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logo-variant-flatGaliza - Praça - [Valentim Fagim] O Instituto Galego de Estatística fornece-nos novos velhos dados sobre o usos da nossa língua na Galiza.


Novos porque acabam de sair, velhos porque não surpreendem ninguém. Quem tem olhos para ver, vê, e quem tem orelhas para ouvir, ouve.

O primeiro instinto é apontar o dedo acusador para a classe governante. E tem sentido. O único problema é não poder acusá-los de estar a fazer as cousas mal. Polo contrário, estão a fazê-las mesmo bem. De aí os novos velhos dados.

 

Que fazemos então com o nosso dedo acusador? Eu meteria-o no bolso e como diz Dora, a aventureira, “vamos parar para pensar”. É uma rapariga com juízo a Dora, Se alguém não a conhecer, é apenas sintoma de não ter filhos, sobrinhos ou netos em formato miúdo. Nada de grave.

Vamos parar para pensar, então. Diante dos olhos temos uma língua que está a ser substituída por outra, na qual, ademais, se está a dissolver e misturar. Para fazer frente a esta dinâmica temos duas estratégias sobre a mesa. Uma delas foi implementada nos últimos trinta anos e, em resumo, propõe desligar-nos das outras variedades, populações e países que as falam. Orgulhosamente sós, que se diz nestes casos.Ligado a isto, usa um modelo de língua misturado com a língua hegemónica para assim ser mais fácil a sua aceitação social. A priori, nada de mau... até que se implementa.

 

O senhor Hoover tivo o azar de ser presidente dos EUA a coincidir com a depressão de 1929. Ele acreditava no self-made-man, no individualismo, na eficácia da iniciativa privada. Nada de mau...até que tens uma depressão económica que depaupera milhões de famílias.

Se a Dora, a aventureira, tivesse nascido na época do Hoover abriria a sua Mochila e perguntaria: que é preciso para sair da crise? E apareceriam vários objetos, entre eles o self-made-man mas não pegaria nele. Escolheria o New Deal, uma outra estratégia, em que o estado intervém maciçamente para ativar a economia. No caso da língua falamos de uma intervenção que acompanhe e reforce as iniciativas já existentes criadas polos movimentos sociais, e que só precisam de ser multiplicadas.

Por que, afinal, disso se trata. De estratégias. A que se está a implementar não tem mais caminho para percorrer. Que tal se ensaiamos a outra, a que vive a nossa língua como sendo internacional? Num começo pode-se fazer numa escala pequena. Aplicamos o esquema de ensaio-erro e vamos provando e ampliando. Afinal, temos poucas certezas mas uma delas é poderosa, mais do mesmo não vai dar.


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