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jpgGaliza - PGL - [Adela Figueiroa Panisse] Eu fui lá por ver, ouvir e também dar a minha opinião sobre as possibilidades que Galiza pode ter nas próximas eleições. Fui porque apoio o manifesto que convocava para esta junta: “Pola Unión”.


E digo Galiza e não outra cousa. Digo Galiza porque me preocupa a deterioração ambiental que a nossa nação está a sofrer. Digo Galiza porque quero que as nossas possibilidades como povo tenham uma oportunidade. E essa oportunidade, por enquanto, passa por termos poder político. Passa por falarmos com voz própria nos órgãos de decisão política daquilo que afeta o nosso dia-a-dia e nosso futuro.

Como ecologista sei que a Terra é o princípio. E o mar e os rios. Temos disso tudo na Galiza:

Uma agricultura que pode alimentar não só toda a gente que cá mora, mas ainda poderíamos dar acolhimento e mantença a muita mais população da que hoje esta assentada aqui. Temos rias como ecossistemas excepcionais que funcionaram como fornecedoras de vida, mas que agora a sua saúde está comprometida por um mal manejo e por políticas erradas saídas do capitalismo oportunista. Temos uma rede fluvial larga e extensa que não está a dar toda a sua potencialidade, mas que pode recuperar a sua saúde com políticas apropriadas.Temos montes que representam uma grande riqueza florestal e não só. Na ADEGA acreditamos na multifuncionalidade do Monte e apoiamos a sua organização tradicional de Monte vizinhal em Mão Comum. Mas os nossos montes e a nossa paisagem estão inçados de eucaliptais seguindo uma política florestal que nos pode levar ao estouro duma borbulha tão perigosa como foi a da construção. E à deterioração ambiental generalizada do território.

A Galiza tem uma situação geográfica privilegiada por estar no meio do Oceano Atlântico. Tem uma língua que é falada e compreendida por mais de duzentos milhões de pessoas. Tocando em todos os continentes e mares da Terra. (A ADEGA participa na luta contra o lixo marinho e em muitos outros programas internacionais como país integrado na lusofonia).

Desde a instalação de eleições para a escolha de representantes políticos no Estado Espanhol, a Galiza sempre ficou relegada porque nunca teve grupo parlamentar que defendesse os seus direitos e fizesse valer todas as suas possibilidades para se desenvolver como nação.

Temos agora uma possibilidade. Se somarmos todos os votos da gente que crê nelas, poderemos andar para um futuro comum, quer para os habitantes que agora moram neste privilegiado território, quer para os que cá venham doutros lugares ou para as gerações futuras.

Soberania alimentar. Podemos e deveríamos alcançar. Tenho um amigo que diz, muito a sério: “Aqui somente não se dá o que não se plante”. É tão viçosa a Nossa Terra! Soberania energética. Temos essa possibilidade. Produzimos mais energia da que consumimos. E isso a custo do sacrifício do nosso ambiente. Justo é que tenhamos facilidades para o seu consumo. Madrid não produz nem o primeiro quilowatt que consome. E no conjunto do Estado passa por ser a Comunidade mais rica! Por usar a energia que se produz à custa dos rios galegos, e dos seus montes para dar essa riqueza!

Temos que organizar a nossa rede ferroviária de maneira que favoreça a integração do território. Por uns caminhos de ferro galegos! Movidos com a energia que cá se produz. Para isso precisamos de força política.

Somos uma potencia em pesca. Temos que fazer valer esta potencialidade.

Poderia continuar com um extenso etc. no que diz respeito às nossas possibilidades para nos realizarmos como nação. Mas eu creio que estão na mente de muita gente.

Mas temos um povo que vota majoritariamente no Partido Popular. A direita mais reacionária. Um povo que não crê nas suas possibilidades para se desenvolver econômica e socialmente. E isso nos entrega aos pés dos cavalos do poder econômico internacional. Das multinacionais que não têm pátria nem mais credo que o benefício a curto prazo. Que estão a instaurar um capitalismo cruel e destrutivo para o bem-estar das classes populares e da Terra como Planeta.

Isso é do que se tratou em Conjo. E não de liortas entre partidos políticos. Porque muitas pessoas cremos que se oferecermos uma possibilidade de união e de força, o povo dará a sua confiança e poderemos ter um grupo parlamentar que defenda a Galiza.

Em Conjo falou-se disso. Desde a cidadania.

Ainda sabendo que na Galiza sempre fomos capazes de nos organizar em associações quer culturais, ecológicas, políticas ou sindicais… Mas não falaram essas. Foi a gente com capacidade de auto-organização e de opinião. Não o barulho que escuto pola Rádio galega, e a televisão que tudo o mede em mercadoria entre partidos.

Não, não foi uma peleja entre um ou outro grupo por ter mais ou menos protagonismo.

Não foi nada disso. Foi gente. Com opinião, com responsabilidade, e com desejo de futuro. Não embaralhem, por favor!

Eu gostaria que também as Marés Atlânticas, que reuniram na véspera no mesmo lugar , conseguissem uma confluência com a “Iniciativa pola Unión” que é o nome que se deu a Assembléia lá reunida. Nisso tenho esperança. Creio que é possível, mália as forças que se movem nos fundos e que procuram os seus interesses. Agora não é esse tempo. Sem ingenuidade, e com generosidade façamos ver desde a Galiza que esta é a hora da cidadania. De outra maneira não teremos nenhuma possibilidade de influir nas políticas governamentais. Vede os criadores de gado de leite! Vede os obreiros de Ferrol. Olhai para o nosso agro sem gente, etc., etc.

E as multinacionais apoderar-se-ão das nossas rias, dos nossos montes, dos nossos setores produtivos, do nosso ambiente e do nosso futuro.

É a hora!


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