Resulta incrível o poder de mobilizaçom das novas hordas gaélicas de Tabeirós. Realizando três treinamentos por semana, ajuntam em cada um deles a mais de vinte jogadores. A gente fica apaixonada polo 'peil' e a epidemia parece nom ter parada. O passo seguinte, logo da estreia do conjunto masculino, é a criaçom da equipa feminina. De facto, na quarta-feira passada, as Irmandinhas tivérom a sua primeira reuniom. Nada menos que dez raparigas querem fazer parte deste projeto, de avondo para formar um plantel na categoría feminina onde as partidas se disputam entre conjuntos de sete jogadoras cada um. Todo começou com a teima de um galego que estivo por Cork em 2002 e que trouxo adormecida a paixom gaélica. Ao ver que na Corunha surdia um projeto sério a sua perseverança e as redes sociais figérom o resto.
Tal é a febre gaélica estradense que até chegárom a propor organizar um torneio do Campeonato Ibérico para o ano próximo, algo que realmente é complicado, pois realizam-se um máximo de cinco por acordo entre os clubes ibéricos e repeita-se a antigüidade na competiçom. Assim, em 2013, o normal é que nom tenham a possibilidade de fazê-lo. Nom obstante, já vivérom em comum com os Filhos de Breogám um terceiro tempo gaélico que se prolongou até que alumiou o sol de domingo. Às vezes, há pessoas que se engancham à causa gaélica depois de troulear com as equipas, porque, à parte do desporto, a festa é um ponto fundamental de confraternizaçom. Sem dúvida.
Pola parte que me toca, alegro-me especialmente polo nascimento desta equipa e a sua consolidaçom. Nom som as mesmas circunstáncias com as que comecei na Corunha com o futebol gaélico, eles já tenhem umha referência, mas a forma em que estám a crescer é admirável e merece todos os respeitos. É inigualável o rápido em que se tornou nalgo sólido. Já estám registados como clube e nom param de crescer. Sinto-me honrado de que escolheram um escudo proposto por mim, com as cores da vila (verde, branca e vermelha) e umha referência à rapa das bestas, mas, sobretodo, de comprovar de primeira mao o sensacional ambiente que preside qualquer evento que organiza o clube estradense.
Agora só resta que estreen também equipamento. Quando o figerem, devolverám-nos a visita que os Filhos de Breogám figemos à Estrada. Devecemos por ela. Tomara nessa ocasiom podamos realizar também umha partida feminino. Isso significaria que a equipa das Irmandinhas cresceria com a mesma rapidez que a secçom masculina. Se Corunha Filhos de Breogám foi um dos poucos clubes da Europa conformado basicamente por jogadores locais (no Campeonato Ibérico, o único junto com o desaparecido Naomh Fermin Pamplona), iniciativas como a dos Irmandinhos fam que o nome da Galiza soe forte na Irlanda.
No encontro do sábado, havia representaçom doutros dous clubes emergentes na nossa terra. Ivám Villalom, o presidente e fundador dos Mecos de Ogrobe, achegou-se até à Estrada para fazer parte desse grande dia para o futebol gaélico galego. Também o fijo Oscar, um dos integrantes do Suévia de Compostela. Há projetos em marcha também em Vigo (Faísca) e em Ponte Vedra (Corvos). Parece, já que logo, que nom há demorar muito em surgir um novo clube nas comarcas do interior, especialmente nas de Lugo e Ourense, polo de agora alheias ao futebol gaélico. Até quando?
