Estamos contra as touradas, porque estas manifestaçons pretensamente definidas como culturais mostram o pior de nós, a nossa tendência ao morbo, ao sadismo, à brutalidade, em detrimento do sofrimento de um ser vivo, que sente dor e medo ainda que nom possua razoamento humano, e ao que nom se lhe perguntou se queria tomar parte num ritual que nem sequer chega a entender. Qualquer ritual festivo que tenha um animal como protagonista involuntário para deleite da multidom é cruel, mas umha tourada é umha carniça verdadeiramente sinistra, na que um indivíduo humano é encorajado e aclamado para que mate um touro depois de atordoá-lo com um pano e pregar-lhe ferros na espinha dorsal. As ovaçons e aplausos decorrem enquanto o touro chora, sangra e vomita. Nom lhe vemos a beleza nem a emoçom a este espetáculo.
Além disto, há que insistir em que se no seu dia se deixárom de celebrar touradas na nossa cidade foi pola falta de demanda deste tipo de espetáculos entre o nosso povo, e que se nestes momentos se teimar em reimplantá-las é claramente porque pretendem assimilar-nos através de traços de identidade que nom nos correspondem. Em qualquer caso, nas touradas e nas praças de touros, estám condensados valores e ideologia que nom poderíamos nunca fazer nossos e que rejeitamos em cheio. Machismo, classismo, clericalismo e chovinismo espanhol. Umha mercadoria imfumável para qualquer pessoa minimamente progressista.
Por todo o anteriormente exposto, aproveitamos para estender o nosso apoio a outras convocatórias semelhantes que tenham lugar no nosso país para acabar com esta barbárie.
Corunha em pé por umha Galiza livre de touradas!
Assembleia Comarcal de NÓS-Unidade Popular na Corunha
Corunha, 4 de agosto de 2013