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rio novo2Brasil - Acorda Rio - [José Paulo Grasso] A crise segue arrasando o 1º mundo. O índice de desemprego entre os jovens e adultos é avassalador. Embora a imprensa não noticie como deve, a miséria ronda a grande maioria dos lares em consequência da irresponsabilidade neoliberal que hoje é combatida em todo o mundo, mas que segue em alta no Rio de Janeiro. Os economistas não conseguem acertar uma sequer, a recessão reina e a maior crise de todos os tempos está aí, aterrorizando todo mundo, embora continue sendo ignorada pela classe política local, que descaradamente, só quer saber de mais do mesmo. Até quando continuaremos nesta irresponsável apatia que nos conduzirá a um trágico pós 2016? Porque perder uma oportunidade única de nos reinventarmos com ética e qualidade de vida, como outros lugares que tinham problemas iguais ou piores do que os nossos conseguiram, se ela está claramente ao nosso alcance? Porque assistimos sem reagir a uma sucessão de escândalos sem fim?


O principal programa de governo, as UPPs, faz água por todos os lados, já que é uma política pública notoriamente midiática e que só enxuga gelo. Isso foi dito pelo próprio secretário de segurança pública que adverte que é um iceberg do tamanho da Baía de Guanabara e que não pode ser enxuto por uma política de cobertor curto que cobre aqui e descobre dali. Passado o impacto inicial, a bandidagem já se reorganizou e os índices de criminalidade dispararam em todos os aspectos, retomando patamares até maiores que os anteriores. A ocupação no alemão apresenta forte resistência popular e está tomando ares de intifada árabe ao se constatar que até as crianças aderiram às provocações aos militares jogando bombinhas, escondidas de cima das lajes nas tropas que tentam organizar a segurança local. Como foi tentado no Haiti, com o Minustah da ONU e que não funcionou. Não adianta coibir a violência só com presença policial sem gerar emprego e renda, além de não se oferecer uma opção clara de futuro, coisa que venho denunciando há muito tempo. E aí? Não vamos tomar uma atitude? Cadê a mídia?

A "pacificação" na Tijuca que já completou mais de dois anos e que se vangloria de prestar serviços públicos nas favelas iguais aos de bairros nobres (?), não consegue quebrar o total respeito às leis do tráfico que impedem que moradores de favelas vizinhas, separadas por apenas uma rua, mesmo sendo parentes se confraternizem. Fica a impressão de que a segurança bandida que ostentava armas de guerra foi "trocada" pela oficial da PM, já que o tráfico de drogas continua a todo vapor, comandado por grupos que se perpetuam. Ainda mais quando descobrimos, como na ocasião da prisão do "dono" da Rocinha, escoltado por policiais da banda podre da polícia, que mais da metade do seu faturamento milionário era usado para pagar o suborno oficial. Será que foi por isso que ela foi à última a ser "pacificada"?

Qual é a perspectiva de futuro que a prefeitura tem para apresentar para a população para que ela se engaje, participe ativamente e desta forma a situação efetivamente seja revertida? Ou não é este o interesse dos políticos atuais que temem que se isto acontecer, eles não sejam mais reeleitos? Como podemos conviver com a falta de um planejamento que aponte um futuro digno com qualidade de vida, após décadas de agonia administrativa que levaram a falência total os serviços públicos e privados do Rio de Janeiro? Será que ainda não aprendemos? No Jardim Botânico, depois de uma sucessão de assaltos os moradores se uniram, mas, só para combater este delito, quando o problema é macroeconômico. Temos que nos unir para dotar o Rio de Janeiro de um planejamento que revitalize a economia, atacando estes problemas e resolvendo-os definitivamente.

A prefeitura lançou em 17 de abril uma "visão" onde em 2030 o Rio de Janeiro será a melhor cidade para se viver, trabalhar e conhecer em todo o hemisfério sul! Como podem afirmar uma bobagem dessas sem comprovar e ainda por cima ignorando as estatísticas oficiais que estão mostrando o RJ nas últimas posições nas pesquisas, em todas as áreas, numa decadência sem fim? Não é a toa que descaradamente já foram gastos mais de dois bilhões de Reais na rubrica comunicação, ou seja, numa publicidade para "supostamente" distorcer a realidade feudal maranhense atual e tentar reeleger uma prefeitura que torra bilhões em projetos sociais que sabidamente não trarão retorno nenhum e que terão que ser pagos por nós no pós 2016, mas que "supostamente" permite o que interessa: comissões! E tome de empréstimos internacionais! Isso não acontece mais neste mundo pós-crise, que passou a exigir o retorno claro de qualquer investimento. Aliás, a única indústria que funciona no Rio é a das multas que cresce mais de 50% ano após ano e não gera nenhuma contrapartida em educação no trânsito. E tente reclamar...

Não é a toa que esta festança de 17 de abril foi comandada pelo secretário da casa civil que em artigo publicado no Globo, "equivocadamente", multiplicou por três a quantidade de energia gerada no novo depósito de lixo, não explicou que inicialmente das 9 milhões de toneladas apenas um milhão irá para o local, que aliás não tem capacidade para todo o lixo diário do Rio, multiplicou por mil o número de empregos criados pelo novo depósito além de omitir toda a controvérsia criada em Seropédica ao receber tal "empreendimento". Dá para acreditar no "planejamento" desta prefeitura que não tem o menor compromisso com a verdade?

Análise das metas apresentadas constata que o plano estratégico apresentado com custo de R$ 38 bilhões, privilegia apenas o gasto em obras e serviços, que como sabemos, "supostamente", rendem um belo comissionamento aos executores públicos e privados, onde o sobre preço (Corrupção) campeia imoralmente. Quando confrontada, por exemplo, com o custo do projeto porto maravilha (pra quem?) as autoridades respondem com a maior candura que não sabem precisar o custo total! Não é espetacular? Mesmo raciocínio se aplica as obras do metrô. Aonde no mundo existe tanta desfaçatez com a aplicação do dinheiro público? O pior é que rigorosamente todos os especialistas condenam as siglas pomposas (BRTs e que tais) utilizadas para designar "soluções" que são comprovadamente obsoletas e que ao serem inauguradas já não atenderão a demanda. Como permitimos isso? Acorda Rio, porque quando a conta chegar o custo social será explosivo! A Grécia seguiu este mesmo receituário neoliberal e... quebrou!

Para piorar, joga-se com os números sem o menor pudor. Há pouco tempo noticiou-se que apenas 26% da população utilizavam transportes de massa e agora com essas obras onde o seis vai ser trocado pelo meia dúzia, como é o caso destes BRTs, segundo o site oficial da prefeitura passaremos de 18% para indecentes 63% da população se beneficiando destas soluções arcaicas. Alguém em sã consciência pode acreditar nisso? Até quando esta manipulação de números será tolerada?Com o escândalo do Cachoeira, começaram a aparecer contratos absurdamente lesivos aos cofres públicos com a Delta, por exemplo, como um de R$ 24 milhões que recebeu, não se sabe como, aditivos de R$ 185 milhões quando sabemos que por lei esses acréscimos não podem passar de 25% do acordo original. Isso sem falar das obras emergenciais que são distribuídas aos amigos e financiadores de campanha. Nem Ali Babá e seus 40 ladrões fariam estragos similares aos cofres públicos como os atuais administradores fazem. E nós, vamos ficar só olhando?

Neste plano estratégico apresentado, que foi pesquisado com mil e duzentas pessoas(?) além de reuniões e oficinas (?) não há uma linha sequer direcionado ao que deveria ser  o mais importante: A revitalização de uma economia que chegou ao fundo do poço e que apresenta os piores serviços públicos e privados com os custos mais altos de todo o país, porque como os poderes estão a beira da falência o que importa é o quanto vai ser pago ao governo e não o valor da tarifa que será cobrada do cidadão. Ou seja, de um valor inicial estimado em R$ 12 bi, houve um salto para R$ 38,61 bilhões, sendo que 14 bilhões de fontes externas, como financiamentos e repasses. Com isso podemos constatar que interesses privados estão sendo acintosamente privilegiados como o empreendimento de uma conhecida empreiteira que irá construir 30 anos em cinco, em cerca de dois milhões de metros quadrados rodeados casualmente, é claro, pela transcarioca, linha Amarela e pelo BRT, permitindo que numa região onde a predominância é de condomínios com casas seja erguida uma verdadeira selva de pedra com espigões com 25 andares que levarão o caos ao já congestionado trânsito da Barra sem falar dos serviços públicos, mas que darão um lucro fabuloso! Mas que atirará a Barra e seus moradores no maior caos!

No tal porto maravilha, criou-se o absurdo de que os serviços prestados para o resto da cidade não são bons o suficiente para contemplar tal iniciativa e lá todos os serviços são diferenciados e prestados por um consórcio particular constituído para zelar pelo patrimônio público e torrar o dinheiro das CEPACs, que obrigatoriamente deveriam ser gastos em aumentar a vazão do trânsito na área, que já esta notoriamente esgotada há décadas e que será surpreendentemente inundado por cinco mil edificações (?) que serão construídas, sendo que a maioria terá até 50 andares. Como se pode admitir uma insanidade dessas? Repare que não há a menor previsão de aumento de arrecadação para fazer frente às despesas no pós-olímpico, para a manutenção dos tais projetos sociais e sequer um esboço de projetos de continuação de obras públicas. Será que esta prefeitura acha que o mundo irá acabar após 2016? O que a empresa que comprou um caríssimo Tatuzão para fazer o metrô da Barra irá fazer com ele? Como ficará o mercado de trabalho com o final dos investimentos bilionários que não tem a menor previsão de continuidade?

Todas as alternativas sugeridas para espólio olímpico são risíveis e não vão acrescentar nada a uma cidade que há quatro anos atrás tinha apenas 5% da sua economia formalizada. Porque a pesquisa chapa branca do Rio Como Vamos, que apurou isso não volta a campo e mostra o que aconteceu? Ela foi obrigada a admitir que com o advento das midiáticas UPPs, nada mudou nas áreas ditas pacificadas. Mesmo assim não há nenhum planejamento para reverter este fato desagradável e desabonador. Por quê? Pobre não reclama, não é mesmo? Mas, quem pagará o pato será toda a sociedade quando a conta chegar, em todos os sentidos, inclusive com relação à perda de uma oportunidade única de nos reinventarmos. E aí, vamos reagir?

O que temos na verdade é a consagração do triste epíteto de Cidade partida, já que as favelas, os subúrbios e a periferia não têm o menor planejamento para deslanchar uma tão necessária revitalização econômica, que permita que a cidade possa realmente entrar num ciclo virtuoso, onde o emprego, a renda, a moradia e os serviços públicos sejam priorizados através de uma qualidade de vida que beneficie os seus moradores em todos os sentidos, aliado a um aumento substancial de suas rendas per capita. E porque permitimos isso se temos a maior vocação natural do mundo e que se fosse desenvolvida macroeconomicamente, uniria toda a sociedade e nos levaria efetivamente a vanguarda mundial? O presidente da República da Geórgia, antiga participante da extinta URSS, revelou que após controlarem a corrupção o PIB, foi multiplicado por três. Imagine com planejamento, o que não aconteceria aqui...

O que estamos esperando para seguir o mesmo caminho? Repare que neste plano, não há espaço para o desenvolvimento da economia, nem para a apresentação de aumentos da arrecadação de impostos, da renda per capita e nem de aumentos salariais aos funcionários públicos, como professores, médicos, policiais e demais integrantes da sociedade que a continuar assim estarão condenados a passar fome, pois seus ordenados são os mais miseráveis do Brasil em total contraste com o PIB municipal que é o segundo maior. Dá para explicar o porquê da economia do RJ não se tornar autossustentável e sustentável se ela tem potencial para alcançar isso e em curto prazo? A quem interessa que a economia do Rio não se desenvolva?

Até quando permitiremos isso? Os "nossos" representantes políticos enriquecem indecentemente enquanto a economia do RJ se deteriora a olhos vistos mesmo com toda a pujança potencial. Com planejamento e união de toda a sociedade isto mudará no curtíssimo prazo! Repare que no item desenvolvimento social do pomposo "planejamento para 2030", no portal da prefeitura aparece indecentemente: tratamento de viciados! Revitalizar a economia, gerar emprego e renda? Nem pensar... O bom é mais do mesmo! E aí, vamos continuar nessa imobilidade e deixar esses "políticos" arrasarem o nosso futuro?

Qual foi o resultado que as atuais administrações apresentaram após anos de governo? A jóia do estado, a usina siderúrgica apresentou resultados desastrosos imediatos para o meio ambiente ao aumentar a poluição ambiental nojentamente em mais de 50%, não criou um tão necessário polo industrial embora tenha recebido todas as isenções fiscais exigidas para isso, nem empregos ou renda. Alguém ganhou e muito, mas nós perdemos em todos os aspectos! Todas as obras de infraestrutura se arrastam como a do arco rodoviário que não tem previsão de entrega, os bilhões em investimento não se confirmaram... Qual é a credibilidade desta turma que agora está sendo cobrada pelo ministério público pela despoluição da Baía de Guanabara prometida ao Comitê Olímpico Internacional e que nos envergonhará internacionalmente, já que a nova CEDAE prometia maravilhas como o total funcionamento da estação de "Alegria", o que na verdade nunca aconteceu como foi denunciado por um corajoso ambientalista?

Na contramão disso temos a maior vocação natural planetária para a maior indústria do mundo: o Turismo. Agora na crise, os EUA estudam até retirar a exigência de visto para brasileiros, porque nossos compatriotas são os que mais gastam nas viagens para lá. O gasto diário médio dos brasileiros foi de US$ 415 (R$ 773) em 2010. A média dos visitantes de todas as nacionalidades no mesmo período foi US$ 206 (R$ 384) Sem contar que ainda mandaremos no mínimo vinte mil estudantes para se aperfeiçoarem lá nos próximos anos, fato conhecido como turismo pedagógico. Eles estão adorando! Para se ter uma idéia do prejuízo, o Brasil recebe só 5,5 milhões de visitantes anuais. Londres recebe 20 e a frança, 80 milhões. Adivinha quem ter a maior vocação mundial, segundo a ONU? Nós! Já pensou se ela fosse desenvolvida a sério, macroeconomicamente, quanto ganharíamos e em todos os aspectos?

Se levarmos em consideração que mais da metade da economia americana é movida pela indústria criativa que é estreitamente ligada ao turismo, imagine o que poderia acontecer aqui, sem contar que no afã de comprar dos visitantes, movimentaríamos todas as nossas indústrias através de um turismo de qualidade, o que gerará um mercado interno forte e apto a resistir às futuras intempéries econômicas internacionais. O aumento planejado da arrecadação permitirá obras infraestruturais que levarão o Rio à vanguarda mundial do setor, eternizando a Cidade Maravilhosa, seus empregos, belezas naturais e tornando a nossa qualidade de vida única no mundo!

Aliás, o que faz um turista hoje no Rio e o que poderia fazer se este mercado fosse desenvolvido em todos os sentidos? O que a população ainda não descobriu, é que o Rio pode oferecer oportunidades de negócios em todos os setores da sociedade via o desenvolvimento do turismo (dois milhões de empregos de qualidade em curto prazo, até para os analfabetos) num ambiente propício a proliferação de centenas de milhares de micro e pequenas empresas e que com isso todos se beneficiariam direta e indiretamente, sendo que a violência tenderá a desaparecer porque todos estarão unidos ganhando não só dinheiro como qualidade de vida em todos os sentidos. Numa situação dessas só se tem a ganhar, ainda mais ao apresentarmos uma visão de futuro aonde todos se sentirão inseridos. Sem gentrianismo.

Aliás, qual é a relação atual da cidade com o turismo? Nenhuma? Isto tem que mudar com a integração da população ao universo inesgotável de opções que a cidade tem a oferecer, que hoje não são exploradas e que renderão bilhões de dólares anualmente à economia do Rio e a seus moradores. E que um turista de qualidade estará cheio de vontade de conhecer, ainda mais com a opção dele se enriquecer culturalmente e voltar abastecido de histórias interessantes para contar, valorizando o seu perfil. O que estamos esperando? Não preciso nem dizer que em pesquisa realizada o resultado foi de 100% de aprovação!

Já imaginou o que a nossa sociedade unida e com uma opção clara de futuro poderia conseguir? É um absurdo desperdiçar uma oportunidade como essa! Acorda, Rio! Porque unidos nós podemos!

 


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