Ao contrário do Rio de Janeiro que é infestado por várias quadrilhas (ao menos três grandes máfias) que compartem o controle do tráfico e do crime organizado, São Paulo “conquistou” a unificação da marginalidade com o advento do PCC. Mas este “monopólio” do PCC só foi possível graças à benção da polícia tucana, encarregada de centralizar os negócios do crime organizado e utilizá-lo no momento político mais adequado. Desta forma sempre que é conveniente o “fantasma” do PCC entra em cena para “polarizar” a conjuntura e comprovar a “mão firme” do governo Tucano, vocalizado em discursos fascistizantes que tanto agradam a reacionária classe média paulista.
Alckmin é o homem da Opus Dei no Brasil, organização parareligiosa Franquista surgida na Espanha pouco antes da guerra civil, tendo profunda identidade com a ideário fascista de “limpeza” étnica e social. O PCC e Alckmin são dois elementos reacionários ligados em uma relação de promiscuidade do estado burguês com o narcotráfico, onde só os “operadores” das ruas acabam atrás das grades, em nenhum momento um ou outro jamais pensaram em “eliminação”, pois são parceiros em inúmeros “negócios”, como o financiamento de campanha de vários parlamentares. A suposta ameaça de morte ao governador Tucano não passa de mais um blefe criado pelo PIG, às vésperas do início da campanha eleitoral.
Nós marxistas revolucionários defendemos a destruição de todo o aparato policial do estado burguês, montado para defender a propriedade privada dos meios de produção. Por esta mesma razão não advogamos pela “democratização” da instituição policial e tampouco pela suposta “desmilitarização” da PM. Como Leninistas sabemos muito bem que a polícia em seu conjunto deve ser encarada como inimiga de classe do movimento operário, o que contempla não prestar apoio a nenhuma reivindicação salarial ou corporativa de seus membros. Desgraçadamente as correntes revisionistas prostituem o marxismo ao defender a possibilidade de algumas “reformas” do aparato repressivo do Estado capitalista, incluindo o apoio às reacionárias greves policiais por “melhores salários e condições de trabalho”. Diante de qualquer ameaça de hordas marginais fascistas (PCC) ou do recrudescimento institucional da violência estatal, como assistimos hoje, a classe operária deve responder com sua própria organização militar, materializada politicamente na criação de comitês de autodefesa diante da repressão e na intensificação da agitação de massas contra a barbárie capitalista. Esta plataforma separa como água e óleo os genuínos marxistas dos sociais democratas (assumidos ou não) que acreditam na reforma das instituições deste regime burguês.