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44991Brasil - Causa Operária - Emboscada para prender lideranças Caingangues que se defenderam diante da violência do latifúndio.


No dia 9 de maio, a Polícia Federal realizou uma operação para prender lideranças indígenas Caingangues durante a realização de uma reunião de diálogo entre lideranças indígenas e latifundiários no município de Faxinalzinho, no estado do Rio Grande do Sul.

Entre os detidos está o cacique da reserva de Votouro, Deoclides de Paula, liderança conhecida na região por organizar o movimento Caingangue para a continuidade das demarcações. Foram sete lideranças presas pela polícia federal, com a acusação de matarem Anderson e Alcemar de Paula, no dia 29 de abril durante uma manifestação indígena na rodovia.

Revelando o acordo com os latifundiários locais, o governo do Estado convocou as lideranças Cainganguangues para uma reunião de diálogo. A convocação da reunião/emboscada foi realizada por Elton Scapini, Secretário de Desenvolvimento Rural do RS, Ricardo Zamora e Milton Viário, assessores do Governador petista Tarso Genro, o coordenador regional da Funai, Roberto Perin e o prefeito do município de Faxinalzinho, Selso Pelin. Minutos após o início da reunião, agentes da polícia federal invadiram o local da reunião e prenderam cinco lideranças na reunião de “diálogo”.

Presos por defenderem suas famílias

Os indígenas estão sendo presos por lutarem pela demarcação de suas terras, garantia prevista na Constituição Federal de 1988, e por defenderem suas famílias dos ataques dos latifundiários.

As acusações de assassinato feitas pela polícia não passam de uma justificativa para tentar calar o movimento indígena diante da violência do latifúndio. Um grupo de agricultores tentaram furar o bloqueio realizado pelos indígenas. Anderson e Alcemar de Paula, que foram mortos na manifestação dos índios Caingangues, dirigiam um caminhão carregado de ração e tentaram furar o bloqueio realizado pelos indígenas. Durante a confusão, os dois irmãos para intimidar, sequestraram e arrastaram um menino caingangue na tentativa de abrir caminho para a passagem.

Diante da ameaça de uma criança, os indígenas se defenderam e resultou na morte dos dois irmãos.

Os indígenas foram ameaçados e reagiram à violência de sua comunidade, garantindo a sua autodefesa. As prisões são frutos da perseguição política do movimento indígena e do direito de autodefesa da comunidade indígena diante da violência dos latifundiários.

Os caingangues vem sofrendo há décadas com a violência e a perseguição realizada pelos governos e latifundiários, e no último período vem só aumentando.

Pelo direito à autodefesa dos povos indígenas

Os Caingangues estão sendo massacrados pelos pistoleiros e perseguidos pela justiça e as forças policiais da região. Não podem confiar em ninguém e nenhuma organização para garantir a sua sobrevivência. Perderam até o direito de se defender diante da violência contra o seu povo. O governo e os latifundiários querem os índio fiquem pacíficos diante das mortes, torturas e da pobreza sofrida diariamente por todos os indígenas.

A prisão das lideranças Caingangues por defenderem seu povo foi apenas mais uma traição realizada pelo governo do PT, que está agindo diretamente contra o movimento indígena. A reunião-emboscada mostra a disposição do governo petista em resolver os conflitos e garantir os direitos, sendo que resolver os conflitos é a prisão e intimidação de lideranças indígenas e garantir os direitos dos latifundiários em manter suas propriedades.

Está na ordem do dia a luta pelo direito de autodefesa dos povos indígenas diante da violência da polícia e dos latifundiários!

Liberdade para os sete Caingangues presos por defenderem seu povo!

Não a perseguição política na luta pela terra!


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