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110713 mobilizaBrasil - CSP-Conlutas - É muito positivo que estejamos frente a possibilidade de realização de um grande dia de protestos neste dia 11.


 Vai implicar em uma integração dos setores mais importantes da classe trabalhadora no processo de mobilização, o que pode dar a ele uma nova perspectiva. A nossa primeira tarefa é, portanto, garantir a greve, ou paralisação em todos os setores onde atuamos. Quanto mais geral for a greve, melhores serão as condições para avançar a luta depois”, afirma a resolução sobre conjuntura nacional e internacional da CSP-Conlutas aprovada pela Coordenação Nacional neste domingo (7) em São Paulo.

A preparação do dia 11 ocupou os debates por toda a sexta-feira. A CSP-Conlutas está empenhada em preparar o 11 de julho nas bases de todos os segmentos da classe trabalhadora onde dirige ou tem inserção.

De acordo com o informe do membro da Secretaria Executiva Nacional Zé Maria de Almeida, que participou da reunião com as centrais sindicais que ocorreu na quinta-feira (4), a expectativa é que este seja um grande dia luta. “Um dos maiores já realizados neste país”, afirmou.

A CSP-Conlutas avalia que as manifestações de ruas que ocorreram recentemente provocaram uma mudança profunda na situação brasileira ao trazer amplos setores da sociedade para as mobilizações.

O dirigente responsável pelo informe lembrou que a polarização política no norte da África e na Europa incidiram sobre o movimento que vem acontecendo no Brasil. Desde de 2008 ocorrem as greves dos trabalhadores europeus, que se alastraram nas primaveras dos países do norte da África, assim como as manifestações da juventude como os Indignados e o Occupy em diversos países”, ressaltou.

A esta influência das mobilizações mundiais combina-se o modelo econômico aplicado pelo governo brasileiro de garantia da alta rentabilidade aos bancos, às grandes empresas e empreiteiras desse país, como também ao agronegócio.  Essa inversão de verbas provoca o desvio das verbas que deveriam ser aplicadas em saúde, educação, transporte e moradia. Não foi à toa que manifestantes de segmentos sociais diferentes levantassem a reivindicação do “padrão Fifa” para os serviços públicos no país”, resgatou Zé Maria.

O aumento dos preços que automaticamente provocam arrocho salarial também foram um estopim das manifestações, agregando um problema que começa a afetar o país: a queda na produção industrial na base da desaceleração da economia brasileira.

O dirigente reiterou as consequências práticas das manifestações para o país. “A revogação dos aumentos de passagens e as votações do Congresso Nacional, como a rejeição da PEC 37 e os royalties do petróleo para a educação, se vão se manter é uma discussão, mas se explicam pelo avanço do movimento de massas”.

Tudo indica ser cedo para dar prognósticos sobre o fôlego e desdobramentos deste processo. Entretanto, há um sentimento de que é possível lutar e realizar mudanças. “Nos apoiamos nisso para aprofundar as lutas dos trabalhadores em direção à luta por suas reivindicações”, reforçou Zé Maria.

É com esse espírito que a Central se prepara para o dia 11 de julho. As bandeiras são as sete aprovadas de forma consensual pelas centrais sindicais. A elas estão agregadas as reivindicações de cada uma das categorias que saem à

luta.

Apesar dessas bandeiras, Zé Maria defende que é necessário apresentar aspectos importantes que não estão sendo tocados pela maioria, como por exemplo o não pagamento das dívidas interna e externa, o fim das privatizações no país e a reversão das que já foram feitas, assim como o investimento do dinheiro público não em banqueiros e grandes empreiteiras, mas em serviços públicos como saúde e educação, transporte e moradia. Não pagamento da dívida externa e interna aos banqueiros e grandes especuladores. Esta dívida é ilegítima, e estes recursos devem ser aplicados na educação, saúde, moradia, transporte público.

Nas resolução da Coordenação Nacional foram incluídos os seguintes aspectos: “fim das privatizações das empresas estatais e do serviço público e reestatização do que já foi entregue ao setor privado; chega de dinheiro para as empresas, queremos mais recursos para as aposentadorias, o serviço público e para a valorização do servidor público e congelamento do preço dos alimentos”.

Também foi apresentada a proposta de pedido para que enviem solidariedade à luta dos trabalhadores brasileiros todas as entidades e organizações internacionais de trabalhadores que participaram do Encontro Internacional Alternativo, em março último.

Pelo país – Os informes apresentados por trabalhadores de diversas categorias mostraram que o dia 11 será sim um grande dia nacional de greves e mobilizações.  Isto pode apontar na perspectiva da continuidade das lutas dos trabalhadores rumo à necessidade de preparação de uma Greve Geral em período próximo.

Entre as categorias representadas na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas estavam os metroviários de São Paulo, servidores públicos federais, metalúrgicos de Minas Gerais e São José dos Campos (SP), operários da construção de Suape (PE), do Ceará e do Pará, petroleiros, docentes de universidades, servidores públicos estaduais e municipais, profissionais da educação estaduais e municipais, gráficos, comerciários, trabalhadores dos Correios, assim como representações de movimentos popular e estudantil.

Os servidores públicos federais, que envolvem a base do ANDES-SN, Sinasefe e diversos órgãos federais como IBGE, MTE, Ibama, Ipen, estão aprovando paralisações de até 24 horas.

Há ainda diversas categorias com atividades já marcadas como os metalúrgicos de São José dos Campos (SP), que devem paralisar pelo menos 15 fábricas da região, os trabalhadores da construção de sete sindicatos do Pará, Fortaleza (CE), Suape (PE), assim como os trabalhadores da mineração de Minas Gerais. Trabalhadores das esferas estaduais e municipais de diversos estados, profissionais da educação e da saúde em diversos estados, comerciários de Nova Iguaçu e interior do Rio Grande do Sul, trabalhadores de processamento de dados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, trabalhadores dos Correios de Pernambuco, petroleiros de Sergipe e Alagoas, rodoviários do Ceará e outras categorias.

Estudantes ligados à ANEL vão convocar as manifestações de ruas, assim como os movimentos contra as opressões estão participando da preparação desse dia de luta.

As categorias estão convocadas a participarem das manifestações que ocorrerem nas várias cidades brasileiras.

As resoluções sobre a preparação do dia 12 serão aprovadas no domingo (7).

Coordenação aprova Encontro Nacional de Educação

O sábado de manhã começou com o debate sobre o Encontro Nacional da Educação, uma proposta já apresentada por resolução de congresso pelo Sinasefe, Andes-SN e Anel para que aconteça indicativamente em 2014. A proposta é sua aprovação pela Coordenação Nacional da CSP-Conlutas neste domingo, dia da votação das resoluções, neste domingo (7). 

O objetivo desse encontro é aprofundar o debate sobre a situação da educação no Brasil, principalmente sua lógica de mercado, aprofundada com o Plano Nacional de Educação. Discutir o processo de privatização e mercantilização da educação – desde as creches à pós-graduação; o financiamento da educação pública, a precarização da atividade dos trabalhadores em educação e a questão da meritocracia.

A presidente do Andes-SN, Marinalva Oliveira, fez uma apresentação sobre as implicações da implementação do PNE (Plano Nacional de Educação). “É a precarização desde as creches à pós-graduação”, disse.

A dirigente explicou ainda como se dá o processo de privatização da educação pública no Brasil por meio das PPP’s (Parcerias Público Privado) e da transferência dos investimentos do governo da educação pública para a privada.

Clara Saraiva da direção da Anel reiterou a apresentação de Marinalva lembrando que o Brasil considerada a sexta economia mundial e, segundo a Unesco, a 88a no ranking da educação, de acordo da Unesco.

O dirigente Mauro Puerro, da Secretaria Executiva Nacional defendeu a realização do encontro no marco da necessidade do fortalecimento da campanha em defesa da educação pública e de qualidade no Brasil.

A resolução sobre o Encontro Nacional da Educação foi votada no domingo (7).   

Coordenação Nacional da CSP-Conlutas prepara Seminário Nacional

Na parte da tarde de sábado foi discutido o Seminário Nacional A situação política, os desafios colocados pra classe trabalhadora e o papel das organizações – perspectivas pra o próximo período.  

A organização do seminário é da CSP-Conlutas, a CUT Pode Mais-RS, a Feraesp, o Setor Majoritário da Condsef e a CNTA.

A responsável pelo informe, membro da Executiva do CPERS, Neida Oliveira, da Secretaria Executiva Nacional da Central expôs o contexto da iniciativa. “É mais uma etapa do que já vem sendo construído há bastante tempo e vem se aprofundando no decorrer das lutas”.

Ainda foi reafirmada a importância do seminário. “Estamos fazendo esse seminário, um passo importante, para os que os companheiros que estão nessas organizações se juntem conosco nas lutas da nossa classe”, disse Neida.

A CSP-Conlutas defenderá seu programa no seminário e será representada por por dirigentes aprovados na reunião da Coordenação Nacional.

Comissão da Verdade

O grupo de trabalho da CSP-Conlutas para a Comissão da Verdade, com a representação dos dirigentes da Secretaria Executiva Nacional Magno de Carvalho e Luiz Carlos Prates, o Mancha, apresentação à Coordenação as atividades e iniciativas desenvolvidas pela Central.

Após a exibição do vídeo com a biografia Olavo Hanssen, militante preso, torturado e assassinado na ditadura militar brasileira, Magno defendeu a importância da presença dos trabalhadores nesta luta de resgate e memória dos que foram perseguidos pela ditadura militar  e Mancha apresentou as iniciativas desenvolvidas. 

Ao abordar a importância de resgatar  a memória do que aconteceu na ditadura militar, Magno deu como exemplo as Mães de Maio, organização composta por mães da periferia que tiveram seus filhos assassinados na chacina contra o PCC, em 2006. Uma das mães comentou com ele que a impunidade contra os assassinos de seus filhos está relacionada à impunidade aos torturadores da ditadura brasileira. “Hoje torturam pobre negro da periferia”, frisou o dirigente.

Mancha reafirmou as limitações da Comissão da Verdade, mas assim como Magno, defendeu que é uma conquista por fazer o levantamento da memória e verdade sobre aquele período.

A mesa explicou ainda a importância de resgatar o papel dos trabalhadores na no resgate da memória de sua participação nas lutas da ditadura militar. “Por isso criar comissões da verdade em sindicatos é uma iniciativa importante”, disse Mancha que havia vindo de um ato de lançamento da Comissão da Verdade no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que pretende criar  memória dos trabalhadores que foram perseguidos por suas atuações nas fábricas.

Também foi divulgado o Ato Sindical Unitário, organizado pelo Grupo dos Trabalhadores da Comissão Nacional da Verdade, que acontecerá no dia 22 de julho, em São Paulo, com a intenção de impulsionar a memória dos 30 anos da Greve Geral (1983)  e exigir justiça e reparação aos trabalhadores perseguidos. Também apresentará ao público o Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores, Trabalhadoras e ao Movimento Sindical, da Comissão nacional da Verdade.  

A CSP-Conlutas atuará no reforço da defesa da punição dos torturadores.

Setoriais – Ao final do dia de sábado, os setoriais de trabalho se reuniram para orientar políticas e organizar a atuação dos setores de Servidores Públicos Federais, Educação, Saúde do Trabalhador, Mulheres, LGBT, Negros e Negras. 

Resoluções – O domingo foi dedicado à aprovação das resoluções a partir dos debates realizados nos dois dias anteriores: Conjuntura Nacional e Internacional, com centro no dia 11 de julho; o Encontro Nacional da Educação; o Seminário Nacional; as resoluções apresentadas pelos setoriais de trabalho e as moções. As resoluções são publicadas na íntegra no decorrer da semana na página da CSP-Conlutas na internet.


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