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Samuel PimentaGaliza - PGL - «Com imensa pena, ainda não recebemos nenhuma participação da Galiza».


Há um mês falávamos no PGL do certame Emergente – Novos Poetas Lusófonos, uma iniciativa do jovem escritor Samuel Pimenta e de uma editora portuguesa para reunir trabalhos e publicar uma antologia da nova poesia que se faz nos países de língua portuguesa. O certame, conforme informado no Portal, está aberto também à Galiza; contudo, da nossa terra ainda não chegou nenhum trabalho, mas há de prazo até 31 de dezembro. Conversámos com Pimenta para saber um bocado mais sobre este projeto.

Como surgiu a ideia do certame e da antologia?

Já há algum tempo que andava a pensar em organizar uma iniciativa deste género. Em Portugal existem algumas entidades que dão a conhecer os novos valores literários, jovens como eu, mas iniciativas em que o foco seja somente a poesia já não são tão frequentes. Diria raras. Existem muitas convocatórias para concursos e antologias de poesia, mas não têm como foco os jovens poetas, as novas gerações. Daí surgiu a ideia de organizar a Emergente e de alargar a participação a toda a lusofonia, onde esta tendência de existirem poucas oportunidades para a publicação dos jovens também se faz notar em alguns países. Falei com a editora Livros de Ontem, que tem vindo a publicar a minha poesia em Portugal, e simplesmente aconteceu.

Na convocatória indica-se que serão aceites autores falantes de língua portuguesa «qualquer que seja a sua variante». Esta redação foi propositadamente para incluir a Galiza ou deveu-se a outras razões?

Um dos propósitos da Emergente é criar pontes entre todos os falantes de Português, através da divulgação de novos valores literários. Daí termos optado por essa terminologia, pois queremos que a Emergente seja inclusiva e agregadora. Claro que uma das razões para usarmos a expressão “qualquer que seja a sua variante” foi precisamente para garantir a inclusão da Galiza. Já bastam as fronteiras políticas que estabeleceram entre nós, não criemos mais. No fundo, somos os mesmos. Uns vivem mais a Norte, outros mais a Sul, mas somos os mesmos. E através da cultura podemos fortalecer esses laços, essa irmandade.

Desde que começou o prazo de para o envio de trabalhos, foi recebido algum da Galiza?

Com imensa pena, ainda não recebemos nenhuma participação da Galiza. Mas vamos aguardar e continuar a apostar na divulgação, o prazo é até dia 31 de Dezembro.

Como está a ser a participação, por enquanto?

Temos recebido alguns trabalhos, mas queremos que as participações aumentem. É nossa intenção, também, promover a criação poética.

Em sua opinião, quais são os principais entraves com que se encontram os poetas jovens?

Penso que a maior dificuldade dos poetas jovens é, precisamente, conseguirem encontrar quem aposte verdadeiramente na poesia que criam de uma forma séria e profissional. Instalou-se a premissa de que a poesia não vende e poucos são os que se atrevem a publicar novos poetas. Quem publica poesia deve estar próximo da sensibilidade dos poetas. A poesia não é um produto, a literatura não é um produto que se comercializa como um detergente ou uma peça de roupa. E encontrar editoras que contrariem esta tendência é, de facto, um desafio.

Os tempos atuais são fecundos para a poesia?

Os tempos actuais são fecundos à produção poética, diria que todos os tempos o são. A poesia provém da vida e enquanto houver vida haverá poesia.


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