Foto: Nível do Sistema Cantareira chegou ao seu menor volume histórico. Por Fernanda Carvalho/Fotos Públicas.
A plenária ocorre no Auditório da Apeoesp, na Praça da República 282, no centro de São Paulo, às 18h30.
O objetivo é reunir amplos setores, de parlamentares a movimentos sociais, além de ativistas e moradores. "Essa plenária vai servir para discutirmos esse problema e definirmos formas de luta contra o descaso com que o governo Alckmin vem tratando a questão", explica Paula Pascarelli, da executiva da CSP-Conlutas de São Paulo.
A falta de água no estado já atinge mais de 13 milhões de pessoas e a própria presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dilma Pena, afirma que a primeira cota do volume morto acaba até a metade de novembro. Apesar da falta d'água atingir várias cidades e pontos da capital, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) insiste em negar o problema e culpa a situação pela falta de chuvas.
A verdade é que o problema que já prejudica milhões de pessoas é culpa da falta de investimentos do governo paulista, que há muito sabe do risco da crise hídrica que agora se torna realidade. Na outorga de 2004 (permissão para captação de água) uma das condicionantes era que a Sabesp tivesse um plano de diminuição de dependência do Sistema Cantareira. Em 2009, um relatório do Plano de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê já alertava sobre esse risco. Mesmo alerta recebeu os investidores da Sabesp em 2012. O governo Alckmin, por sua vez, não investe porque prioriza os lucros dos investidores internacionais que detêm as ações da Sabesp na Bolsa de Nova Iorque.
"Precisamos ir às ruas, chamar a população e as entidades a se mobilizarem contra a falta d'água cujo único responsável é o governo", afirma Pascarelli. A plenária ocorre no Auditório da Apeoesp, na Praça da República 282, às 18h30. Confirme presença no evento do Facebook aqui.