A hidrelétrica iniciou sua construção com investimentos de R$ 1,32 bilhões, além da promessa de gerar 252 MW/h de potência.O praz de entrega é em dezembro de 2015.
As obras que mudam o curso do rio Araguari no município de Ferreira Gomes fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e já foi palco de intensas lutas dos operários. No dia 3 de fevereiro, após a agressão de trabalhadores por seguranças na hora do jantar, os trabalhadores atearam fogo em pelo menos 12 alojamentos no canteiro da usina. Logo em seguida, o aparato do estado entrou em ação, prendendo cerca de 20 pessoas. A polícia ainda mantém 16 operários detidos. No dia 4 de fevereiro, parte dos trabalhadores foi transferida para uma penitenciária da capital amapaense.
A necessidade de se conter revoltas como estas e "corrigir" os revoltosos já levaram à prisão de operários em outros canteiros de obras, mas desta vez o cenário de horrores se aprofundam pela ofensiva da imprensa burguesa em criminalizar uma luta legítima.
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil no Amapá (STICC), filiado à CUT, disputa a representação dos mais de 2 mil trabalhadores com um sindicato ligado à Força sindical. Enquanto isso, a situação de penúria e humilhação permanece nos canteiros de obra de Ferreira Gomes.
A CSP-Conlutas, vários sindicatos, ativistas do PSTU, PSOL e alguns parlamentares organizaram uma comissão em defesa da liberdade dos operários e contra a criminalização das lutas. Essa comissão visitará os trabalhadores, realizará atos pela imediata libertação deles e exigirá das autoridades que atendam as reivindicações trabalhistas pelas quais esses companheiros estão lutando.
Fonte: Almir Brito, Amapá