Fotos: Grupos de nazi-fascistas espanhóis queimam em Barcelona bandeiras da Galiza, Euskal Herria e Catalunha .2 Restos da bandeira galega queimada hoje nas ruas da capital catalá.
A chamada "Fiesta Nacional", que comemora o início do espólio do continente americano e do maior genocídio da história da humanidade até hoje (com um número de vítimas superior à II Guerra Mundial), que até há pouco o Estado espanhol denominava "Dia de la Raza" e agora "de la Hispanidad", serviu hoje para encenar a prioridade da afirmaçom nacional espanhola sobre a crise económica da sua populaçom.
Com efeito, o de hoje foi um desfile militar, acompanhado de campanha mediática de afirmaçom espanhola, financiado oficialmente por 800 mil euros, no meio de umha multicrise sem precedentes, mostrando a prioridade que à oligarquia espanhola merece o fomento do chauvinismo e da reacionária ideologia imperialista e colonialista que modela o projeto nacional espanhol.
O militarismo, a exibiçom de armas de guerra e a movimentaçom de tropas voltará a ocupar as ruas do centro de Madrid, na simbólica praça de Colom, onde 52 aeronaves, 43 veículos e 3.000 militares desfilarám num ato de exaltaçom do nacionalismo expansionário espanhol e da constituiçom pós-franquista de 1978, num momento em que o povo catalám avança para a sua própria liberdade nacional.
A legalidade burguesa e imperialista espanhola ocupa hoje as ruas da sua capital num ato oficial de desafio aos povos que pretendem romper com Espanha, como já figérom a imensa maioria de naçons oprimidas a partir de inícios do século XIX e até meados do século XX. A evidência da progressiva reduçom territorial do imperialismo espanhol convida a interpretar os fastos militares de hoje como umha encenaçom do desespero da oligarquia económica e militar espanhola perante a mais que provável perda da Catalunha, que poderá nom ser a última...
Bandeira galega arde em Barcelona
Entretanto, em Barcelona, o setor "cidadao" do espanholismo, igualmente financiado polo Estado com dinheiro público, convocava hoje diversos atos de afirmaçom espanhola, sem conseguir encher a praça da Catalunha. Entre as diferentes famílias da extrema-direita congregada na capital catalá, destacárom as bandeiras franquistas e simbologia nazi, assim como as ameaças a políticos e políticas partidárias da livre determinaçom dos povos, nomeadamente do catalám.
A Galiza nom estivo ausente nas ameaças do fascismo espanhol: umha bandeira galega foi queimada por militantes fascistas, no que se confirma já como aberta perseguiçom da bandeira nacional da Galiza, sistematicamente confiscada pola polícia espanhola em eventos públicos e atacada nos discursos jornalísticos e políticos do espanholismo.
Como tem acontecido noutras ocasions, a queima de bandeiras nacionais dos povos oprimidos por Espanha contou com a cobertura de aparelho policial presente, que em nengum momento impediu a atuaçom dos fascistas.
