O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse na última quarta-feira, dia 31, que a Polícia Militar agiu corretamente ao reprimir as manifestações realizadas nesta semana em São Paulo. Além do tratamento “vip” que sempre é dispensado nestes casos com o uso ostensivo de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, foram presas nada menos que 20 pessoas.
O governador tucano declarou, "não é possível tolerar vandalismo. A polícia vai sempre agir com rigor no sentido de garantir a integridade física das pessoas e os patrimônios públicos e privados.". E ainda foi demagogo ao dizer que a ação violenta da PM foi “na medida correta. Qual tem sido a orientação? Garantir a manifestação, a liberdade de expressão, garantir a integridade física dos manifestantes. Acho que o Brasil está vivendo um outro momento, um momento positivo. As pessoas querem participar, ser ouvidas, o país ganha com isso".
Alckmin atacou o “vandalismo” dos manifestantes que destruíram bancos “não é possível tolerar vandalismo. O povo de São Paulo não aceita baderna.”. Para justificar a truculência da polícia Alckmin usou o “povo” como escudo.
A prisão dos manifestantes também é justificada por meio do “vandalismo”: “se um pequeníssimo grupo quer depredar patrimônio, quer fazer baderna, aí não é possível. Isso é até prejudicial às manifestações".
E ainda afirmou que a PM está utilizando o serviço de inteligência no interior dos protestos, "a polícia está trabalhando com o serviço de inteligência, com acompanhamento, presente, no sentido de garantir a integridade".
Alckmin e a PM paulista foram os principais responsáveis pela explosão de mobilizações no mês passado. Foi no dia 13 de junho que a PM paulista reprimiu violentamente manifestantes, repórteres, idosos, crianças, mulheres e qualquer um que aparece na frente dos policiais.
Com a repercussão extremamente negativa dos atos violentos, inúmeras manifestações foram organizadas em outros estados e o governo de São Paulo recuou na repressão para não ser completamente repudiado.
Como as manifestações estão se mantendo e tomando um caráter diretamente contra o governador tucano, a exemplo do que está acontecendo no Rio de Janeiro com Sérgio Cabral, a repressão vai aumentando novamente.