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170713 cidade de deus 3Brasil - PGL - [José Paz Rodrigues] Construído pelo governo de Carlos Lacerda entre 1962 e 1965, em Jacarepaguá, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, o conjunto habitacional Cidade de Deus recebeu os primeiros moradores em 1966. Eram desabrigados de uma das piores enchentes que o Rio já enfrentou. Pouco depois, os moradores de outras 60 favelas (algumas destruídas por incêndios criminosos) foram deslocados para lá.


A geografia da Cidade de Deus tem como base prédios pequenos de, no máximo, cinco andares e casas de alvenaria, cercados por barracos de madeira. O crescimento desordenado logo transformou o conjunto habitacional num labirinto, favorecendo a instalação do tráfico de drogas. As primeiras guerras de quadrilhas explodiram em 1979. Hoje, a Cidade de Deus tem mais de 120 mil habitantes, uns poucos mais que a cidade galega de Ourense.

Esta famosa favela inspirou a Paulo Lins para escrever um seu romance com o título de Cidade de Deus, e ao diretor de cinema Fernando Meirelles, ajudado por Katia Lund, para realizar um filme de grande sucesso e muito premiado, sob o mesmo título. A fita que esta vez escolhi para um novo artigo da série “As Aulas no Cinema”, apresenta factos reais acontecidos durante várias décadas nesta favela de Rio de Janeiro, constituindo uma espécie de “escola” de aprendizagens negativas, onde a violência é o pão de cada dia e as crianças não veem outra cousa que condutas negativas dos adultos. O famoso adágio do sociólogo canadiano McLuhan de que “o meio é a mensagem” cumpre-se aqui na sua totalidade. Em semelhante ambiente, com estímulos tão antieducativos, é muito difícil que alguém possa chegar a ser isso: “alguém”. Com grandes dificuldades, magnificamente mostradas neste filme tão bem realizado, o jovem “Buscapé”, que ademais é preto, tenta, e finalmente consegue, seguir outro caminho, diferente do dos demais, para aprender o ofício nobre de fotógrafo e não entrar nas condutas delituosas habituais no bairro. Ele mesmo com a sua câmara termina por ser a testemunha viva da realidade que os vizinhos da favela têm que viver a diário. Também “Buscapé” é o que nos vai narrando as histórias que aparecem no filme, com uma ação enorme e muito dinâmica. É possível que não exista um filme tão extraordinário para mostrar a educadores, docentes e pais a importância que tem a vida do ambiente em que moram as crianças, para a sua positiva, ou negativa, educação. Os bairros das nossas cidades e vilas, segundo os estímulos educativos ou deseducativos que neles funcionem, têm uma profunda influência na formação e no futuro das crianças. Por isto, o formoso projeto iniciado há vários anos pelo grande pedagogo italiano e os seus colaboradores Francesco Tonucci, meu grande amigo, de fomentar em todo o mundo “cidades educativas”, deve ser apoiado por todos os cidadãos e por todas as instituições, nomeadamente as municipais e as educativas de todos os âmbitos.

Graças especialmente ao trabalho de Tonucci, existe uma Associação Internacional de Cidades Educadoras, um movimento que se iniciou em 1990 com motivo do Iº Congresso Internacional de Cidades Educadoras, celebrado em Barcelona, quando um grupo de cidades representadas pelos seus governos locais assumiu o objetivo comum de trabalhar conjuntamente em projetos e atividades para melhorar a qualidade de vida dos habitantes, a partir da sua implicação ativa no uso e a evolução da própria cidade e de acordo com a carta aprovada de Cidades Educadoras. Posteriormente, em 1994 este movimento legaliza-se como Associação Internacional no IIIº Congresso celebrado em Bolonha e no VIIIº Congresso celebrado em Génova em 2004. Muitas cidades de numerosos países do mundo pertencem a esta associação, destacando especialmente Espanha, França, Itália e Portugal com mais cidades representadas. Brasil, pela sua parte, conta com quinze cidades. []As cidades membros da associação devem cumprir e promover o cumprimento dos princípios da Carta de Cidades Educadoras, assim como impulsionar colaborações e ações concretas entre as cidades, participar e cooperar ativamente em projetos e intercâmbios de experiências com grupos e instituições com interesses comuns, aprofundar no discurso de Cidades Educadoras e promover as suas concreções diretas, influir no processo de tomada de decisões dos governos e das instituições internacionais em questões de interesse para as Cidades Educadoras e dialogar e colaborar com diferentes organismos nacionais e internacionais.

Ficha técnica do filme:

Título original: Cidade de Deus.

Diretor: Fernando Meirelles (Brasil, 2002, 135 min., a cores).

Codiretora: Katia Lund. Música: Antônio Pinto e Ed Côrtes. Fotografia: César Charlone.

Roteiro: Bráulio Mantovani, segundo o romance de Paulo Lins.

Produção: O2 Filmes, VideoFilms, Globo Filmes e Lumière.

Atores: Matheus Nachtergaele (Sandro Cenoura) , Seu Jorge (Mané Galinha),Alexandre Rodrigues (Buscapé) , Leandro Firmino da Hora (Zé Pequeno)Roberta Rodrigues (Berenice) , Phellipe Haagensen (Bene)Jonathan Haagensen(Cabeleira) , Douglas Silva (Dadinho) , Gero Camilo (Paraíba) , Jefechander Suplino (Alicate) , Alice Braga (Angélica) , Emerson Gomes (Barbantinho) , Édson Oliveira (Barbantinho - adulto) , Luis Otávio (Buscapé - criança) , Maurício Marques(Cabeção)Charles Paraventi (Tio Sam) , Darlan Cunha (Filé com Fritas) ,Graziella Moretto , Micael Borges e Babú Santana (Grande) .

Prémios: Entre os numerosos prémios recebidos temos que destacar os seguintes: 9 prémios no Festival de Havana (Cuba), menção especial no Festival Internacional de Toronto, melhor edição no BAFTA (“Óscar britânico”) em 2003, sendo nomeado a quatro Óscars em 2004 e Globo de Ouro ao melhor filme estrangeiro em 2003. Também foi muito premiado no próprio Brasil e participou fora de competição no Festival de Cannes de 2002.

Argumento: Buscapé é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo do seu destino por causa do seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através do seu olhar atrás da câmara que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita. Cidade de Deus passa-se num único cenário, talvez o verdadeiro protagonista do filme: o conjunto habitacional de Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro. A história é dividida em três partes. A primeira, situada no fim dos anos 60, mostra os primeiros anos de existência desse conjunto habitacional, para onde se mudam duas crianças, Buscapé e Dadinho. Buscapé tem 11 anos e o seu irmão, Marreco, forma com os amigos Cabeleira e Alicate um grupo de bandidos conhecido como o Trio Ternura, cuja especialidade é assaltar os caminões de gás que fazem entrega no local. Dadinho acompanha esse grupo de marginais e sonha ser como eles. Buscapé, por sua vez, não gosta de ter irmão bandido: "É a maior furada, sempre acaba sobrando pra gente", ele diz. Quer um futuro diferente para a sua vida.

A segunda parte do filme passa-se nos anos 70. Buscapé continua os seus estudos e arruma um emprego num supermercado. Ainda assim, vive na ténue linha que divide a vida "de otário" da vida no crime. Enquanto isso, Dadinho torna-se um pequeno líder de gangue com grandes ambições. Quer tornar-se traficante. Acredita que o "negócio de assalto tá por fora", num dia toma quase todas as bocas de fumo de Cidade de Deus e começa a vender cocaína. Em pouco tempo, Dadinho torna-se o bandido mais perigoso e temido do local. Recebe um novo apelido, Zé Pequeno, e expande o seu negócio. "Se o tráfico fosse legal, Zé Pequeno seria o homem do ano", diz o personagem de Buscapé, que também narra o filme. A terceira parte, situada no começo dos anos 80, mostra como Zé Pequeno se transforma num dos traficantes mais poderosos do Rio de Janeiro, protegido por um exército armado de crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos. Até que ele cruza o caminho de um trocador de ônibus conhecido como Mané Galinha. Depois de ver a sua mulher ser estuprada, Mané Galinha decide vingar-se de Zé Pequeno associando-se a outro traficante local, Sandro Cenoura. Estoura a guerra na Cidade de Deus. Nesse meio tempo, Buscapé, que sempre sonhou ser fotógrafo, consegue a sua primeira máquina profissional. Registrar essa guerra será a grande chance de sua vida.

Quando a "escola" é a "favela":

O filme que estou a comentar teve um sucesso enorme. Mostra como é a vida das pessoas que moram nas favelas, que desde pequenas já aprendem a ser criminosas. As cenas mostram-nos a realidade da vida dessas pessoas bem como ela é. Desde que nascem, os moradores da Cidade de Deus convivem com outros criminosos. A sua família, os seus vizinhos, os seus amigos, enfim, a grande maioria são bandidos e assassinos. E à medida que vão crescendo, eles vão tomando o caminho do crime, da violência, do tráfico, e tornando-se cada vez mais violentos. O filme mostra cenas que nos deixam chocados, como mortes violentas, crianças marginais, entre outros. Eu acho que o filme foi muito bem feito, com cenas fortes e reais. Baseado em factos reais, o objetivo era que o filme tivesse essas cenas. É interessante olharmos o filme e vermos como é a vida de quem morava na Cidade de Deus, pois essas pessoas provavelmente teriam pouquíssimas oportunidades na vida. O grande filósofo Ortega e Gasset afirmava“eu sou eu e as minhas circunstâncias”, e este seu pensamento tão acertado cumpre-se perfeitamente no filme, sendo a favela uma espécie de “escola”, mas infelizmente provocadora de aprendizagens muito negativas e antissociais. Os negros são mais discriminados do que os brancos, como querendo dizer-nos a fita que os negros têm mais aparência de bandido do que os brancos.

Baseado em histórias reais, esta adaptação do romance de Paulo Lins é uma saga urbana que acompanha o crescimento do conjunto habitacional de Cidade de Deus, entre o fim dos anos 60 e o começo dos anos 80, pelo olhar de dous jovens que moram na comunidade: Buscapé, que sonha tornar-se fotógrafo, e Dadinho, que se torna num dos maiores traficantes do Rio. A vida na favela e a história do filme pode ser resumida com a famosa expressão: "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". O filme envolve muitas personagens. Os protagonistas sucedem-se de acordo com as mortes consecutivas. Toda a história é protagonizada principalmente pela própria Cidade de Deus, a favela protagonista principal desta obra cinematográfica. Para fazer "Cidade de Deus", mais de 60 atores principais, 150 secundários e 2.600 figurantes (a maior parte de crianças e adolescentes) foram recrutados pelos realizadores do filme, nesta e noutras favelas do Rio de Janeiro. A filmagem do filme foi todo um grande sucesso na própria favela.

Como muitos dos figurantes de “Cidade de Deus” não tinham telefone em casa, a produção do filme enviava telegramas a todos avisando dia, hora e local das filmagens. Nas oito semanas de trabalho, não houve um problema sequer de ator que não apareceu na hora e no lugar combinados. A comida servida para a equipa que trabalhou no filme foi feita por 34 pessoas vindas da Bahia. Mesmo quando servia até 400 pessoas, o pessoal da cozinha tinha a preocupação de decorar o bufê com requinte. Os cozinheiros formam o grupo que menos descansou.

Aproveitando o sucesso do filme, a Companhia das Letras relançou o livro “Cidade de Deus”, de Paulo Lins, adaptado para o cinema por Fernando Meirelles. O autor enxugou o livro (lançado em 1997 e que já vendeu 12 mil exemplares) em cerca de 150 páginas: agora, são 450. O filme recupera gírias típicas dos anos 60, época em que a Cidade de Deus foi criada para abrigar favelados vindos de outros bairros: à pamparra (o mesmo que às pampas, em quantidade), samangos (como os policiais eram chamados) e bicho-solto (bandido) são algumas delas. As carrinhas que faziam o transporte do elenco para as filmagens não eram autorizadas a chegar até a casa de grande parte dos atores do filme que moram em favelas (e eles eram muitos). O encontro sempre acontecia de madrugada, em algum ponto combinado próximo à comunidade. Os atores do filme foram descobertos por uma equipa de seis pessoas que se dividiu em duplas para percorrer várias comunidades carentes (Rocinha, Cidade de Deus, Chapéu Mangueira, Vidigal e Dona Marta, entre outras), além de escolas de teatro amador e outras instituições. Grande parte do elenco do filme foi escolhido entre garotos que vivem em diversas comunidades e favelas do Rio de Janeiro e que não tinham tido até aquele momento nenhum contacto com a arte de atuar. Para fazer esta seleção foram realizadas mais de 2000 entrevistas. Uma pré-seleção escolheu os 400 melhores; e, ao fim dos testes, ficaram só 200. Guti Fraga deu aulas de interpretação e Fátima Toledo preparou os atores principais. Dos 8,2 milhões de reais gastos na produção do filme, apenas 15% vieram das leis de incentivo. Todo o restante dos custos de “Cidade de Deus” foi bancado pela própria produtora de Fernando Meirelles, a O2 Filmes (que teve na VideoFilmes um parceiro de primeira hora no projeto). Quando descobriu que Nova Sepetiba era semelhante à Cidade de Deus dos anos 60, a produção pediu autorização para filmar no lugar ao então governador Garotinho. Inicialmente, ele hesitou por temer que comparassem a sua empreitada à de Carlos Lacerda. Mas acabou autorizando. E a favela famosa, ademais de “escola”, terminou por ser um imenso cenário cinematográfico, com os seus moradores e o seu intrincado rueiro.

Os "alunos" da "escola-favela":

Os protagonistas principais do filme têm a sua própria psicologia, os seus desejos, as suas motivações, as suas esperanças, a sua conduta, positiva ou negativa. Considero ser muito interessante analisar as suas personagens uma por uma.

Cabeleira: Cabeleira era negro de família humilde. O pai era alcoólico e a mãe, prostituta. Elegante no andar, bom porte físico, bem sucedido com as garotas, habilidoso capoeirista, Cabeleira representa o anti-herói, surreal e lírico. Não estupra, respeita a comunidade e a rapaziada do conceito. É com ele que se começa a respeitar os limites da favela para se assaltar. Cabeleira, no entanto, é cruel e maldoso com os seus inimigos, mata sem piedade sempre protegido pelos seus exus e pombagiras. “Bandido também ama e Cabeleira apaixona-se por Berenice”.

Dadinho / Zé Pequeno: Dadinho admira Cabeleira e a sua turma, que assaltam caminões de gás e fazem pequenos assaltos à mão armada. Cabeleira dá a oportunidade para Dadinho matar pela primeira vez. Ele cresce matando. Negro baixinho e gordinho, é o mais feio dos bandidos. Aos 18 anos muda de nome para Zé Pequeno. Sua crueldade é a mais temível de toda a narrativa. Sonha em ser dono de Cidade de Deus e para isso não poupa ninguém. Constantemente coloca os seus amigos uns contra os outros. A risada fina, estridente e rápida, acompanha as suas ações de crueldade e é a sua marca registrada. Meninos de 9 a 14 anos são o seu exército. “Totalmente infeliz no amor, viola a namorada de Manoel Galinha, fato que gera a guerra na favela. Representa o poder do submundo do crime. É o que mais enriquece com o tráfico e o que comanda a favela por mais tempo. O seu fim finaliza o romance mas não pára a história de Cidade de Deus”.

Bené: Bené é amigo e parceiro de Dadinho. É filho da Cidade de Deus. A sua crueldade fez com que herdasse, em parceria com Zé Pequeno, todo o poder do tráfico na favela. Admira os cocotas e, depois que se enturma com eles, passa a vestir-se só com roupas de marcas famosas e tatua um enorme dragão no braço. O namoro com Angélica leva-o a tentar afastar-se do mundo do crime sem sucesso.

Sandro Cenoura: Único ator famoso do elenco, Sandro Cenoura (Matheus Nachtergaele), detém um ponto de tráfico na Cidade de Deus e rivaliza com Zé Pequeno. É decisivo para o início da guerra pelo poder na favela.

Buscapé: Faz um dos principais papéis e é o narrador do filme. Irmão de um assaltante, acha mal o que vê, mas é obrigado a encobrir tudo. Sonha em ser fotógrafo. Na favela, não se envolve com o crime nem com o tráfico, mas por vezes sente-se tentado… Adora fotografia e, por acaso, uma foto sua do maior criminoso da Cidade de Deus, é publicada na primeira página do jornal. Consegue manter-se fora da rede do crime e torna-se fotógrafo profissional.

Mas o filme não é apenas a história destes personagens. O verdadeiro protagonista é o lugar: a favela de nome Cidade de Deus. São dezenas de histórias que se cruzam e se entrelaçam, revelando um universo. Histórias de amor, humor e luta. Histórias cruéis e reais. Cidade de Deus fala sobre personagens e situações que aconteceram de facto no Rio de Janeiro, e é isso que torna o filme surpreendente. A história acontece em três tempos: final dos anos 60, anos 70 e início dos anos 80 que vão surgindo ao sabor de quem conta uma história falada, de frente para trás e de trás para a frente, sem tempos parados. A banda sonora é muito boa. A realização é perfeita.

Temas para refletir, debater e realizar:

Depois de ver o filme, utilizando a dinâmica de grupos do “Cinema-fórum”, analisar a linguagem fílmica utilizada pelo diretor e os muitos recursos cinematográficos empregados (voz em off, filme de ação muito americana, roteiro muito bem construído, etc.), as influências recebidas do novo cinema e a psicologia e papel das gentes da favela e as principais personagens da fita. Como a “personagem” principal é a favela no seu conjunto, debater de como a mesma é uma grande “escola” nada exemplar para crianças e jovens, que determina a negativa conduta posterior da maioria dos moradores.

Debater sobre a cena de amor entre Cabeleira e Berenice, que tem o seguinte e interessante diálogo entre ambos:

CABELEIRA: Alô Berenice. É o seguinte, vou te mandar uma letra invocada agora. Pô mina... já viu falar em amor à primeira vista?

BERENICE: Malandro não ama, malandro só sente desejo.

CABELEIRA: Assim não dá prá conversar...

BERENICE: Malandro não conversa, malandro desenrola uma idéia.

CABELEIRA: Pô! Tudo que eu falo, tu mete a foice!

BERENICE: Malandro não fala, malandro manda uma letra!

CABELEIRA: Vou parar de gastar meu português contigo que tá foda.

BERENICE: Malandro não para, malandro dá um tempo.

CABELEIRA: Falar de amor contigo é barra pesada.

BERENICE: Que amor que nada. Tu tá é de sete-um!

CABELEIRA: É que o otário aqui te ama.

Elaborar uma monografia sobre o Brasil e as suas favelas, os seus moradores, os seus problemas e a sua vida. Com propostas práticas para mudar a situação, analisando as diferentes alternativas que se estão a experimentar naquele grande país, hoje de grande atualidade por muitos motivos, não só desportivos. Para redigir este trabalho, que pode fazer-se seguindo o modelo do trabalho livre por grupos de Roger Cousinet, será necessário consultar livros, revistas e a Internet. Deveria levar ilustrações e textos e redações dos alunos.


 

José Paz Rodrigues é académico da AGLP, didata e pedagogo tagoreano.


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