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231112 contentorGaliza - AMI - Para umha greve selvagem: acçom, auto-organizaçom e sabotagem!


A greve do passado 14 de Novembro teve umha participaçom do 90%, contabilizando-se mais meio milhom de pessoas nas manifestaçons em todo o Pais, todo isto segundo dados da CIG. Os sindicatos majoritários (CCOO-UGT-CIG) dam-se os parabéns, mas os meios, pondo-lhe voz ao Estado, tachá-na de minoritária (um 15%). Mas si há que sublinhar algo, é que a raiva da gente nom foi calada com o discurso pacifista e patista sindical.

Mais de meio milhom de galegas na rua

180.000 pessoas em Vigo, 125.000 na Corunha, 100.000 em Ferrol, 40.000 em Compostela, 40.000 em Ponte-Vedra, 30.000 em Ourense, 12.000 em Lugo, 12.000 em Vila-Garcia, 4.000 em Ribeira, 3.500 na Marinha, etc. Esse é o calculo aproximado das pessoas assistentes às manifestaçons de ditas cidades e Vilas o 14 de Novembro.

O Povo galego saiu à rua para deixar claro que nom nos vam submeter, e nós queremos sublinhar a combatividade desta greve. Um exemplo claro foi Vigo, onde a raiva da gente escapou das ferramentas que o poder usa indiretamente. Um piquete improvisado que se desligou de sindicatos, descarregou a raiva polas ruas da cidade. A jornada de rebeliom nesta cidade começou desde primeira hora, fazendo cortes de tránsito, ardendo contentores e atacando bancos e lojas abertas. Também no resto das cidades tiverom lugar açons combativas à margem dos apaga-lumes sindicais. Em Compostela, fizerom-se barricadas no bairro de Sam Lourenço e durante a manifestaçom um grupo de pessoas cortou a rua Virgem da Cerca (quase a altura da praça de Galiza, por onde estava passando a manifestaçom) rompendo vidreiras e caixeiros dos bancos circundantes. Em Ferrol, barricadas de contentores e ataques com lume as entidades bancarias forom protagonistas da jornada ao igual que a colocaçom dum artefato numha entidade bancaria dos mais potentes postos em Galiza e que nom saiu em quase nengum meio. Em Ourense, a solidariedade das pessoas combativas esta sendo exemplar, nesta greve durante o piquete dos sindicatos majoritários a solidariedade impediu que as pessoas mais combativas foram levadas pola policia. Forom também atacados caixeiros e lojas com pedras, martelos e pintura. Cortarom-se quatro saídas da cidade, cara Madrid e Vigo. Um supermercado da cadeia El Árbol que permaneceu aberto foi expropriado e a comida repartiu-se entre a gente lá presente. Na Corunha, um grupo de pessoas, tentou sair com umha faixa diante da manifestaçom dos sindicatos majoritários, sendo increpadas com insultos. “Vós vendidos, firmades os despidos”, “Comisions e ugeté firmarom as ETT,s” ou “A folga um dia é unha tonteria, a folga debe ser indefinida” som exemplo dos berros proferidos. Quatro destas pessoas forom detidas pólos antidisturbios, as que se sumarom outras quatro pessoas mais o longo do dia.

Também há que destacar a grande presença policial da jornada. Desde mui cedo em todas as cidades (em horas tam temperás como as onze da noite do dia anterior) notou-se um despregue “especial” dos corpos repressivos do estado. Em carros, em motos ou a pé, a presença de polícia “à paisana” foi a mais predominante durante todo o dia de greve. Está claro que o Estado policial espanhol continua com a táctica que já leva empregando desde faz dous anos no 24 de Julho, “esconder” os antidistúrbios (cuja presença é mais ameaçante) e empregar à polícia secreta para informar e “chamar à cavalaria”. Assim reduze-se a sensaçom de controlo policial, mas em realidade esta aumenta.

Mas esta nom foi mais umha greve qualquer

O Povo galego, e sobre todo a sua mocidade mais combativa, enfrentou de cara, com grande raiva e coerência, a Espanha e ao Capital. Nom se pode valorar esta nova jornada de luita sem sermos conscientes do cambio de atitude que as manifestantes, e sobre todo os piquetes mais combativos, tiverom na rua.

Ficou atrás aquela Galiza submissa dos meios de comunicaçom e dos democratas “de-toda-la-vida”, a acçom direta contra centros comerciais, banca, fura-greves, multinacionais, polícia e em geral contra toda representaçom do sistema dominante, passou a jogar um papel principal durante esta jornada de greve. Este, e nom outro, deve ser o caminho a seguir.

O povo amossou estar mui por diante na luita com respeito aos sindicatos majoritários. A comodidade dos liberados sindicais contradisse com a miséria que está a viver umha parte da classe trabalhadora cada vez mais concienciada e disposta a enfrentar-se ao estado por todos os meios. Nom forom quem de apagar o lume daquelas que estam mais fartas; discursos e chamadas à calma que ficarom em papel molhado numhas 24 horas que consideramos históricas, nom tanto polo altíssimo seguemento em todos os sectores se nom pola coerência no enfrentamento. Coquetéis molotov e até umha bomba contra sucursais bancarias e dezenas com os vidros escachados, dúzias de barricadas que cortarom o tránsito, estabelecimentos, hotéis e centros comerciais esquirois atacados, som algumhas das conseqüências da greve mais combativa desde a “transiçom”.

Ante isto, a maquinaria repressiva do estado volveu por-se em andamento, tanto policia como meios de dês-informaçom afanaram-se em reprimir e deslegitimar a jornada de luita. Nom faltarom as detençons e as agressons, majoritariamente silenciadas polos meios de comunicaçom do estado, a piquetes e manifestantes. Tentarom por todos os meios deter as combatentes que sairom a rua, mas nom o conseguirom. A pesar do claro esforço de Espanha por reprimir a greve pola força, o certo é que as forças de choque, viron-se superadas por todo lado, chegando a justificar-se ante os meios de comunicaçom e o empresariado, que desde primeiras horas preguntavam-se o porquê de que nom se parasse aos piquetes mais combativos pola força. A resposta foi a de evitar um mal maior, a realidade: nom podiam fazer nada, estavam superados em número e coerência militante.

Queremos manifestar a nossa satisfaçom polo resultado desta greve geral. Queremos amossar também a nossa solidariedade com as pessoas represaliadas. Denunciar mais umha vez o circo mediático que voltou insultar com mentiras e sem reparo nem rigor algum às pessoas que saíram à rua: vândalos, terroristas emarginais, som algumhas das lindezas que escreverom. Ademais de ameaças com futuras detençons segundo manifestou a policia num dos seus vozeiros oficiais: La voz de Galicia. Analisamos estas ameaças e insultos como um reflexo da incapacidade do poder ante o que se lhes vem acima.

Mas estas som as greves que necessitamos?

Amais disto, achamos que estas jornadas de greve nom é mais que umha farsa. É preciso caminhar na organizaçom das trabalhadoras longe de máfias sindicais, partidos institucionais e falsas democracias. Umha greve, como as que estamos acostumadas nesta “democracia”, depende dos meios de comunicaçom. Estes dim quando começa e quando remata, sabemos que ponhem voz ao estado, polo que as centrais sindicais bailam a música do poder.Umha greve se nom nos organizamos para que a luita continue dia trás dia, nom serve de nada.

Podemos afirmar que o espetáculo do 14 de Novembro já rematou, e agora que? Folgamos ate a seguinte, como fazem as máfias sindicais?

Nós nom. Consideramos este tipo de greves como um mecanismo do poder. A maioria da populaçom do estado está “indignada”, mais o individualismo que lhe foi inculcado desde crianças faz que só se unam um dia para formar parte do espetáculo da greve (“foto-facebook”) e o dia seguinte, seguir formando parte do sistema capitalista que nos afoga. As greves som parte de este, simplesmente um instrumento do estado mais para calmar os ânimos e dar-lhe umha legitimidade democrática a esta ditadura da Espanha e o Capital. Estas greves tenhem o mesmo patrom, sempre com grevistas responsáveis, autoridades dialogantes, petiçons justas, consignas moderadas, piquetes informativos, e por último, os incontrolados lamentáveis.

Está claro que o caminho da legalidade está esgotado e nom fica outra que enfrentar-se com toda a força que a situaçom require. O momento coma sempre é hoje, a legitimidade é absoluta e nom vamos pedir permisso ao inimigo para luitar.

Quando a opressom é um feito, resistir é um direito!

Para umha greve selvagem: açom, auto-organizaçom e sabotagem!


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