Os grevistas pedem reajuste de 22% no piso salarial nacional, que chega a mil 451 reais neste ano. Eles querem melhoria na estrutura das escolas e nas condições de trabalho e redução da jornada para garantir um terço de atividade extra-classe.
A vice-presidenta do Sinte, Maria Zeneide Machado, acusa o governador Wilson Martins (PSB - PI), de não cumprir a Lei Nacional do Piso e de não aplicar o plano de carreira da categoria. Zeneide diz ainda que os professores se sentem incomodados com o prejuízo causado pela paralisação, que afeta 240 mil estudantes.
Contudo, a sindicalista acredita que a greve é uma forma de cobrar o compromisso do Estado com a educação. Na capital Teresina, a greve de professores da rede municipal é ainda mais longa, ultrapassa os 70 dias. As pautas são similares à da rede estadual.
A Justiça já decretou a ilegalidade da greve no Piauí e o retorno ao trabalho, sob pena de multa diária de 20 mil reais. Porém, os professores seguem com a paralisação.