O assassinato de Odijas Carvalho foi denunciado, na época, por diversos presos políticos que também se encontravam no Dops, por meio de documentos e em depoimentos na Justiça Militar. As denúncias foram reafirmadas na imprensa pernambucana em maio de 1999, quando o nome do então juiz Aquino de Farias Reis figurou na lista tríplice encaminhada ao governador Jarbas Vasconcelos para a escolha de um desembargador.
O Levante Popular da Juventude defende que a responsabilidade pelo crime não se restringe apenas aos policiais que participaram diretamente da tortura que causou a morte de Odijas, mas estende-se a todos os que compunham o sistema de torturas implantado pela ditadura civil-militar nas suas diversas instâncias. Um delegado de plantão, responsável maior pelas ocorrências na delegacia durante o seu serviço, não pode se isentar de culpa; assim como um médico que assina um atestado de óbito que atribui a morte por edema pulmonar a um preso torturado com espancamento generalizado e palmatória nos testículos, afirmam os jovens do movimento.
O Levante Popular da Juventude em Pernambuco atua em conjunto com o Comitê Memória e Verdade do estado, o Movimento Tortura Nunca Mais, APAP (Associação de Presos e Anistiados Políticos de Pernambuco), ex-perseguidos, ex-presos políticos, parentes e amigos. Foi a partir dessas fontes que se organizou o ato de denúncia, protesto e clamor pela verdade histórica, em frente à residência do desembargador aposentado Aquino de Farias Reis.
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