1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (3 Votos)

171214 emgalegoGaliza - NÓS-UP - Nom deixam de suceder-se novos dados publicados em diferentes estudos que venhem confirmar a situaçom crítica a que a comunidade lingüística galega foi levada da mao das políticas ditas "bilingüistas" ensaiadas polos sucessivos governos autonómicos, provinciais e locais na Galiza.


Pola nossa parte, como independentistas e de esquerda, achamos que seria umha grave irresponsabilidade limitarmo-nos a assinalar a responsabilidade "partidária" do monopartidarismo bicéfalo espanhol do PPSOE no lingüicídio em curso.

A isso parecem limitar-se as declaraçons das diferentes forças da oposiçom parlamentar (AGE e BNG), e o cinismo sem limites do PSOE, como se o assunto se limitasse às evidentes posiçons antigalegas do governante Partido Popular.

A realidade é que todos eles tenhem governado e/ou governam importantes instituiçons públicas na Galiza nas últimas décadas, essas mesmas décadas em que se verificou umha queda radical nos usos e transmissom do idioma do País em favor do espanhol.

A realidade é que, ainda que seja evidente a diferente consideraçom pola língua de uns e outros, nengum deles aplicou nem, até hoje, teorizou umha política lingüística em condiçons de responder ao maior desafio histórico lançado polo imperialismo espanhol contra a Galiza.

Em definitivo, nom o esqueçamos, o plano estratégico das diferentes forças tem passado e ainda passa, para elas, por um Plano Geral de Normalizaçom Lingüística aprovado por unanimidade no Parlamento autonómico. Um Plano que formula umha série de medidas vagamente compensatórias com o irrealizável objetivo de atingir o "bilingüismo equilibrado" que inspirou o autonomismo desde fins da década de 70.

Ainda hoje, quando o PP já rompeu com essa filosofia bilingüista para afirmar sem ambigüidades a sua aposta no espanhol, os partidos da oposiçom parlamentar, PSOE, AGE e BNG, limitam-se a apelar àquele Plano Geral, guardado numha gaveta no fim do governo bipartido em 2009.

A realidade é que as percentagens de falantes caminham para a pura residualidade, nomeadamente nas faixas de idade mais novas, o que avança um futuro de ponto final para o galego como língua da Galiza. É esse um caminho já percorrido por outros povos e que, ou mudamos o rumo, ou o galego o repetirá, integrando-se de vez na comunidade lingüística espanhola.

NÓS-Unidade Popular quer fazer um apelo à sociedade galega para que, conjuntamente, decidamos se estamos dispostas e dispostos a deixar morrer o galego. Devemos assumir a nossa responsabilidade coletiva e, caso decidamos que nom seja assim, marcar um objetivo realista e perfeitamente realizável: reivindicar e realizar a hegemonia social do galego como primeira língua da Galiza.

Nom se trata de negar a evidência da presença doutras línguas no seio da sociedade, com destaque para o espanhol. Trata-se de dar ao galego o lugar que lhe corresponde: o de primeira língua, com todas as conseqüências. Trata-se de ir além da mera "galeguizaçom administrativa" a que os diferentes partidos tenhem limitado o nosso horizonte normalizador, explicitando que Galiza queremos construir para os nossos filhos e filhas: umha Galiza em galego.

De maneira sintética e para nom haver dúvidas, a esquerda independentista que NÓS-UP representa propom dar ao galego, grosso modo, o papel que hoje ocupa o espanhol. Resumidamente:

1- Garantir a sua presença hegemónica nas instituiçons, meios de comunicaçom, comércio, mundo do trabalho, da cultura de massas, etc, com leis bem claras que garantam a presença preferente do galego. Umhas leis tam claras como as que hoje dam esse papel inequivocamente ao espanhol.

2- Orientar com clareza e sem ambigüidades o nosso país para o mundo que fala galego: umha das maiores comunidades lingüísticas no planeta, conhecida polo nome de português. O galego é umha das diversas variantes desse sistema e o nosso povo deve ter acesso a todo o que essa realidade nos oferece.

3- Essa aposta galeguizadora passa pola autoafirmaçom nacional do nosso povo, já que Espanha nunca consentirá um questionamento do papel hegemónico do espanhol. A conquista da soberania política, da independência, deve avançar a par e passo com um processo normalizador sério e sem complexos.

A essa histórica tarefa apela a esquerda independentista, com plena disposiçom para a superaçom de quaisquer obstáculos partidários na hora de remarmos, como povo, na mesma direçom.

Direçom Nacional de NÓS-Unidade Popular

Galiza, 16 de dezembro de 2014

 


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Publicidade
Publicidade
first
  
last
 
 
start
stop

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.