Com taxas de desemprego muito acima das médias galega e espanhola, umha precariedade laboral galopante e um empobrecimento cada vez mais visível e extenso, o povo de Trasancos está em crise permanente imposta desde a década de 80 do século passado.
Nom é exagero afirmar que representamos, em pequena escala, a grave situaçom que a Galiza sofre como naçom sujeita a soberania estrangeira e sem capacidade de decidir frente à atual crise sistémica generalizada.
Ainda considerando que é necessária umha convocatória nacional ou, no mínimo, comum com o outro grande pólo operário galego que Vigo representa, a esquerda independentista representada por NÓS-Unidade Popular vai dar toda a cobertura possível à jornada de luita de 12 de junho. A nossa militáncia e base social estará, como sempre, na rua para ajudar a que essa jornada seja um êxito.
A isso nos obriga um setor naval em desmantelamento continuado, assim como a forte crise na indústria auxiliar, no têxtil, no comércio e em todos os setores de atividade. Também a juventude maioritariamente desempregada e precarizada, e muito especialmente as mulheres trabalhadoras como principais vítimas das políticas reacionárias impostas polos diferentes governos. Em definitivo, a especial agudizaçom das contradiçons de classe em Ferrol e noutros concelhos da Terra de Trasancos.
Esperamos que esta nova convocatória de greve constitua um passo adiante no necessário encadeamento de luitas e na imprescindível unidade de classe para enfrentar a ofensiva burguesa e espanhola em chave independentista e revolucionária.
A comarca de Trasancos deve situar-se à frente da necessária resposta operária e popular que faga da Galiza umha barricada frente à ditadura capitalista e frente à espanholizaçom que a acompanha da mao das forças do atual regime.
A defesa dos direitos da classe operária e do povo trabalhador galego está unida à conquista da soberania nacional plena. A derrota do capitalismo espanhol só poderá chegar através da ruptura democrática que imponha um processo revolucionário galego que nos conduza à independência e ao socialismo, numha sociedade livre de patriarcado.
No dia 12, todos e todas à Greve!
Paremos Trasancos, estendamos a rebeliom popular!
Contra Espanha, o capital e a UE, ruptura democrática, independência e socialismo!
Assembleia Comarcal de NÓS-UP em Trasancos
Ferrol, 22 de maio de 2013