Isto, para NÓS-Unidade Popular, nom é um simples acidente e sim o resultado das condiçons estruturais e das estratégias políticas que condicionam o o sistema de comunicaçons terrestres da Galiza. Por isso queremos manifestar o seguinte:
1- As grandes infraestructuras civís que se construiram na Galiza nos últimos 25 anos estivérom ao serviço das grandes construtoras do IBEX-35, servindo numha menor medida para a nossa introduçom secundaria às redes mercantis do grande capital. Só servírom para fomentar os lucros dumha burguesia parasita que destrói, em vez de organizar, o nosso território.
2- Nestes 25 anos, só estamos mais perto de Madrid, afastando-nos relativamente do resto de pontos geográficos do nosso próprio espaço. Internamente, eliminárom a eficiência de qualquer transporte coletivo de proximidade, encarecendo a totalidade de transportes por estrada.
3- A tragédia da A-8 nom foi nengumha surpresa para a vizinhança e pessoas usuárias habituais da via. O ponto preto que sempre foi a passagem da Marinha à Chaira por qualquer dos portos de montanha que comunicam ambas comarcas sempre foi dificil polas condiçons orográficas e climatológicas. O nevoeiro e o vento nom vam deixar de ser companheiros de viagem destas rotas por muitos que se alarguem as calçadas, especialmente se as novas construçons e remodelaçons se fam em gabinetes instalados na ficticia homogeneidade do territorio espanhol.
4- O desenho da construçom do troço da A-8 que passa polo vale de Mondonhedo enfrentou grandes dificuldades técnicas que se solventárom elevando o nível da via até o pé e os comes do monte. Os lucros da construtora traduzírom-se numha maior perigosidade para todas aquelas pessoas que circulam pola autoestrada, independentemente do seu comportamento ao volante. Isto converte em obrigaçom coletiva a tarefa de sancionar políticamente os responsaveis pola construçom desta bárbara infraestructura.
5- Nom há caminho de ferro entre a Marinha e a cidade de Lugo, circustáncia única entre todas as provincias do Estado espanhol. Esta realidade vai-se desligar da maior parte de análises sobre o acidente, mas o certo é que Galiza nunca possuiu umha rede de transporte terreste coletivo adequada às suas necessidades sociais e orográficas. Fai um ano Angrois e agora o Fiouco som provas da sua necessidade.
6- Por último, de NÓS-Unidade Popular queremos transmitir as nossas sinceras condolências à familia e amizades da trabalhadora falecida no acidente, assim como às pessoas feridas e outras envolvidas nestes factos.
Galiza, 28 de julho de 2014