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100512 fouceGaliza - Galizalivre - "Publicacións Galegas" é um blogue que com trabalho militante fijo o que nom figérom as correspondentes instituiçons galegas com os seus milhons de euros de orçamento: digitalizar para consulta pública umha parte importantíssima do nosso património como povo, os jornais históricos do nacionalismo e independentismo. Ismael Saborido, ativista do LS Aturujo de Boiro, e redator de desportos do Novas da Galiza, é a pessoa responsável deste imenso trabalho. Com ele falamos nesta entrevista.


Conta-nos um pouquinho como nasce a ideia de "Publicacións Galegas" e que tal está a ser a resposta da gente.

Fruto da própria experiência pessoal, fum consciente do complicado que era ter acesso a estas publicaçons históricas (A Nosa Terra, A Fouce, Guieiro, Nós...) e fora de algum artigo mui concreto que se topava disperso pola rede, nom existia nengumha web ou biblioteca virtual que recolhesse nengumha destas publicaçons. Quem quiger consultá-las, tinha necessariamente que acudir pessoalmente a algumha biblioteca que as tivesse, que nom som muitas. Passado o tempo, fum topando em tendas de livro antigo e de segunda mao, diferentes reproduçons fac-similares destas revistas e jornais, a preços que se podiam assumir, polo que fum juntando as diferentes publicaçons, e foi quando se me ocorreu a ideia de digitalizá-las e criar o blogue. Supugem que haveria gente à que lhe seria de ajuda.

E assim foi, a resposta da gente foi mui boa já desde o início, muito melhor do que aguardava. Recebo quase diariamente vários correios de pessoas que me agradecem o trabalho ou para solicitar-me algum artigo ou algum número em concreto que ainda nom está disponível no blogue.

Recentemente pediste ajuda para continuar com o processo de digitalizaçom. De que jeito trabalha o teu projeto, é todo trabalho militante?

Como talvez já tenha dado a entender, é um projeto individual e completamente altruísta. Inicialmente comecei com o projeto sem umha ideia mui clara do que estava a fazer, e sem pensar no compromisso que estava a contrair, mas umhas semanas depois de criá-lo, o número de correios que recebia obrigava-me de algum jeito a continuar o trabalho e o projeto ia colhedo forma.

Por outra banda, o facto de ter que responder a todos os correios e digitalizar os exemplares que me solicitavam, obrigava-me alguns meses a deixar de subir periodicamente novos exemplares ao blogue, já que nom tinha acesso a um escáner o tempo suficiente e quando dispunha dele, priorizava os números que me solicitavam. Este foi o motivo que me levou a solicitar ajuda, mas polo de agora continua a fazer só este labor.

A maiores, lograr que os arquivos nom perdam muita qualidade em relaçom à cópia em papel e que sejam arquivos dum tamanho o suficientemente pequeno que permita fazê-los manejáveis, fai que o processo de digitalizaçom seja lento e mui monótono.

Como valorizas o facto de que tenha que ser a iniciativa militante quem digitalize e disponibilize o nosso mais valioso património jornalístico, enquanto os organismos públicos ficam de braços cruzados?

Realmente é algo vergonhento, e está-se a converter no habitual no nosso país, mas porque venha sendo habitual, nom deixa de surpreender-me. Desde muitos setores, entre eles os organismos públicos, está-se a utilizar cada vez mais a lógica mercantil em temas culturais, e afastam-se dos projetos realmente interessantes, como pode ser o trabalho dos Locais Sociais, da Escola Poular ou do Novas da Galiza, por pormos três exemplos.

E quando digo organismos públicos nom me estou a referir unicamente a organismos governados ou dirigidos por setores abertamente espanholistas, como pode ser o Concelho de Santiago de Compostela, que persegue qualquer iniciativa popular que defenda a nossa língua, ou a própria Conselharia de Cultura que tem como única preocupaçom a Cidade da Cultura e o turismo, senom que me refiro a setores que inclusive se poderiam chamar, ou se consideram galeguistas ou nacionalistas, nom há mais que ver o trabalho da Real Academia Galega.

Por último podes acrescentar qualquer comentário de interesse que esquecêssemos.

Algo que me pareceu mui curioso, foi que muitas das pessoas que se ponhem em contato comigo, dam-me a entender, inclusive algumha já mo di diretamente, que centre o trabalho do blogue na revista Nós e no jornal A Nosa Terra, já que eram publicaçons "muito mais importantes" ou nas que "escrevia gente respeitável", dando a entender que as demais publicaçons eram prescindíveis ou que estavam escritas por inteletuais de segunda.

Como sabemos, a maior parte dos historiadores galegos, e grande parte do nacionalismo, deixou de lado umha boa parte destas publicaçons reduzindo a história do nacionalismo político galego do primeiro terço do século XX à Geraçom Nós e às Irmandades da Fala, desprezando todo o soberanismo político.

Esse tipo de comentários foi precisamente um dos motivos polo que comecei por A Fouce e Guieiro. Agora que já estám disponíveis todos os seus números no blogue continuarei com a revista Nós e o jornal A Nosa Terra.


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