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images copiar copiarBrasil - Diário Liberdade - [Rodrigo Moura] O avanço e a velocidade de informações em nossa sociedade contemporânea é algo bem visível por todos. 


São inúmeras manchetes e notícias que confundem nossas cabeças provocando um efeito de quase alienação perante à realidade, ou seja, pode-se dizer que os seres humanos estão perdendo a capacidade de refletir sobre determinado assunto em profundidade. Tudo parece estar na superfície e não há como perder tempo. Uma das consequências dessa pressão e rapidez de eventos e informações é o pânico. Neste sentido, é necessário abordar a Síndrome do Pânico por um viés clínico, mas também os efeitos da Globalização sobre os sujeitos.

Como dissemos, com uma vida sob pressão na qual vivemos fica difícil aprofundar qualquer questão, como resultado a sociedade atual produz sujeitos cada vez mais estressados e frustrados por não saber lidar com toda essa informação acumulada. Dentro da Psicologia Clínica e da Psiquiatria é concensual que a Síndrome do Pânica tenha raízes na genética do sujeito ou após traumas profundos (perda de um ente, abuso de drogas pesadas como cocaína e heroína etc), mas tem-se notado, cada vez mais, sujeitos que não tem qualquer disposição a desenvolver a doença precisando tomar ansiolíticos e medicamentos variados para sustentar suas vidas. Isso tem ocorrido cada vez mais cedo.

Propomos enxergar por um outro viés: o acúmulo de informação e atividades têm produzido sujeitos incapazes de lidar com situações da vida. Estes, por não conseguirem atingir um alto nível de compreensão da realidade ou de alguma tarefa cotidiana, desenvolvem transtornos de ansiedade que mais tarde vão desembocar na Síndrome do Pânico. Síndrome ou Doença do Pânico é uma doença que atinge boa parte da população mundial e tem como característica principal o "sintoma de quase morte" ou de "infarto". O sujeito sente subitamente e sem uma explicação racional que seus órgãos agem de forma disforme: suor frio, palpitações, ânsias, tonturas e dor na região do tórax levam o sujeito a pensar que está tendo um infarto ou enlouquecendo.

O tratamento, até o momento, consiste em medicação controlada: ansiolíticos e benzodiazepínicos e terapia. Atualmente, vários conselhos de Psicologia e Psiquiatria tratam a doença como algo controlável, mas sem cura. O Pânico, o medo, a insegurança sempre estiveram presentes nos seres humanos, mas acreditamos que nossa sociedade tem produzido quadros cada vez mais específicos. Nesse sentido, propomos abrir o debate aos efeitos da Globalização na vida mental dos sujeitos, isto é, a Globalização possui um lado negro que precisa ser elucidado para que novos estudos possam vir à luz, auxiliando na busca de tratamentos novos e diversificados.

Rodrigo Barreto da Silva Moura - Doutorando em Pensamento Português Contemporáneo - Universidade Nova de Lisboa (Portugal). Mestre em Literatura Portuguesa - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil). Bacharel em Letras Português/Francês (UERJ) e Bacharel em Psicologia Clinica - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)


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