Se já não bastava colaborarem com o governo petista através de medidas de ajuste fiscal como a fórmula 85/95 para adiar a aposentadoria e o mal chamado PPE (Plano de Proteção ao Emprego) que na verdade visa garantir os lucros das empresas e abandonarem as lutas das suas bases mas ir para as ruas defender o governo, agora as burocracias sindicais governistas têm apelado para o roubo descarado de assembleias para encerrar greves e facilitar o trabalho dos governos e patrões.
Em 11 de setembro de 2015, em assembleia da categoria, a direção do sindicato dos trabalhadores em educação do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS) encerrou na marra uma greve cuja maioria dos presentes votou pela sua continuidade e cujo movimento vinha conseguindo evitar a aprovação das medidas de ajustes fiscais do governador José Ivo Sartori (PMDB). Na ocasião a direção do sindicato rejeitou realizar a contagem dos votos solicitada pelos presentes.
Pouco mais de um mês depois do ocorrido no sul do país foi a vez do Sindicato dos Bancários aplicar o mesmo golpe em São Paulo, como pode ser visto no vídeo abaixo:
O papel cada vez mais reacionário desses dirigentes sindicais governistas mostra a necessidade de se fortalecer as lutas desde a base das categorias e a formação e fortalecimento de um frente política independente e classista para poder lutar de forma consequente contra o ajuste fiscal dos governos e dos patrões.
Foi se organizando desde a base e com independência dos governistas degenerados que os jovens estudantes de São Paulo derrotaram o fechamento de escolas desejado pelo governador tucano Geraldo Alckmin e apoiado pelo petista Aloizio Mercadante, Ministro da Educação de Dilma. Na ocasião tiveram que expulsar os governistas da UNE de seu movimento.
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Sindicato de bancários da CUT dá golpe em assembleia para enterrar a greve. Esquerda Diário, 27/10/2015.