Voandeira.
"Um dos grandes sucessos do patronato e os seus governos foi fazer-nos crer que as desempregadas/os e trabalhadores/as em ativo somos dous setores em conflito, com interesses confrontados. Isso permitiu-lhes estarem tranqüilos, com a tesoura nas maos, apertando a soga que esgana toda a classe trabalhadora, enquanto a maioria das pessoas desempregadas nom participávamos das mobilizaçons e das greves gerais.
Agora tocou-nos a nós. Reduçom da quantia de desemprego a 50%, supressom do Plano Prepara para desempregadas em situaçons precárias, desapariçom do subsídio especial para maiores de 45 anos, atrasso do subsídio para os maiores de 52 anos aos 55, endurecimento das condiçons de acesso à renda ativa de inserçom, etc. Em resumo, mais de 13.760 milhons de euros de corte a costa de reventar as nossas vidas. Isto, enquanto presenteiam com milhons e milhons de euros a Banca e as empresas privadas responsáveis desta crise.
Depois, montam autênticas feiras de gado, por exemplo, a Feira Internacional de Emprego que decorre em Compostela estes dias. E nessas feiras de gado, os grandes mercaderes do Capital, o seu patronato, as suas polícias e exércitos, os seus bancos e as suas administraçons rim-se do nosso sofrimento, da nossa miséria. Jogam connosco num grande espectáculo que nom serve para nada mais do que para umha foto na imprensa em que eles rim e nós escondemos a nossa vergonha.
Sabemos que a decisom é dura, mas chegou o momento de enfrentar-se. Ou eles, ou nós companheiros e companheiras. É a hora da luita operária. De pôr coto à sua voracidade nas ruas. De luitar polas nossas filhas e filhos, por nós. Polo futuro de cada trabalhador ou trabalhadora honesta que já se cansou de tanta exploraçom para nem sequer poder viver umha vida digna.
A CUT é um sindicato sem subsídios, galego, assemblear, democrático, que se sostém com os seus próprios recursos porque só assim se podem defender os interesses de todas e todos nós sem ataduras. É imprescindível filiar-se, unir-se a outros companheiros e companheiras para luitar. Queremos que
este sindicato seja o lugar de encontro das e dos que já nom querem calar mais. Das trabalhadoras e trabalhadores sem medo. Das e dos que querem ajudar a construir um mundo melhor para as e os que venhem. Precisamos umha, dez e mil greves gerais. Maos à obra, daquela! Filia-te!