Esse sentimento explica por que o autor ambienta todos os seus romances na Galiza. A última, O eremita galego, acaba de valer-lhe o prémio Maria Ondina Braga, que outorga a Cámara de Braga. A obra narra a história de um professor universitário de 50 anos que, por mor dos seus problema pessoais e profissionais, vê a necessidade de refugiar-se na Costa da Morte. Se nesta ocasiom Mugia é o cenário escolhido por Pedro Miguel Rocha, no seu último livro optou por Fisterra e o próximo, segundo adiantou em Radiofussom, desenvolverá-se em Laje.
“A história cometeu um grande erro ao separar-nos, somos muito parecidos”, afirma o escritor quando é perguntado pola ligaçom entre a Galiza e Portugal. Aprecia nos últimos anos importantes passos de aproximaçom entre os dous países, mas acha que ainda nom som os suficientes. Ele, a nível pessoal, sim tende pontes entre as duas beiras do Minho: visita a Galiza com freqüência, declara-se apaixonado da nossa cultura e estudou cultura galega na Universidade do Minho.
Pedro Miguel Pereira da Rocha nasceu em Vouzela em 1973, é licenciado em Ensino de Português e Inglês e reside no Minho. Publicou em 2009 Juntos Temos Poder, em 2010 Chegámos a Fisterra e Já Não se Fazem Homens como Antigamente e, em 2011, O Eremita Galego, romance polo que acaba de receber o Maria Ondina Braga. Esse galardom, que outorga a Cámara de Braga visa “honrar a memória desta insigne escritora, nascida e falecida na cidade, e cuja obra representa um património da mais elevada importáncia para a cultura portuguesa e um grande motivo de orgulho para todos os bracarenses”.