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usp-protesto-posse-rodas-hg-20100125Brasil - PCO - Assim como a ditadura classificou os estudantes de "terroristas", Rodas declarou em entrevista que os estudantes deviam se manifestar com "demonstrações" e que estes não deviam "se utilizarem de atos que sejam criminosos, como vêm acontecendo há décadas na USP".


No dia 23 de abril, o reitor-interventor João Grandino Rodas concedeu uma entrevista ao jornal O Globo. Vejamos o que disse o preposto de Serra e do PSDB na USP.

Para legitimar o convênio com a PM, Rodas afirmou: “O convênio com a polícia foi aprovado pelo Conselho Gestor do Campus, composto por mais de quarenta pessoas”.

É preciso explicar para o reitor que existe outro órgão na USP, que inclusive foi criado pela Ditadura Militar, que também precisa ser consultado das decisões do reitor e do seu conselho gestor, que é o Conselho Universitário, que reúne pouco mais que 80 professores e alguns representantes dos estudantes e funcionários.

O fato de o convênio ter sido assinado em uma reunião do Conselho Gestor, que é praticamente todo composto por membros da própria reitoria evidencia que nem mesmo as congregações foram consultados. O que quer dizer que quem é a favor do convênio é apenas a reitoria e nada mais.

A perseguição aos estudantes é tão grande, que o jornal foi obrigado a perguntar sobre os oito estudantes expulsos e os processos contra outros cem estudantes movidos pelo reitor.

“Tanto os processos administrativos findos quanto os em curso dizem respeito a ilícitos como invasão, vandalismo, depredação de bem público, supressão de documentos, impedimento do direito de ir e vir de professores, alunos e funcionários, entre outros. Essas ações são consideradas criminosas pelo Código Penal Brasileiro. O processo administrativo disciplinar utilizado na USP é idêntico ao usado por todos os órgãos públicos paulistas e brasileiros, respeitando a Constituição de 1988”, respondeu João Grandino Rodas.

O reitor omitiu o fato de que o processo administrativo se baseia no estatuto de 1972, aprovado na USP na época do governo do General Emilio Garrastazu Médici. É possível notar também que as acusações que são feitas pelo reitor e sobre as quais estão baseados os processos fraudulentos contra os estudantes denotam uma perseguição política.

“invasão”, “vandalismo”, “depredação de bem público”, ”supressão de documentos” e “impedimento do direito de ir e vir” são as mesmas acusações que a ditadura usou para torturar e matar estudantes. Essas acusações todas se resumem a único ato: ocupação de reitoria.

O que a reitoria está fazendo é criminalizar um protesto comum e bastante utilizado pelos estudantes no país inteiro que é a ocupação de reitoria. Criminalizando esse ato, a reitoria pretende estabelecer uma mordaça no movimento estudantil.

“Os estudantes têm direito de se manifestar e fazer greve?” perguntou o jornalista.

“Primeiramente, seria proveitoso que a postura ‘de ser contrário a tudo’ fosse substituída por postura firme de reivindicações e de colaboração”, respondeu Rodas.

O que quer dizer o reitor com essa declaração é que os estudantes devem ser obrigados a uma política de “colaboração” com a reitoria, ou seja, aceitar sua política, essa sim criminosa, de privatização da USP quietos.

“Em segundo lugar, os protestos extraordinários são cabíveis, por meio de demonstrações, etc, mas nunca com autilização de atos que sejam criminosos, segundo o direito penal, como vem acontecendo há décadas na USP”, afirmou.

“Democracia” para o reitor é fazer protestos “extraordinários” (ou seja, que não existam com frequência) com “demonstrações” (o que ele não disse o que significa) e por fim classificou os atuais protestos como “atos criminosos”.

Rodas quer classificar os protestos dos estudantes contra a sua gestão e a sua política de venda da USP aos capitalistas como crime.


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