Publicidade
Publicidade
first
  
last
 
 
start
stop
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (9 Votos)

criseolhaBrasil - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] No último período, o Brasil tem enfrentado uma forte desvalorização do real, a redução do rating (qualificação) de investimento para o status lixo, a disparada da taxa de juros, o crescente aumento da inflação, do desemprego e da carestia da vida, fortes quedas do valor das ações das principais empresas, a crise hídrica.


Brasil: crise passageira ou na direção da recessão profunda?

A economia brasileira já está em recessão. A direita avança sobre a Petrobras na tentativa de entregá-la para os monopólios. Os ataques orquestrados pelo imperialismo na América Latina buscam derrubar os governos nacionalistas, como o governo do PT, com o objetivo de endurecer o regime e possibilitar a escalada dos ataques contra as massas.

Leia também: O inevitável colapso econômico no Brasil... e no mundo (Parte I)

Mas a evolução da situação econômica e política no Brasil está longe de se encontrar numa redoma de vidro. A crise avança em escala mundial a passos largos. Os "anabolizantes", o dinheiro a custo zero ou até negativo, que os bancos centrais repassam para as grandes empresas não tem conseguido conter a recessão que já atingiu a Alemanha e o Japão, as duas principais potências industriais.

Todas as tentativas de contenção da crise têm fracassado desde 2008. As últimas tentativas "de grande porte" no sentido de promover o crescimento econômico foram feitas por François Hollande na França, mas ele próprio acabou desistindo em pouco tempo e se tornou um dos impulsionadores dos programas de austeridade. Aliás, austeridade somente para as massas, pois, na realidade, se trata da tentativa de salvar, a qualquer custo, os lucros da especulação financeira, o coração do sistema capitalista mundial.

O que significam os cortes no orçamento público?

O governo federal anunciou, recentemente, cortes por quase R$ 70 bilhões no orçamento. As Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 foram aprovadas nas câmaras dos Deputados e dos Senadores, mas aumentaram o descontentamento em vários parlamentares da base de apoio ao governo. Os cortes mais violentos serão nos programas sociais, seguro-desemprego, pensão e aposentadoria. Nada foi tocado, nem sequer falado, sobre a ultra podre e fraudulenta dívida pública, por exemplo. Enquanto a pressão do imperialismo sobre o seu "quintal" aumenta, o governo brasileiro e a burguesia se encontram em estado de completa perplexidade perante o avançado contágio da crise capitalista no Brasil.

Antes mesmo de ter finalizado a tramitação no Congresso do novo pacote fiscal, anunciado no final do ano passado, a Receita Federal já anunciou que aumentará os impostos. A arrecadação em abril foi a pior do mês, nos últimos cinco anos, com queda de 4,62% em relação ao passado. A arrecadação do IPI (Imposto sobre os Produtos Industrializados) caiu 5,32%; sobre o CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) caiu 18,4% e sobre a Contribuição Previdenciária caiu 2,26%. As desonerações fiscais somaram R$ 9,1 bilhões e a arrecadação dos primeiros quatro meses do ano combinados caiu 2,71%.

A demagogia sobre a suposta blindagem, baseada nas reservas soberanas e o fundo bancário (depósito compulsório dos bancos), faz parte do folclore do passado, quando a lenda tinha como base o alto preço das commodities.

Todos os planos implementados pelo governo do PT, a começar pelas isenções de IPI para a linha branca, de novembro de 2012, não conseguiram mais que arrancar alguns suspiros a mais do falido capitalismo tupiniquim, garantindo as taxas de lucro dos capitalistas, disparando o endividamento público e repassando o peso da crise para os trabalhadores por meio da erosão inflacionária e o arrocho salarial. As medidas têm sido baseadas na implementação ainda mais profunda das políticas neoliberais – uma adoção em larga escala do programa da direita. O motivo? A completa falta de alternativas, de base material para implementar uma política que as substituam.

Enquanto a crise aumenta no Oriente Médio e na Europa, e as contradições com as potências regionais e as demais potências imperialistas se aprofundam, o imperialismo norte-americano tenta salvar os lucros dos monopólios aumentando o aperto na América Latina.

Alejandro Acosta está atualmente na Rússia cobrindo os acontecimentos geopolíticos na região como jornalista independente.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

first
  
last
 
 
start
stop

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.