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copapopularBrasil - Portal Popular - O sentimento de quem é atingido por um megaevento e perde seus direitos para a realização de um empreendimento financeiro marcou a mesa de abertura que contou com 21 representantes de comunidades e movimentos sociais das cidades-sede.


Foto: Midia Ninja.

O Encontro dos Atingidos – Quem perde com os megaeventos e megaempreendimentos teve início neste 1º de Maio, no Colégio Municipal Marconi, em Belo Horizonte, com uma mesa que mostrou dificuldades e conquistas das comunidades que resistem às obras da Copa do Mundo, das Olimpíadas e também de outros processos de resistência como os dos negros, índios, pescadores, trabalhadores informais e estrangeiros que estão trabalhando no nosso país.

Os depoimentos dos diversos atingidos foram importantes para que todos os presentes ao encontro, que reúne representantes das cidades-sede do Mundial da Fifa, pudessem ter noção de que as lutas se somam e tem não só motivos, mas também objetivos em comum. "Muitos segmentos não entendiam seus problemas (dentro do contexto) e a Copa evidenciou questões que não eram percebidas pelas próprias pessoas", diz Ângela Rissi, que representou na mesa o Fórum Nacional dos Ambulantes, dando como exemplo sua própria categoria.
Para Ângela, em meio a toda a desgraça trazida pelas obras do Mundial, o principal ponto positivo é o fortalecimento da luta contra a higienização das cidades, que vem sendo promovida com a desculpa do Mundial e que deve ser enfrentada ainda com mais vigor após a reunião dos diversos segmentos na resistência aos megaeventos.

Exemplos bem sucedidos de resistência e outros que ainda não conseguiram chegar a seus objetivos plenamente se sucederam para mostrar o quadro das diversas regiões do país. O garoto Gabriel Matos, de Fortaleza, comemora o fato das remoções em Lauro Vieira terem caído de 206 para 66, mas lamenta principalmente porque "muitos amigos tiveram que ir para longe por causa das remoções".
"Nossos filhos estão sendo mortos"

Atingida pelas obras do aeroporto, na Vila Dique, em Porto Alegre, Sheila Mota emocionou a todos ao falar sobre a situação de sua família e da sua comunidade. "Nós estamos sendo removidos contra nossa vontade, eles estão tirando a gente contra nossa vontade para outro local conhecido como Faixa de Gaza. Nossa comunidade está sendo removida para um local que tem guerra de facções e nossos filhos estão sendo mortos lá", explicou ela, que perdeu um filho neste processo e hoje teve mais uma triste notícia.

"Meu genro foi assassinado hoje pela manhã, então eu queria pedir desculpas a todos os companheiros que vieram aqui por estar me retirando. E porque ele foi assassinado? Por conta da Copa! Por quê? Porque o Governo não nos dá saúde, nem segurança e quer nos retirar da comunidade", disse ela, fazendo questão de desejar um ótimo encontro a todos os participantes. Recebeu em troca um coro de "Gilberto, presente!", já que a luta da resistência contra os abusos da Copa é também uma forma de homenagear todos os que faleceram nesse processo.

Veja vídeo da TV Memória Latina:


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