Foto de Pablo Herrero (CC by/2.0)
Diariamente conhecemos um novo caso em que as antigas caixas por trás da atual Abanca -ou, enfim, qualquer outra entidade financeira- som condenadas a devolver o dinheiro a pessoas que de um dia para o outro viram como todas as suas poupanças estavam bloqueadas ad eternum. A maior parte delas fôrom vítimas, tal e como as cortes de justiça estám a reconhecer, de um terrível engano. Mas, embora o mais conhecido, esse nom foi o único caso abusivo em que as entidades bancárias, e especificamente Caixa Galicia, estiveram envolvidas.
Como funciona o calote dos SWAP vinculados a hipotecas?
Umha das manobras mais ardilosas que as entidades bancárias terám executado nos últimos anos foi, provavelmente, a venda de SWAP vinculados a hipotecas. Os SWAP som, basicamente, produtos financeiros de risco que, segundo denuncia ADICAE, fôrom vendidos como seguros que a entidade bancária dizia protegerem o cliente em frente a subidas do custo da hipoteca (o SWAP vendia-se vinculado a algumha) como resultado das variaçons no Euribor.
No entanto, G.A., quem falou para o Diário Liberdade e adquiriu um destes produtos em Caixa Galicia, aconselhada pola diretora da sua sucursal na comarca da Corunha, explica que "quando comprei o seguro pagava 20 euros mensais para, em caso de variaçons no euribor, eu evitar umha subida na hipoteca" à qual estava vinculado. O que nom lhe dixeram no seu banco foi toda a letra do contrato que estava assinando. Também o valor do seguro podia variar, e precisamente era em proporçom aos mesmos parámetros sobre os quais se estava a assegurar. O resultado: "agora estou a pagar 500 euros ao mês polo seguro!", e a própria G.A. explica que o caso é um calote absoluto porque "estou a pagar mais que se eu deixasse subir a hipoteca sem contratar o seguro".
1.500 pessoas afetadas e Abanca a empecilhar o caminho
Os SWAP de Abanca nom afetam apenas a pessoa que falou para o Diário Liberdade. É ela e mais 1.499 pessoas, na Galiza e também noutros países em que Abanca está presente. Todas elas estám num processo coletivo dirigido pola ADICAE nas cortes de justiça da Corunha, no qual demandam a devoluçom das quantidades abonadas e umha indenizaçom de 3.000 euros por pessoa. A base é um engano coletivo do que as 1.500 pessoas teriam sido vítimas, tal como explicado acima. A situaçom é especialmente grave, porquanto as pessoas afetadas som, precisamente, clientes de umha hipoteca cujo custo também aumentou.
Embora a demanda coletiva foi admitida, na verdade os tempos de trabalho das cortes estám a colocar no limite muitas destas vítimas: o processo leva três anos no julgado e, entretanto, as as pessoas afetadas continuam obrigadas a pagar o SWAP à Abanca. A estratégia do banco tem sido demorar o processo com inúmeros recursos, de forma a evitar umha sentença que se perfila, muito provavelmente, como condenatória. Aliás, tem tentado por todos os meios evitar a demanda coletiva, tentando obrigar cada umha das pessoas afetadas a irem ao julgado individualmente.
A última manobra, deixa às claras qual está a ser a atitude do banco: logo após a demanda coletiva ter sido admitida, Abanca acabou de solicitar ao juíz o depoimento de todas e cada umha das pessoas afetadas, até completar as 1.500. O mais surpreendente é o juíz ter admitido tal petiçom veleidosa. Dessa forma, o julgamento somará polo menos mais um ano, durante o qual os e as vítimas terám que continuar a pagar quantidades como os abusivos 500 euros de G.A.