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130914 Linda-RamaGaliza - PGL - [Gerardo Rodrigues] Café, livros, projeçons audiovisuais e exposiçons fam parte da ementa deste novo espaço corunhês.


Café e livros —designadamente da Através Editora— é a ementa que nos sugere o Linda Rama, um novo local que abrirá na Corunha no sábado, dia 13, às 13 h. Se resultar pouco atraente, prometem 300 litros de cerveja e mais petiscos para a festa de inauguraçom. Alguém dá mais?

Alberto, Daniel, donde surge a ideia de um filólogo e um politólogo aliarem-se para abrir umha cafetaria?

Alguém nos comentou que nunca se tinha erguido às 8 da manhá para comprar um livro, mas que às vezes acordava com vontade de beber café. A lógica era esmagadora e assim foi que a nossa imaginada livraria foi tomando umha nova forma. Aos poucos, aparecêrom novas necessidades relacionadas com a cultura, às que fomos dando feiçom e cabimento no nosso espaço.

Ainda, pouco antes de enrolarmo-nos nesta aventura, figemos juntos umha viagem a Lisboa para visitarmos um grande amigo comum que está lá a trabalhar. Tendo aprendido a pedir café além Minho, depois de vários anos de viagens, e sabendo já distinguir um garoto de umha bica... sentimo-nos altamente formados no mundo do café.

Agora, com o peito enchido, podemos berrar «venham polo Linda Rama e poupem 700 quilómetros de viagem se quigerem um pingado!». Porque, para além deste doutoramento aprendido nas cantinas, de Lisboa —seguindo a histórica tradiçom galega— trouxemos café.

Este projeto é umha aposta polo galego extenso e útil?

Sem dúvida. Quando montamos este projeto, ambos tínhamos já um caminho marcado na nossa trajetória pessoal a respeito do nosso ativismo em defesa da língua realizado através de diferentes plataformas e coletivos.

Agora, desde a nossa Linda Rama, esperamos poder somar mais um contributo para a naturalizaçom e normalizaçom dessa árvore florida e de longas polas que é a língua galega.

Outros locais da vossa rua ou bairro apostam no galego? Qual é o mapa sociolinguístico da zona?

Apostam, sim. É evidente que a posiçom do galego na Corunha disto muito de ser a ideal, mas arredor da cidade criou-se umha imagem um tanto distorcida a respeito do uso da língua. Atendendo agora ao caso da cidade velha, é preciso destacar que apesar de ser arquitetonicamente monumental, nom deixa de ser essencialmente um bairro popular.

Nós somos vizinhos novos e a nossa experiência parte dos locais que freqüentamos. Assim, quando tomamos o petisco no Concord, o bar da senhora Carme, quando frequentamos o local da Casa da Farinha, onde trabalham os arquitetos de Habitat Social, ou quando nos detemos para falar com Marcos, o fotógrafo e editor de Zlick, sempre recebemos resposta na nossa língua.

Linda Rama é um lindo nome. Tem relaçom com a conhecida cançom alentejana, aliás versionada por grupos de música popular galega?

Tem relaçom, nomeadamente, com a lusofilia que padecemos ambos. Viajando descobrimos que em Faro cantavam 'A saia da Carolina' com umha musicaçom diferente, que as penas do verde gaio estám espargidas polos montes da Galiza e do norte de Portugal e mesmo que Vitorino nom era galego.

Umha noite entoámos às 5 da manhá que linda era a rama da oliveira e já nom houvo volta atrás.

A principal ementa do local é constituída por "café e livros". Por que?

Porque gostamos muito de ambas cousas. Como gostamos também dos vinhos galegos, ou como adoramos o cinema, ou assistirmos a conferências e apresentaçons, a espetáculos de vídeo-criaçom ou clubes de leitura, obradoiros de fotografia ou participarmos em grupos de conversa noutras línguas. Apostamos por algo em que acreditamos e de que nós próprios gostamos.

O Linda Rama especializará-se nos ensaios. Será assim por algumha razom particular?

Novamente, parte da nossa necessidade individual de formaçom. O ensaio é desde há anos o género que mais consumimos ambos por razons académicas e educativas.

Dentro desta necessidade, descobrimos que nom havia locais que atendessem esta nossa demanda ou que nom trabalhavam com editoras de que nós botávamos mao freqüentemente.

Assim, esta especializaçom virá a somar-se ao catálogo de livros especializados em diferentes artes, banda desenhada, literatura infantil e juvenil.

Em pouco tempo editaremos fanzines temáticos com novidades editoriais, comentários ou resenhas que poderám ser descarregados no nosso web —www.lindarama.com, ainda em construçom.

Também tendes previsto outro tipo de atividades culturais, como projeçons ou exposiçons. Há neste senso algo que podais avançar?

Do Linda Rama visamos poder oferecer um amplo leque de propostas que irám sendo anunciadas através da nossa página web e das redes sociais. Para já, adiantamos que na festa de inauguraçom haverá umha exposiçom fotográfica de Roi Alonso, umha peça da artista multifacetada Iria do Castelo, um concerto acústico do cascarilheiro Néstor Pardo...

Já nas semanas seguintes iremos anunciando os ciclos de cinema previstos, apresentaçons, conferências e outras atividades relacionadas com a cultura em todas as suas formas e manifestaçons.

O local abre as portas 13-13, isto é, sábado 13 às 13h, com uma festa de inauguraçom em que nom faltará a música. Que mais encontrará o público que se aproximar até lá?

Muitos livros interessantes e dous amigos por trás do balcom ilusionados e cheios de vontade de mostrar a Linda Rama a quem quiger visitá-la. Mas claro, se isto nom é suficiente, também temos preparados 300 litros de cerveja e petiscos para oferecermos entre os assistentes.

Depois, qual vai ser o horário habitual?

Baralhamos a opçom de deixarmos um telefone na porta, morar relativamente pertinho e ir atendermos se alguém chamava ou enviava um whatsapp. Depois figemos umha análise das despesas de montar um negócio e pensamos em morar diretamente no local. Finalmente chegamos a umha soluçom intermédia e, assim, 'Linda Rama. Café e livros' abrirás as portas de segunda-feira a sábado entre as 9 e as 22 h no número 4 da rua Porta de Aires, na cidade velha da Corunha.

Sábado 13 às 13 horas. Vemo-nos no Linda Rama!


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