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280410_reboiras_brigadaGaliza - Primeira Linha - Reproduzimos na nossa língua a entrevista publicada há uns días no portal da Agência Bolivariana de Prensa aos membros da Brigada Galega Moncho Reboiras aproveitando a viagem dos internacionalistas galegos à Venezuela.


ABP Notícias dialogou com Carlos Morais, Alexandre Rios e Daniel Lourenço da Brigada de solidariedade galega Moncho Reboiras, quem durante 32 dias de percurso por terras venezuelanas aproximarom-se ao processo bolivariano através das organizaçons políticas, sociais e populares que trabalham e exigem a radicalizaçom por parte do governo na construçom do socialismo.

ABP. Um fraternal e Bolivariano saúdo parceiros e bem-vindos à terra do Libertador. Comentem-nos sobre a Brigada Moncho Reboiras que hoje tem alguns dos seus representantes no nosso país.

BGMR. A Brigada de Solidariedade galego venezuelana Moncho Reboiras, faz parte do Movimento Continental Bolivariano Capítulo Galiza e seu accionar encontra-se emarcado nos princípios da esquerda soberanista e anticapitalista galega, daí seu nome; Reboiras foi um militante independentista galego assassinado em 1975 polo fascismo espanhol. Os objectivos de nossa brigada som: difundir em território galego o processo revolucionário que hoje se desenvolve na Venezuela, apoiar a luita antiiperialista na via da construçom do socialismo deste país irmao, recuperar e difundir os laços históricos de amizade entre Galiza e Venezuela, entre outras cousas.

ABP. Quantos dias levam na Venezuela e quais som as suas impressons?

BGMR. Hoje 16 de Abril cumprimos 31 dias de ter pisado solo bolivariano. Figemos um exhaustivo percorrido polas principais cidades e povos de Venezuela conhecendo a enorme riqueza natural, cultural e social do país; corroborando o papel fundamental do processo bolivariano na luita latinoamericana contra o neoliberalismo, contra o imperialismo. Venezuela é fundamental neste processo de independência definitiva que livram os povos da regiom. A memória da gesta de Bolívar (que tem por verdadeiro raices galegas e bascas) encontra-se viva e palpitante no povo. Há um ambiente libertário tremendo, chegamos justamente nas datas de comemoraçom do bicentenario da sua independência do império espanhol, o mesmo contra o que nossa naçom galega ainda luita e padece.

Por outra parte, reunimos-nos com numerosas organizaçons populares ao longo e largo do território venezuelano constatando que há umha necessidade e exigência do povo ao governo de aprofundar e radicalizar o processo socialista. Percebemos a encrucijada na que se encontra a revoluçom bolivariana: reforçar o capitalismo de Estado ou apostar a um processo realmente socialista apoiando verdadeiramente ao movimento popular e rompendo com a chamada boliburguesia.

Reunimos-nos também com Carlos Casanueva Secretário Geral do MCB, do qual fazemos parte. Afinamos planos, estabelecendo os mecanismos para a realizaçom dos objectivos que nos traçados em Dezembro, mês no que se realizou o Congresso constituinte do Movimento, antes Coordenadora Continental Bolivariana.

Precisamente neste domingo 18 de Abril convocamos como MCB-Capítulo Galiza, junto com outras organizaçons de nossa naçom, umha marcha em solidariedade com o processo cubano vilipendiado entre outros pola direita fascista espanhola que se somou às vozes de calunia contra este heróico povo.

ABP. Desde há quanto tempo pertence a Brigada ao MCB?

BGMR. Desde maio de 2008 com o lançamento do Capítulo em Galiza e a realizaçom de umha série de actividades impulsionadas desde América, como por exemplo, a homenagem ao comandante Manuel Marulanda Vélez, entre muitas outras. Como MCB Galiza temos um blogue (http://ccb-galiza.org) e um boletim trimestral que procura a difusión e entendimento do processo independentista latinoamericano entre o que se encontra, por suposto, a luita insurgente na Colômbia.

ABP. Companheiros, qual é a situaçom de Galiza e a luita do seu povo?

BGMR. Galiza é umha naçom sem Estado, submetida polo Estado espanhol que a explora economicamente e a oprime culturalmente, impedindo o exercício do seu direito de autodeteminaçom. Espanha acelera um processo de asimilaçom cultural para que Galiza desapareça, um claro exemplo disto é a conversom do idioma galego por parte do imperialismo espanhol numha língua residual.

Dentro do sistema capitalista europeu em crise, Galiza encontra-se empobrecida, ademais, pola opresom espanhola pese ao seu enorme potencial ecónomico e humano. Aproximadamente o 90% da populaçom galega pertence ao povo trabalhador, sendo os pensionistas e as mulheres os principais afectados pola crise e as reformas da burguesia espanhola. Mais de 400 mil pessoas vivem por baixo do umbral da pobreza. @s galeg@s som significativamente mais pobres que a média do Estado espanhol; tenhem baixos salários e pensons, suportando maiores taxas de precariedade laboral, desemprego e siniestralidade.

Recentemente o governo espanhol apresentou umha nova reforma laboral que constitui umha nova volta de porca dentro do empenho do capitalismo espanhol nos últimos 25 anos para desmontar as conquistas d@s trabalhadoras/as. Este processo de desgaste das conquistas sociais evidência a política proburguesa tanto do PP e o PSOE que som exactamente a mesma cousa. Ao que se soma a política antiterrorista que atenta contra toda oposiçom política. Para que se fagam umha ideia do estado de repressom espanhola, em Galiza nom se pode colar um só cartaz sem permisso, invisibilizando assim as luitas e atentando contra a liberdade de expressão.    

Galiza tem um Movimento de Libertaçom Nacional que desde inícios deste século atopa-se em umha nova etapa de acumulaçom de forças aparecendo novas organizaçons revolucionárias com programas e práticas independentistas, socialistas e antipatriarcais. No seio do Movimento há um sector muito importante de carácter marxista e leninista que luita pola independência e o socialismo em Galiza e que vê em Espanha um obstáculo para atingir a felicidade e o bem-estar da imensa maioria do povo galego.

Há umha história de solidariedade que une a história independentista galega com a americana. A reconstruçom da esquerda galega fijo-se com contributos de quadros na Venezuela e México. Pola sua vez, milhares de galegos e galegas participarom activamente na luita pola emancipaçom e a libertaçom dos povos de acolhida de América e as Caraibas.

Para recordar alguns nomes: Galego Soto, líder da Patagonia rebelde; Santiago Iglesias, destacado sindicalista defensor dos direitos humanos em Porto Rico; Ramom Soares Picalho, fundador do Partido Comunista Argentino; José Rego Lopes, dirigente operário e fundador do Partido Comunista Cubano; José Fernandes Vasques, assessor militar do MIR venezuelano; Elsa Martins activista dos Tupamaros uruguaios; Fernando Oyos dirigente do Exército Guerrillero de los Pobres na Guatemala, entre muitos outros.

ABP. Companheiros, vocês manifestarom em reiteradas ocasions umha profunda solidariedade com as luitas do povo colombiano. Para fechar esta charla com o tema sobre os laços solidarios e libertarios que se entretegem América e Galiza, que teriam que dizer sobre a luita insurgente na Colômbia?

BGMR. Na Europa existe muita tergiversaçom com respeito a Colômbia; o império espanhol, cujos meios de informaçom apostam polo fascista de Uribe. Há numerosas empresas espanholas interessadas em expoliar ao povo colombiano, por mencionar algumhas, REPSOL, BBVA, o Grupo Santander, algumhas delas denunciadas por sindicalistas e organismos de defesa dos Direitos Humanos, por financiar o paramilitarismo que assassina cruelmente sindicalistas, camponeses, mulheres, indígenas e outros filhos do povo pobre da Colômbia.

Nós tratamos de dar um pouco de luzes sobre este tema e estender a solidariedade com as luitas do povo colombiano e particularmente com as FARC-EP que nom som terroristas como o afirmou falazmente o Estado colombiano, e que ao invés som umha força beligerante que encarna um projecto de esquerda verdadeiramente popular, contrário ao Polo que segue as consignas uribistas.

As FARC-EP som fundamentais na luita de libertaçom definitiva de América Latina, nós continuaremos empenhados no nosso modesto esforço de neutralizar as campanhas permanentes de criminalizaçom e estigmatizaçom do projecto bolivariano, tanto o de Venezuela, como o que encarna com umha grande experiência revolucionária as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo.

ABP. Muito obrigado camaradas polo seu tempo. Um forte abraço e toda a nossa solidariedade com a luita independentista galega

BGMR. Obrigado a vocês e venceremos!

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