No punto de mira dos senhoritos desleigados nos que só há ódio estám:
O projeto mineiro de Corcoesto, afeta aos concelhos de Carvalho, Cabana de Bergantinhos e Pontecesso, mas sobretudo ao de Coristanco e especialmente as parroquias de Cereo e Valença. A Junta aprovou um permisso para que a multinacional canadiana Edgewater reabra a mina e amplie a 700 as hetareas para a estraçom de ouro e outros metais pesados. A mina foi abandoada polos ingleses em 1910 e os efeitos chegam até o dia de hoje (vertem-se 850 kg de arsênico por ano o Esteiro do rio Anlhons, a causa disto as terras que banha tenhem um drenagem ácido, o que faz mui difil que produçam algo). Esta é a herdança que nos deixou umha pequena mina há mais de cem anos, nom queremos imaginar o destroço ambiental com 700 hetareas mais e a céu aberto.
Tenhem que realizar-se umha cheia de explosons (voaram polos aires o equivalente a 530 campos de futebol) para chegar a profundidade onde se atopam as minúsculas partículas de ouro (1,6 gramos por umha tonelada de rocha), que se obtenhem trás a lixiviaçom com cianuro, um veneno mortal para o ser humano que quedará por muitos anos nas nossas terras e augas. Em cifras por dia: gastam nove toneladas de explosivo, mais dum milhóm de litros de auga potável e 10 toneladas de cianuro (4300 toneladas em todo o processo) e geram 8400 toneladas de arsênico(em tudo o processo). Aos explosivos e o cianuro suma-se o perigo do seu traslado e o que esto conleva, o dado da auga implica a reduçom crítica dos caudais do rio Anlhóns e polo tanto de miles de espécies que vivem neste habitat.
Que seja umha mina a céu aberto implica que se desprendem partículas e gases tóxicos industriais o ar circundante, podendo ser despraçado polo vento a muitos quilômetros a redonda. A parte de deixar duas balsas com 11 milhões de metros cúbicos de arsenopirita (a ingesta de arsênio tem como último efeto a morte) e outra com 11 milhões de metros cúbicos de restos de cianuro por 30 toneladas de ouro recolhidas (o equivalente a carga dum pequeno camióm), estas balsas som semi-permeaveis e com o tempo carcomem-se, a rotura destas balsas deixaria morta a terra para sempre! Um exemplo é Aznalcóllar, Sevilla.
Significaria a destruçom irreversível do entorno e biodiversidade dumha zona que pertence a Rede Natura e cumha fermosura abraiante, a mina estará a uns 130 metros da zona protegida do rio Anlhóns.
A mina de Faramantaos em Ginzo, afeta as aldeias de Rebordechá, Paredes, Moreiras, Faramontaos, Fiestras, Seoane, Laroa e S. Pedro, ademais doutras do Concelho de Trasmiras como Zos e Abavides. Em esta a empresa Minercer, Castellón, pretende estraer feldespato.
O impacto ambiental sob o solo: Eliminaçom da capa fértil do solo e destruçom do solo agrícola. Sob as augas: alteraçom da drenagem natural, alterando assim as afluenças de augas superficiais e subterrâneas, vertidos contaminates: aceites, filtros e baterias de maquinaria em augas superficiais, contaminaçom por ácido fluorhidrico empregado no processo químico e que em contato com a auga forma gases tóxicos e corrosivos. A esto suma-se a problemática de ser umha mina a céu aberto, aire contaminado com o pó mineral, sólidos em suspenssom e gases tóxicos. A nível paisagístico, elimina a flora e fauna da zona, afeta a Rede natura (já que é um humidal mui importante que alberga diversas espécies de aves) e tem um efeito irreversível sob os recursos, povoaçom, modo de vida, trabalho... Se este projeto se leva a cabo quedariam sem trabalho 210 pessoas que vivem diretamente do agro e outras tantas de forma indireta, estas terras expoliam-se para fazer a mina.
Outro caso é a mina que afeta a Castrelo de minhos, Cartelhe, Ramirás e Arnoia, a empresa salmantina Minas y Geologia pretende extraer Wolframio, Litio, Estanho, Galena...
Querem reabrir as minas fechadas faz meio siglo, ponhendo em perigo o setor vinícola a pesca, etc.
Como nos dous casos anteriores trata-se dumha mina a ceu aberto e os gases tóxicos producidos podem extender-se com o vento a muitos quilômetros a redonda. Aparte da destruçom dum entorno natural que também pertence à Rede natura e que contém quatro fontes de auga potável que se veriam afetadas.
A montanha luguesa nom se livra, a empresa Goldquest Ibérica, canadiense, quere extraer cinc, cobre, ouro, plata e chumbo. Como sucede nos casos anteriores, o entorno é admirável, neste caso contém duas reservas da biosfera, a Reserva da Biosfera do rio Eo-Oscos-Buróm e da Reserva da Biosfera Terras do Minho, ademais afeta-lhe a Serra da Foncuberta(Lugar de Interesse Comunitario) zona incluída na proposta de ampliaçom da Rede Natura. No caso da reserva Eo-Oscos-Buróm a mina poderia afetar a canle fluvial do Eo e a sua desembocadura na ria de Ribadeo ( Zona Húmida de Importância Internacional). No caso da reserva de Terras do Minho as afeçons diretas chegariam à bacia alta do rio Minho, na que existem diversos tipos de ecossistemas aquáticos caraterísticos da regiom bioclimática atlântica e a afluentes como o Parga, o Ladra e o Támoga. A esto suma-se a problemática das minas a céu aberto.
Na fraga d'o Pico Velho em Goente, As Pontes a empresa Picobello Andalucita de capital inglês e sul-africano quere extrair andalucita a 50 metros das Fragas do Eume. No Pico Velho existe um bosque e pastais que acolhe numerosas especes de flora e fauna cum alto interesse biológico e catalogadas como vulneráveis. O projeto implica a contaminaçom e diminuçom quantitativa e qualitativamente das augas dos rios Macinheira e Belelhe, que abastecem a boa parte da povoaçom local, os rios poderiam chegar a desaparecer. Outro motivo é a desapariçom do monte Fontardióm, no seu pé atoparia-se a mina. Esta mina a céu aberto ocuparia 277.016 metros quadrados e aparte de afetar a fraga d'o Pico Velho ameaçaria seriamente as Fragas do Eume.
Nos concelhos de Oroso, O Pino, Compostela, Ordes, Frades e Mesia a empresa Erimsa busca cuarzo, este projeto quere ocupar 8000 hetareas, e também se verám afetadas zonas urbanas com importantes concentraçons de vivendas como Sigüeiro, Penateixa, Gándara, Porto Avieira, Pinheiróm ou Oroso. Esta empresa já intentou levar a cabo estes projetos na Terra Chá, mas os permissos forom denegados porque as vecinhas presentarom 700 alegaçons.
Este projeto afeta a varias zonas de solo rústico de proteçom agropecuária e o resto das terras afetadas também tenhem um gram uso agropecuário, agrícola e gandeiro. Depois da mina estas 8000 hetareas ficaram inservíveis para fim agrogandeiros, polo que também será derruída a economia da bisbarra.
Na parroquia de Pinzás, Tominho aempresa Medgold, canadiana, já tem os permisos da Junta para fazer umha mina de ouro, esta mina abarcaria 93 quilômetros quadrados e ubica-se na Serra da Groba. A zona afetada contem petroglifos, depósitos paleolíticos, megalíticos e calcolíticos, entre estes depositos arqueológicos de "Cham do Cereixo" e a mina romana de "O burato dos mouros", com umha extenssom de quilometro e meio e 30 metros de ancho e está catalogado como bem patrimonial. Sem contar a biodiversidade da Serra da Groba que contém o 90 % das especies de anfíbios existentes na Galiza, o 60 % dos reptiles, o 35 % das aves e a mais importante concentraçom de cabalos de raça galega em liberdade.
Aparte da forma de extraçom do ouro que como já explicamos no caso de Corcoesto é lixiviando com arsénico e estourando previamente o solo.
A Serra do Galinheiro tampouco se livra desta ameaça, a empresa Umbono Capital de Sul-africa quere realizar provas na busqueda de "terras raras"(estanho, lítio, tântalo...) entre a zona de Mos e Porrinho, e construir umha mina a céu aberto nestes paragens paradisíacos cum patrimônio biológico, geológico e arqueológico impressionantes, agricultura e gandeiria ecológica, pastoreo ceive, augas superficiais e subterrâneas... A Serra do Galinheiro está sendo ameaçada de continuo, a plataforma pola defensa desta sacou faz pouco um comunicado reivindicando a proteçom por lei destes paragens e enumerando muitas das suas riquezas.
Em Presqueiras, Forcarei, a empresa Silid Resources de Canadá anda na procura de estanho, tântalo, nióbio e lítio. Si está mina a céu aberto vai para adiante, Presqueiras quedaria reduzida a um anaco de terra estéril com rios e fontes contaminados.
Todos estes exemplos tenhem o denominador comúm de ser minas a céu aberto, o que é causa de enfermidades brônquio-pulmonares (asma, bronquites, efisema pulmonar...), cardio-vasculares (diminuçom da capacidade do sangue no transporte de nutrientes e oxigenos o organismo, tromboses, coágulos, infartos...), transtornos digestivos, problemas nos ossos e dentes por fluoruros, enfermidades genéticas, malformaçons, envenenamentos, 800% de incremento no risco de padecer cancro, e um longo etc.
Estes som só alguns dos exemplos atuais na Galiza, a nova lei de minas da permissos a projetos que se conseguiram parar, a projetos com o permisso denegado e a novos projetos sem escrúpulos que pretendem enriquecer-se a costa da destruiçom da nossa Terra.
Umha lei mais para que a gente abandone o rural, depois de eliminar a educaçom, sanidade, correio, eletricidade e um longo etc em pequenos núcleos poblacionais, pretende rematar com os solos fertiles que nos dam de comer, com a saúde e com a paciência do Povo galego.
É difícil de explicar o sentimento que pode invadir a pessoas que amam, conhecem, respeitam e se identificam com a nossa Terra quando cousas como estas podem fazer que nada do que conhecemos e polo que luitamos volte existir, como uns senhoritos desleigados manejam a terra que nunca quiserom nim conhecerom, como umhas leis num papel tenhem mais voz que um Povo que ama a terra onde vive...
O sentimento de raiva e impotência nom é suficiente para expressar o que temos dentro.
Coma sempre, sinalamos culpáveis, multinacionais estrangeiras as que as leis do seu pais nom lhes deixam explora-lo, um governo espanholista que só tem interes nos quartos e em voltar a Galiza cada vez mais dependente dum capitalismo que a mata.
A dependência de Espanha e, por conseguinte, do capital está acabando com Galiza. Espanha e o capital nom som compatíveis com o modo de vida galego. O consumismo, o desenvolvimento, os projetos energéticos, as grandes infraestruturas, a lei de costas, lei de minas, turistificaçom... provocam a destruçom da nossa Terra, que as aldeias quedem desertas, o agro abandoado, que a única liberdade que se conheça seja a de consumo, que desapareça a produçom para dar passo o setor serviço...este progresso do que nos falam asfalta a nossa Terra, precisamos desaprender as suas definiçons, as suas costumes destrutoras, afastar-nos de "desenvolvimentos" e "progressos" incompatíveis com o meio natural. A terra nom da para mais experimentos, temos que tomar consciência, saber que tem uns limites e estamos acadando-os.
Si se empenham em fazer desaparecer o nosso modo de vida, conceitos tam básicos como a igualdade, o respeito, a solidariedade, a comunidade... é porque sabem que só caminhando no sentido oposto a eles acadaremos a liberdade.
Para esto temos que frear os seus ataques, temos que impedir que nos deixem sem nada, luitar pola nossa Terra e construir Galiza.
"Vale mais umha terra com árvores nos montes, que um estado com ouro nos bancos", Castelao.
"quando contaminem o derradeiro rio, quando talem a derradeira árvore, quando capturem o derradeiro peixe, nesse momento entenderemos que nom podemos alimentar-nos de dinheiro".
O seu crescimento, a nossa ruina!
Avante a defensa da terra!
Avante a resistência contra Espanha e o capital!