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060514 rodas uspBrasil - PCO - Durante décadas os sucessivos governos do Estado de São Paulo foram abrindo a universidade para as fundações, que utilizaram todos os recursos da USP para lucrar e dirigir as pesquisas para os seus interesses. Estavam trilhando o caminho traçado pela ditadura militar a partir do acordo MEC-USAID.


A luta dos estudantes também foi imensa e conseguiu, senão impedir o processo, ao menos retarda-lo consideravelmente.

No entanto, conforme a crise capitalista se aprofunda, com mais ímpeto o governo avança sobre a universidade, como fonte de recursos que pode ser desviada para os capitalistas e banqueiros.

Foi isso que denunciamos quando o ex-reitor João Grandino Rodas foi escolhido por José Serra (PSDB), então governador do estado. A truculência do reitor, já provada quando era diretor da Faculdade de Direito, e sua orientação política direitista indicavam que sua indicação havia sido feita para impor um plano de ataques muito grande à universidade, esmagando os que poderiam se opor; os movimentos de funcionários, professores e, em especial, dos estudantes.

Por isso Rodas colocou a polícia na USP, vendeu bastante do patrimônio da universidade, terceirizando os serviços, e abriu sindicâncias contra um número de estudantes e funcionários maior do que em qualquer outra época da universidade.

A resistência e a luta dos estudantes foi tão intensa que não foi possível levar a cabo totalmente seu projeto, mesmo com a ajuda da imprensa burguesa que fez uma campanha incessante contra os estudantes, procurando desmoraliza-los, ocultando, assim, o verdadeiro sentido da luta.

Mesmo assim a desmoralização do reitor policial, truculento, foi tão grande que foi necessário colocar na reitoria um reitor supostamente aberto ao diálogo, um reitor “bonzinho”, Marco Antonio Zago.

No entanto, é esse reitor que vai terminar de aplicar os planos de Rodas. É preciso compreender que esse não é um projeto pessoal de Zago ou de Rodas, e nem mesmo do governador. Eles são apenas serviçais, instrumentos, para impor uma política que favorece todo um setor poderoso da burguesia, em especial as imperialistas.

O que mostra isso claramente é a sincronia entre as medidas do governador, do reitor e a propaganda da imprensa burguesa. Recentemente, a Folha de S. Paulo publicou um editorial no qual intimava o reitor a cortar gastos e cobrar mensalidades.

Isso porque a USP, segundo eles, está “à beira da insolvência”.  A solução seria buscar verbas na iniciativa privada.

Mas dá para acreditar no que dizem aqueles que sempre militaram em favor da privatização da instituição? Nos que criticaram duramente os estudantes por tentar impedir essa privatização?

Cortar mais verbas significa, na prática, terminar de destruir a universidade. Nesse momento, ao menos três unidades sofrem a falta de investimentos e manutenção. A faculdade de Arquitetura e o prédio do curso de História tiveram incêndios, e todo o campus Leste está contaminado por gases tóxicos. Isso para não falar no Conjunto Residencial da USP, cujos novos blocos foram mal construídos e que de conjunto sofrem com infiltrações, problemas de energia etc.

Nenhum corte deve ser efetuado. É preciso antes de qualquer coisa que a comunidade universitária tenha acesso às contas da universidade. É preciso saber em quê e como o dinheiro está sendo gasto.

Se países muito mais pobres do que o Brasil, como Cuba, tiveram condições de fornecer ensino gratuito a toda a população, por que o Estado mais rico do país, um estado que é mais rico do que 20 estados norte-americanos, não poderia?

É preciso expandir a universidade, não reduzir. É preciso colocar mais estudantes, abrir a USP para toda a população, e não restringir a entrada. Que a crise se resolva jogando o ônus aos capitalistas e banqueiros e não à população.


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