Nos últimos meses o projeto de reativar a mina de ouro de Corcoesto está a pôr de manifesto esta situaçom. Apesar do rejeitamento e da luita popular contra desta aberraçom, a Junta da Galiza comandada polo PP, sob a vergonhosa consigna da sua campanha "Galiza é umha mina", está disposta a fazer o que for preciso para que se cumpram os planos da empresa canadiana Edgewater Exploration, através da sua filial Mineira de Corcoesto SL.
Mas Corcoesto é só a ponta do iceberg de um assalto em grande escala do nosso subsolo, solo e sobressolo por parte das grandes multinacionais com o beneplácito do governo vendepátrias de Feijó.
Extraçom de coltam na serra do Galinheiro (Vigo, Lourinha e Baixo Minho), feldespato na Límia, tantalita na Penouta (Viana do Bolo), ouro em Pinçás (Tominho), ouro, prata, chumbo, cobre na Fonsagrada, Baralha, Valeira, Becerreá, etc, som alguns das centenas de projetos que já se conhecem.
NÓS-Unidade Popular rejeita todos estes projetos mineiros. Os escassos postos de trabalho que podem criar durante uns quantos anos nom justificam umha destruiçom maciça que hipoteca o futuro doutros setores económicos, como o setor primário, e que só beneficiará as transnacionais e os que se lucrarám da venda do nosso país.
Os planos da Junta do PP pretendem converter a Galiza numha colónia mineira. O governo autonómico age mais umha vez como facilitador dos negócios privados, como governinho fantoche das grandes empresas, abrindo de para em par, e com toda a desvergonha de que o PP é capaz, as portas do nosso país a estes abutres e especuladores. Ouro, prata, wolfram, andaluzita, feldespato ou coltám som os minerais que buscam estas empresas e a Junta, através do PSAEG, deixa-lhes o campo aberto para destruir sem entraves qualquer recanto da Galiza.
A esquerda independentista e socialista galega denuncia sem paliativos o papel que a Galiza já cumpre e o PP pretende reforçar e aprofundar, na divisom internacional do trabalho, como regiom produtora de matérias primas tradicionais e novos metais estratégicos sem controlo, ao mais puro estilo centro-africano.
É preciso luitar em defesa do território, mas é preciso fazermo-lo sabendo que só tendo nós a soberania plena sobre o nosso território e os seus recursos poderemos defender-nos do espólio e das visons curtoprazistas próprias da irracionalidade e da falta de planificaçom capitalistas.
É fundamental a convergência de todas as luitas em defesa do nosso território, a movimentaçom e pressom popular permanente e encadeada. Só assim poderemos frear estas agressons. Hoje, como na década de 70, quando o movimento popular conseguiu parar os planos para instalar umha central nuclear em Jove, a exploraçom irracional das Encrobas ou umha celulose em Monforte, é possível impedir que a Galiza se converta numha megamina de onde extrair recursos gratuitamente em troca de deixar desolaçom, destruiçom e poluiçom.
Direçom Nacional de NÓS-Unidade Popular
Compostela, 20 de maio de 2013