A CIG por um lado e os sindicatos maioritários espanhóis polo outro, vários milhares de pessoas participárom em mobilizaçons nas principais cidades da Galiza. As maiores, como é habitual, decorrêrom em Vigo, principal cidade industrial galega, se bem as dirigências sindicais se deslocárom a Ferrol, onde em 1972 caírom mortos Amador Rei e Daniel Niebla sob o fogo das forças repressivas do franquismo.
Além de Vigo e Ferrol, também Corunha, Lugo, Ponte Vedra, Ourense, Vila Garcia e Burela tivérom manifestaçons operárias nesta jornada, em muitos casos sobre a chuva e com um desaprazível vento que nom impediu o desenvolvimento das mobilizaçons.
Soberania nacional e direitos sociais e laborais, de maos dadas nas ruas
As manifestaçons da CIG dérom especial relevo à reivindicaçom da soberania nacional como argumento contra a crise e em defesa dos direitos laborais e sociais atacados polas instituiçons burguesas espanholas. Convénios próprios galegos, um quadro galego de relaçons laborais, o direito ao trabalho na própria terra, a igualdade de direitos efetiva entre mulheres e homens fôrom algumhas das reivindicaçons levadas às ruas pola CIG.
Nos discursos também se criticou a atual Uniom Europeia e o seu significado como fonte de precarizaçom e discriminaçom para o povo trabalhador galego. As bandeiras da Galiza, vermelhas e as palavras de ordem pola soberania fôrom umha constante nas mobilizaçons no principal sindicato nacional galego.
Por seu turno, as manifestaçons de CCOO e UGT dérom maior protagonismo às bandeiras espanholas, apesar de se tratar de umha data eminentemente galega como é o Dia da nossa Classe Obreira, repetindo palavras de ordem indistintas das que se cantam em qualquer zona do Estado espanhol.
No plano político nas manifestaçons da CIG houvo presença de organizaçons e militantes de forças soberanas e soberanistas galegas, como NÓS-UP, BNG ou Anova, enquanto as de UGT e CCOO contárom com participaçom do PSOE e IU.
Em Ferrol, as cúpulas de CCOO e UGT nom tivérom qualquer escrúpulo na hora de homenagearem Amador e Daniel conjuntamente com o PP e restantes forças da direita que governam na cidade onde acontecêrom os factos repressivos que dérom origem ao Dia da Classe Obreira Galega. Os secretários das duas centrais sindicais espanholas acompanhárom o presidente da cámara de Ferrol e restantes representantes da direita nas fotos "de família" da jornada.
Foto 1: CIG. Foto 2: LVG
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