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WP 20130617 025Brasil - LBI-QI - Declaração para o dia 11/07 das oposições sindicais filiadas à TRS:


Neste 11 de julho está marcado o dia nacional de "luta" organizado pela CUT, CTB, CSP-Conlutas. Não se trata sequer da deflagração de uma greve geral de um dia como deixaram claro as direções destas entidades, mas apenas uma data unitária para promover "paralisações e manifestações de rua", sendo previsto no máximo paralisações simbólicas de algumas categorias (metroviários, rodoviários, metalúrgicos) pelo período da manhã e atos a partir de meio-dia na maioria das capitais. De fato, a burocracia sindical de "direita" e "esquerda" marcou esta atividade em um dia bem distante do "pico" das manifestações populares que tomaram conta do país no mês de junho e chegaram a arrancar a redução da tarifa no transporte público em algumas cidades.

Tamanho descompasso político teve o objetivo de formatar o dia 11 como uma manifestação de massas "midiática", ao estilo das marchas "ordeiras e pacíficas" promovidas pelas centrais em Brasília, com uma pauta genérica que não contempla sequer a exigência de um aumento geral de salários, incluindo obviamente um reajuste emergencial digno para o "mínimo". A CUT e a CTB em particular, controladas pelo PT e PCdoB, desejam fazer da manifestação um grande lobby em defesa do natimorto Plebiscito proposto pela presidente Dilma, uma medida distracionista que, longe de abrir o debate sobre as grandes demandas populares, visa chegar a um acordo político entre as várias frações burguesas que parasitam o Estado. Denunciando o caráter extremamente limitado deste "dia nacional de luta", a Tendência Revolucionária Sindical (TRS) intervêm ativamente nesta atividade em defesa de um programa de ação direta para o movimento de massas. A tarefa política da vanguarda classista consiste em permanecer mobilizando as massas pela esquerda, sem nenhuma trégua, imprimindo um conteúdo programático socialista em transição com as demandas mais elementares do proletariado. Neste sentido, permanece na ordem do dia a necessidade da preparação de uma greve geral "pra valer", organizada pela base em cada local de trabalho e paralisando a produção do país inicialmente por 48 horas.

Neste marco político e sindical agitado, ingressamos neste segundo semestre, onde ocorrerão várias campanhas salariais (bancários, petroleiros, correios, metalúrgicos, químicos). A questão central colocada é se os trabalhadores conseguirão romper a camisa de força imposta pelas direções sindicais em torno de pautas rebaixadas e sem caráter político de contestação do conjunto do regime político em fase de esgotamento, colocado em xeque de forma difusa pelos protestos populares de junho. A luta pelo passe livre nos transportes coletivos canalizou o ódio popular e demonstrou que é possível vencer desde que se coloque a burguesia e seus governos contra a parede, usando métodos radicalizados de luta (greves com ocupações, unidade operário-camponesa, fechamento de estradas). O fato das centrais sindicais, incluindo a CSP-Conlutas, promoverem o dia 11 quando as manifestações populares espontâneas entraram em franco retrocesso demonstra que o objetivo destas direções caminho no sentido contrário a polarizar a conjuntura nacional em favor das reivindicações do povo pobre. Os reformistas desejam desviar a radicalidade do momento em pequenas "paralisações" localizadas que não terão a capacidade de galvanizar o conjunto do proletariado. Por esta razão, em pleno quadro de "arrocho salarial" promovido pela equipe econômica palaciana neomonetarista e com a ameaça do retorno da inflação para a cesta básica, o movimento operário deveria levantar a bandeira central da escala móvel de salários como uma reivindicação fundamental. Entretanto, a plataforma das jornadas de "luta" deste dia 11 aponta no sentido oposto, sequer denuncia a política de privatizações de nossos recursos naturais para beneficiar as transnacionais imperialistas e no lugar da denúncia deste governo entreguista do PT pedem apenas "mudanças nos leilões de petróleo". Que as centrais pelegas atuem desta forma, algumas inclusive ligadas à tucanalha como a UGT e a setores da Força Sindical, nenhuma surpresa. O mais escandaloso é a CSP-CONLUTAS, controlada pelo PSTU, avalizar esta "operação desmonte" esperando apenas desgastar o governo Dilma para tentar capitalizar futuramente no terreno eleitoral, onde visa construir um "terceiro campo" alternativo ao PT e a oposição conservadora demo-tucana. Até agora quem tem capitalizado o descontentamento popular com a frente popular é gente do calibre do arquirreacionário Joaquim Barbosa ou mesmo a eco-capitalista Marina Silva, candidata que o PSOL e até mesmo o PSTU podem apoiar em 2014! Isto ocorre justamente porque os protestos de junho careceram de um corte de classe e da entrada em cena da classe operária, sendo na sua reta final já claramente hegemonizados por uma pauta patrioteira de "moralização" do regime político que favorece a direita e foi insuflada pelo PIG tendo a frente a Rede Globo.
Buscando sair das cordas, a frente popular, tendo a CUT, CTB, UNE e MST em sua vanguarda tenta deslocar a luta pelas reivindicações populares para o apoio ao natimorto "plebiscito popular" proposto pela presidente Dilma. Como a anturragem palaciana não pretende dar nenhuma vazão minimamente democrática à crise, retirou a proposta da Constituinte da mesa e lançou a caricatura de um plebiscito manipulado que não coloca em debate as demandas populares mais sentidas. Obviamente não se perguntará ao povo se ele deseja continuar pagando 450 bilhões por ano aos rentistas (por conta dos juros da divida interna), tampouco à população será indagada acerca das desonerações fiscais que o governo promove para as grandes empresas transnacionais e por último "nem pensar" em questionar se os trabalhadores estão satisfeitos "ou não" com os "salários mínimos" que percebem todo mês. Por esta razão, o ativismo classista deve denunciar esta manobra distracionista do PT/CUT e levantar um autêntico programa operário para o movimento de massas para desenvolver uma campanha contra o desemprego, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, ao mesmo tempo que as categorias em luta devem exigir a reposição integral das perdas salariais. No campo, está colocada a defesa da expropriação do latifúndio e nas cidades a luta por moradia digna, saúde e transporte, o que passa pela estatização destes setores sem indenização!

A classe operária e seus aliados históricos do campo e da cidade devem assumir o protagonismo da polarizada conjuntura nacional, com seus próprios métodos e programa, irrompendo no cenário político até então disputado pelo discurso ultrapassado da oposição demo-tucana e a demagogia inócua do governo da Frente Popular que tenta sair das cordas defendendo o plebiscito. Somente desta forma derrotaremos a investida da direita que deseja substituir o PT no Planalto por uma "nova" alternativa ainda mais reacionária. A tarefa da organização de uma verdadeira greve geral de massas se mantém totalmente vigente, ainda mais agora com a panaceia de "paralisações" chamada pelas centrais "chapa branca" e a CSP-CONLUTAS. A farsa midiática distracionista da CUT e afins deve ser contraposta com a organização de base na preparação de uma vigorosa paralisação inicial de 48 horas das categorias mais importantes do país, rumo a uma jornada nacional de "braços cruzados" por tempo indeterminado.

Os sindicalistas revolucionários da TRS chamam os ativistas classistas e os lutadores combativos a se somarem conosco nesta batalha política e sindical a fim de alterar os rumos do movimento de massas em nosso país! Neste sentido apresentamos questões candentes que compreendemos fundamentais a defesa de um programa revolucionário para o conjunto do movimento de massas no próximo período:

Foto de Deivson Prescóvia para o DL - Manifestações em SP.


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