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Amarildo-3Brasil - Diário Liberdade - No final de semana polícia montou um aparato de guerra para agredir os moradores da Ocupação que lutam pela posse da terra e pela concretização de um projeto de reforma agrária-urbana no espaço.


Foto: Tela pintada por artista da Ocupação Amarildo.

No último sábado (12/04), centenas de policiais militares, do BOPE, da Tropa de Choque, da Cavalaria e da Polícia Civil cercou a cupação, ameaçando os Amarildos, como são conhecidos seus moradores. A ação contou também com um helicóptero que sobrevoou a região da ocupação, localizada na cidade de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, sul do país.

A ação teve início depois que as famílias da cupação tentaram ocupar um terreno ao lado, como alternativa à reintegração de posse prevista para hoje (15/04). O acordo para a desocupação foi firmado em fevereiro, quando ainda se pensava que o dono da terra era Artêmio Paludo – o empresário que pretendia construir ali um mega empreendimento turístico que incluía até um campo de golfe.

Acordo é ilegítimo

Hoje se sabe que as terras são públicas, portanto esse acordo não pode ter validade. As terras foram griladas por Paludo, com a conivência do Estado, durante a ditadura militar-empresarial brasileira (1964-1985).

Com isso os Amarildos exigem, através de ação judicial anulatória, que o juiz Rafael Sandi rasgue o acordo e suspenda a reintegração de posse. Feito isso, a ocupação espera que inicie novos diálogos para encontrar uma solução viável dentro dos moldes de uma reforma agrária-urbana para as famílias acampadas.

Centenas de famílias vive e trabalha no local

A ocupação foi construída de forma coletiva pelos moradores, que ergueram suas casas e agora trabalham na terra, produzindo alimentos sem uso de agrotóxicos. Os Amarildos querem tornar as terras produtivas com um assentamento de agricultura familiar, que sirva de moradia para os trabalhadores e que seja fonte alimentar para população de Florianópolis.

Por parte do governador do estado, Raimundo Colombo (PSD), não há negociação ou busca por alternativas, apenas a repressão policial. A prefeitura de Florianópolis, através do prefeito César Souza (PSD), permanece omissa diante da grave situação.

Amarildo-2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Cerco que aconteceu sábado. Por Marco Favero/Agência RBS.

No domingo (13/04), depois de negociações, a polícia recuou parcialmente. O Coordenador da Ocupação, Rui da Silva, falou sobre a situação no vídeo abaixo:

Em matéria no Diário Catarinense, publicada ontem (14/04), o juiz do caso, Rafael Sand, afirmou que vai "fazer cumprir o acordo" firmado em fevereiro e se prepara para expedir mandado de reintegração de posse.

Solidariedade à Ocupação Amarildo de Souza

Os apoiadores da Ocupação Amarildo estão convocando atos em solidariedade às famílias da Ocupação. Hoje está sendo convocado o "Abraço à Ocupação Amarildo" com concentração iniciando às 6 horas da manhã. A ocupação está situada às margens da rodovia 401, a 2 km do trevo de Jurerê, em direção a Canasvieiras, norte de Florianópolis.

Conheça um pouco mais sobre a Ocupação Amarildo de Souza:

Com informações do Coletivo Manguezal, Desacato e página oficial da Ocupação.


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