Foto de Iolanda Ogando (CC by-sa/2.0)
Somos pessoas. Carne e oso com um tempo vital finito constituíndo umha sociedade que herdamos, na qual intervimos e que ficará quando finemos. A nossa intervençom poderia ter sido “passiva”, desenvolvendo o papel ao qual as condiçons materiais nos empurrárom, mas nom. Ao tempo que sobrevivemos e com a vontade jogando um papel importante, tornamo-la “ativa”.
Sabemos da necessidade de atingir influência nos e nas nossas coetáneas. Aspiraçom presente em toda organizaçom ativista, mas sacrificada a miúdo pola dificuldade de atingir esse objetivo. Acabamos por acreditar em que erra quem nom nos segue, e nom em que somos nós quem nom damos no alvo para chamar a sua atençom e conseguir que se ativem.
Essa influência em chave galega, a dia de hoje, ainda com umha linha de mínimos nos planos social e nacional, só a tem o nacionalismo. Este, no seu conjunto, é mais perjudicial para Espanha e o capital, por quantidade que por qualidade. E é que umha linha de mínimos implementada com um importante contingente deste povo, é quem de travar num grau considerável os interesses do inimigo. Mais do que minorias com posiçons de máximos que rematamos por ser só o eco das nossas consignas nas próprias filas.
A quantidade multiplica a qualidade. O BNG ainda na sua fase mais autonomista, seguia a ser a olhos da maioria social deste país quem defendia e espalhava a potencialidade de umha Galiza livre. O fundo, seria mais ou menos real, mas a forma era conhecida pola quase totalidade deste povo.
A quantidade é imprescindível para com umha linha mais grossa abrir as portas a benefícios para a maioria. A linha mais grossa será implementada quando a classe trabalhadora do nosso país seja sujeito ativo e direçom da sua luita. A pequeno-burguesia, tem ainda a água nos nocelhos e por isso, salvo excepçons, uns limites para involucrar-se a fundo dos quais carece quem a tem ao pescoço.
É vital colocar a atençom na quantidade e na forma. Qualidade témo-la. A esquerda independentista e antisistema da Galiza conta com qualidade suficiente para construirmos um referente político de massas neste país que faga frente. O que nom temos é forma (de quantidade).
Quem mantemos a vontade, devemos ver-nos, falar, imaginar e criar. Urge que as e os que queremos fazer da Galiza umha trincheira de utopias em construçom, fagamos porque esse espaço desde o qual lançar-nos à quantidade, exista quanto antes.