Conhecim a sua história política e sabia da sua valoraçom de Galiza Ceive e do Partido Galego do Proletariado, de cujo comité central figem parte. Insistiu-me este anónimo amigo em que intentasse traguer à memória aspectos da sua biografia política sobre, por exemplo, questons similares às da minha, dado que eu fom tenente de alcalde e vereador em Monforte, como independente, ao igual do que o Fernando Pereira foi, também como independente, presidente da sua câmara municipal; no seu caso, 16 anos.
 
Daquela Galicia Ceibe, conhecida por el despois de Novembro de 1983, pouco ficou; até o Arturo (O Relojeiro), quem me declarara, na véspera da reuniom em que se votaria pola dissoluçom ou continuaçom da organizaçom, que el estava pola continuidade, logo no dia seguinte trocou o seu voto e foi-se co Ferrim e os seus. Depois, a Galicia Ceibe em que eu continuei a militar, porque os estatutos nom permitiram a dissoluçom, pouco tinha a ver coa que o Fernando Pereira conheceu. A Galicia Ceibe, logo Galiza Ceive, que continuou, fo a que deu militante e membros para o Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive (EGPGC), como Antom Garcia Matos, José Antom Mata-Lobos Rebolo, Manuel Chao Do Barro… todos condenados pola Audiencia Nacional; também eu.
 
A Galiza Ceive que continuou foi o piar fundamental para a constituiçom da Frente Popular Galega no ano 1988, quando esta respaldava um projecto político-militar, que executava o EGPGC, o mesmo que parou a celulose de Ponte Vedra (ENCE); logo ainda dim, que vam de sumos sacerdotes do independentismo, que as do EPGC eram aventuras utópicas.
 
Como tenente alcalde no meu Monforte do ano 1979, intentei sempre cumprir coa minha vizinhança sem querer cobrar nada polo meu trabalho na cámara municipal, pois eu tinha a parte o meu ofício. Eu seu que também o Fernando Pereira tinha esse conceito de entrega política para defender os interesses d@s vizinh@s de Souto Maior e acabou pobre, como quem da todo.
 
Em esta feira de traidores e vendidos, possivelmente (se vivesse) o Fernando ficaria surpreendido e espantado de comprovar como está outro ex – companheiro, que el também conheceu, chamado José González (Pepinho), que anda loando, por escrito, o labor profissional do Garcia Manhá (chefe superior da polícia espanhola na Comunidade Autónoma Galega) e mais de algum general da Guarda Civil ou do exército espanhol –nom lembro bem-. O que há que ler! O Pepinho, que me acompanhou à entrevista em Euskadi com Domingo Iturbe Abasolo, Txomin, no ano 1978; o Pepinho que saía no Faro de Vigo defendendo a luita armada.
 
Já ves, Fernando: depois de dezasseis anos como presidente da tua câmara municipal, da emigraçom, do teu labor cultural pola identidade galega, da tua simpatia por Galiza Ceive (OLN), tampouco era ouro todo.
 
Sei que as tuas filhas estám defendendo a tua luita política e o teu nome; também é umha ledícia e estarias satisfeito de comprová-lo, já que quem somos pais bem sabemos como nos enche de orgulho olhar os bons feitos dos nossos filhos, ao contrário de casos de outros antigos nacionalistas, como o defunto do meu ex – companheiro de detençom (1980) Manuel Pousada Covelo, a quem saiu um filho da Galicia Bilingüe; seria como se os meus dous filhos estivessem no ninho da direita da Asociación de Víctimas del Terrorismo, sendo seu pai quem é.
 
DENANTES MORTOS QUE ESCRAVOS
Abril de 2010, A. Arias Curto


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