Nós sabemos que o desenvolvimento capitalista nom sai grátis. Vivemos num sistema onde o desenvolvimento industrial requer cada vez umha maior quantidade de recursos, necessidade que para ser abastecida precisa dumha destruçom cada vez maior do médio ambiente, o que nom é sostível, dado que os recursos naturais som limitados, e os métodos para os obter empregados polas principais empresas, com o beneplácito do goberno, adoitam impossibilitar umha regeneraçom posterior. Em concreto, a minaria a céu aberto acarreia umha serie de consequências que se topam vencelhadas respectivamente a cada umha das quatro etapas das que consta cada projecto: prospecçom dos terreos, preparaçom da mina, extracçom dos minerais e preparaçom dos mesmos para o seu uso.
Algumhas destas consequências son:
Alteraçom do terreo: Alterar a morfologia do terreo implica a destruçom irreversível de muitos aquífero e despraçamento de cursos de água, ademais de deixar ao descoberto jacimentos com grandes quantidades de materiais tóxicos.
Contaminaçom do aire com pó residual e outros elementos tóxicos originados ao longo do processo.
Contaminaçom da água: As águas contaminadas, fruto do contacto entre os cursos de agua e os tóxicos presentes na mina, fíltram-se e em ocassons chegam às fontes naturais de abastecimento, emporcalhando toda a água.
Contaminaçom do chão: O retiro de grandes massas de terreo para abrir a mina deriva num processo de erosom constante e antinatural que adoita afectar também à área periférica esterilizando o chão próximo com verquidos
Com certeza, a posta em marcha duns mecanismos em condiçoms para a gestom de resíduos e de restauraçom dos terreos afectaria seriamente à rentabilidade do projecto, e por isso as medidas tomadas adoitam ser muito insuficientes (ainda que nós oponhemo-nos totalmente a que estas minas iniciem os seus projectos, independentemente das medidas de "seguridade" que podam tomar).
Quando esgotam os últimos benefícios, as empresas mineiras recolhem o tinglado e liscam, deixando ao seu passo terreos mortos e águas envelenadas que jamais voltarám ter utilidade mas com as que as comarcas das redondezas terám que aprender a conviver no futuro.
O projeto mineiro de Corcoesto é um dos mais conhecidos mas nom o único inda que sim o que mais dano medioambiental provocaria. Este projecto afecta aos concelhos de Carvalho, Cabana de Bergantinhos e Pontecesso, Coristanco e principalmente as parroquias de Cereo e Valença. A Junta do Paritdo Popular aprovou um permisso para que a multinacional canadiana Edgewater reabra a mina que fora fechada por umha empresa inglesa no ano 1910 e amplie a 700 as hetareas para a estraçom de ouro entre outros metais. Cabe destacar que a dia de hoje os efeitos daquela pequena mina seguem a existir ao verter 850 kg de arsênico cada ano e os efeitos chegam até o dia de hoje (vertem-se 850 kg de arsênico por ano o Esteiro do rio Anlhons, impossibilitando practicamente a produçom). Nom queremos imaginar o efeito que teria umha de 700 ht. No mês de Janeiro a Xunta someteu a informaçom pública os expedientes de diversos projectos mineiros nos concelhos de Ginzo de Limia, Forcarei, Corcoesto, Castrelo de Minho, Ramirás e Cartelhe. Parecem muitos mas só som una pequena mostra das múltiplas solicitudes para concurso de direitos mineiros que recebeu a Conselharia de Economia e Industria nos últimos anos.
Num momento no que se fai patente a vulnerabilidade da estrutura sobre a cal se sostenhen os privilégios da mesma clase corrupta que leva décadas enriquecendo-se às nossas costas, nom nos surpreende que apareçam estas búsquedas desesperadas de benefícios, com os que a debilitada Uniom Europeia pretende recuperar o alento e assegurar-se um bo posto na selva competitiva dos mercados internacionais, onde controlar as actividades extractivas de minerais que constituem a base do nosso "esplêndido" e "perfeito" estilo de vida moderno supom estar no cúmio. Famentos de poder e quartos -o bandulho o tenhem bem cheio, nom coma as famílias despejadas do seu fogar ou no paro- vendem a terra a capitais estrangeiros e especulam traficando com o espólio dos recursos para competir com para competir con outras potências e cando venhen as consequências miran para outro lado (como demostra a desfeita de Nova Rumasa). Nós creemos que há motivos mais que dabondo para se posicionar e para agir em contra desta e doutras intentonas do delírio asasino da mercadoria de arrassar com os nossos montes, com os nossos ríos e com as nossas propias vidas.
Por isso desde a Associaçom Cultural Revira posicionase contra os projectos mineiros que nom buscam mais que depredar o nosso ambiente mentres ganham os quatro de sempre e chama polo tanto a manifestarse o domingo 2 às 12:00 na Alameda de Compostela
A terra é nossa!
Governe quem governar Galiza nom se vende!