Em 2011, o total gerado pelas exportações de minério de ferro somaram US$ 42 bilhões. Em 2012, sofreu queda de 25%, caindo para US$ 31 bilhões.
No terceiro trimestre do ano passado, a economia chinesa experimentou uma séria contração devido ao esgotamento dos mecanismos de contenção do colapso capitalista de 2007-2008 que provocou a queda das exportações e a recessão industrial. A “solução”, colocada em prática em 2009, foi injetar US$ 650 bilhões na economia, por meio dos bancos. As bolhas financeiras cresceram assustadoramente. A especulação imobiliária foi às alturas. Os governos provinciais, cujos orçamentos passaram a depender em 40% da venda de terras públicas, ficaram assustadoramente perto da bancarrota. A “nova solução” surgiu em outubro quando o XVIII Congresso do PCChinês traçou como “nova” política em cima de exatamente mais do mesmo – fomentar o consumo em cima do aumento do crédito, viabilizado por meio de emissões de títulos públicos podres e do aumento da especulação financeira, abrindo mais o mercado para os especuladores imperialistas.
A nova injeção de recursos públicos na economia chinesa permitiu o crescimento temporário das exportações de minério de ferro pela Vale para a China, de 26.000 milhões de toneladas para mais de 32.000 milhões de toneladas em dezembro. Em fevereiro, o volume caiu para 20.000 milhões. A receita caiu de US$ 2,8 bilhões mensais para US$ 2,1 bilhões, apesar dos preços por tonelada terem disparado de US$ 90 para US$ 140 a tonelada.
Em resumo, o carro chefe da Vale e das exportações brasileiras encontra-se em grave crise, com o potencial de tornar-se ainda mais crítico. Os preços dos minerais são artificiais, inchados pela especulação nas bolsas futuro de commodities. O consumo chinês também é extremamente artificial e dificilmente conseguirá ser mantido durante muito tempo.