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Anastasia-AecioBrasil - Caros Amigos - [Ari de Oliveira Zenha] O governo de Aécio Neves estabeleceu no estado de Minas Gerais uma blindagem de sua governança que poderíamos chamar de uma verdadeira censura nos meios de comunicação, de tal forma, que nada se diz sobre sua administração a não ser elogios. Sua irmã Andrea Neves é intitulada, segundo se fala, informalmente, nas redações da imprensa mineira, como "a leoa do pedaço", pois nada pode ser divulgado contra o governo do irmão. O marketing que o governo estadual tem feito é abundante.


Foto: Aécio Neves e Anastacia, ambos do PSDB, governam Minas Gerais desde 2003.

O governo estadual propala o ajuste fiscal, mas este foi conseguido sacrificando os salários dos servidores do executivo estadual e as necessidades das camadas mais carentes da população mineira.

Por meio do empenho da área de fiscalização do Estado no combate à sonegação e fatores como crescimento econômico e política tributária, a receita em ICMS cresceu e vem crescendo acima da inflação. No período de 2001 a 2005, a receita anual de ICMS cresceu 70% enquanto o INPC do IBGE ficou em torno de 57%.

Minas tem hoje a segunda maior arrecadação de ICMS do País, atrás apenas do estado de São Paulo, no entanto, o piso salarial dos fiscais mineiros, comparados aos outros estados, é o 19º do País" (Sindifisco-MG)

Leia mais: Aécio Neves e a censura em Minas Gerais

O governo de Aécio Neves, além de congelar a folha de pagamento, inclusive tirando direitos dos funcionários públicos, mantém um controle rígido com tributações altas sobre energia, combustíveis e comunicação, a primeira com uma alíquota de 42% e as outras duas de 25%. As receitas deste governo, de 2003 a 2005, em bilhões, foi a seguinte: 2003 – R$ 18.851.305, em 2004 – R$ 21.817.259, em 2005 – R$ 25.513.724.

As despesas totais em bilhões de 2003, 2004 e 2005 foram respectivamente R$ 19.134.539, R$ 21.726.608 e por último R$ 25.292.070. Houve uma redução real de 16,45% das despesas com o pessoal do executivo de 2002 a 2004. Já os gastos nos investimentos sociais, tais como saúde, educação, saneamento e segurança, diminuíram substancialmente no governo de Aécio Neves, ou seja, caíram de R$ 11,6 bilhões para R$ 8,7 bilhões, atingindo centenas de milhares de mineiros.

Receita

A participação da Receita Corrente Líquida (RCL) teve um percentual de aumento de 2005 em relação a 2002 de 27,30%, enquanto os investimentos sociais citados acima no mesmo período colocado em relação ao RCL foram de 70,3% em 2002, 55,9% em 2003, 48,8% em 2004 e 44,7% em 2005.

O governo de Aécio Neves vem realizando uma renúncia tributária em relação à Receita do Estado em diversos setores da economia do Estado de Minas Gerais, cujos valores em percentuais de variação são: 2003/2002 menos 0,93%, em 2004/2003 mais 0,40% e em 2005/2004 menos 0,38%. Outro dado já dito, mas não explicitado com clareza, é que cercade 50% da composição da Receita Estadual concentra-se nos setores de energia elétrica, telecomunicação e combustíveis, pois são setores que têm maior facilidade do controle e rigor da fiscalização.

Podemos ainda relatar o seguinte: o setor industrial que consome 60% da energia elétrica recolheu 32% de ICMS (dados do quarto trimestre de 2004), o consumo de energia elétrica residencial representa 18% do consumo total do Estado e é responsável por 40% do recolhimento do ICMS do setor. O setor de energia elétrica arca com 19,41% do faturamento do Governo Estadual.

Impostos

O Estado, por meio da Lei nº 15.956/05 e outras normas, reduziu a alíquota do ICMS de mais de 150 produtos, quando foi regulamentada pelo Decreto 44.206 e publicado em 14-01-2006. A repercussão para a população ou não se concretizou ou foi mínima e representou uma renúncia fiscal da ordem de R$ 53 milhões. Para compensar essa perda de Receita, o governo do sr. Aécio Neves mantém alíquotas pesadas de impostos sobre os trabalhadores e mais eficiência da fiscalização nos segmentos de energia elétrica, telefone e combustível (gasolina e diesel) como dito anteriormente. "Em alguns casos, inclusive, os preços que deveriam ter diminuído, chegaram a subir. Um exemplo foi o aumento do preço do pão francês. O governo projetava uma queda de 7% sobre o produto e o que ocorreu, de fato, é que ele subiu 5,26%".

Segundo o Sindifisco-MG, [...] "ao contrário dos benefícios fiscais concedidos aos grandes grupos empresariais, o governo penaliza os pequenos contribuintes mineiros na medida em que as novas Substituições Tributárias (ST) têm praticamente exterminado o tratamento diferenciado previsto no Simples Minas. Somente os setores de calçados e vestuário ainda conseguem usufruir, na plenitude, desse regime".

Dívida

Em relação à dívida do Estado de Minas Gerais, os seus gastos com pagamentos não têm sido suficientes para cobrir os juros e, como consequência, a dívida aumentou mais de 100% no período de 1998 a 2005. O total dos juros de 1998 a 2005 foi, em bilhões, de R$ 8.219.313, em amortizações R$ 3.643.602, perfazendo um total em bilhões de R$ 11.862.915. Apesar desses pagamentos, a dívida contratual com a União apresentou a seguinte evolução em bilhões de reais:

  • 1998 – R$ 18.500.000
  • 1999 – R$ 23.161.000
  • 2000 – R$ 25.473.300
  • 2001 – R$ 28.756.600
  • 2002 – R$ 34.340.458
  • 2003 – R$ 37.238.036
  • 2004 – R$ 42.111.908
  • 2005 – R$ 42.293.390
  • Assinatura do contrato: 18-02-1998.
  • Prazo (em anos) – 30
  • Limite de comprometimento da Receita Corrente Líquida (%): 6,79% (em 1998) a 13% (a partir de 2000).
  • Encargos (% a.a.) – IGP-DI mais 7,5%.

As condições de financiamento da Dívida Estadual de Minas são as seguintes:

"A renúncia tributária em Minas Gerais – isenções e redução de impostos, segundo o governo, para atrair novas indústrias ou manter as já existentes em Minas Gerais – dobrou em 2003 em relação a 2001". (Sindifisco-MG)

Essa renúncia fiscal tem tornado o sistema tributário ainda mais injusto, pois além da sonegação, Minas abre mão de bilhões de reais com esta renúncia, sem nenhum retorno social que possa justificá-lo. Na sua quase totalidade, essa renúncia fiscal – 99% – refere-se ao ICMS, e só para se ter uma ideia desse prejuízo, esses benefícios equivalem, no momento, a aproximadamente 40% do valor do ICMS arrecadado pelo Estado.

Ari de Oliveira Zenha é economista.


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