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261012 bancosBrasil - PCO - Representam o fracasso das políticas do governo do PT, apesar do foco ser o repasse de recursos públicos para os capitalistas.


Três dos principais bancos brasileiros, o Bradesco, o Itaú e o Santander, publicaram recentemente os lucros contábeis correspondentes ao terceiro trimestre deste ano. Apesar dos três bancos terem batido novos recordes históricos, o percentual do crescimento apresentou forte queda na comparação com os semestres anteriores. A farra financeira enfrenta problemas para ser mantida devido ao aprofundamento da crise capitalista no País e somente consegue ser sustentada em cima do aumento dos recursos públicos em escala cada vez maior. O efeito colateral é que o endividamento público tem aumentado sem parar.

As emissões de títulos públicos sem lastro produtivo, pelo Tesouro Nacional, cujos recursos são posteriormente repassados aos bancos públicos, que, por sua vez, os repassam para os capitalistas, têm aumentado fortemente as pressões inflacionárias.

As políticas do governo do PT, no melhor estilo monetarista do papa do neoliberalismo Milton Friedman, parecem dignas do Harry Potter – criam dinheiro a partir do ar, sem contabiliza-lo no orçamento público, e ainda os lucros provenientes das taxas ultra-subsidiadas entram como ingressos no Orçamento Público Federal. O objetivo óbvio é manter em funcionamento os mecanismos especulativos e espoliadores impostos pelo imperialismo.

Os lucros dos três maiores bancos privados

O Bradesco reportou um lucro líquido contábil de R$ 2,862 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O aumento, na comparação com o mesmo período de 2011, foi de 1,7% e de 1% ante o segundo trimestre. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o lucro foi de 2,24%. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido continua em níveis obscenos, mas apresenta redução de 19,6%, ante 22% no terceiro trimestre de 2011. O lucro foi mantido por meio do aumento das tarifas sobre os serviços, a redução do provisionamento para devedores duvidosos, e o aumento dos seguros, que representaram 29% do total.

O Itaú Unibanco publicou um lucro líquido trimestral recorrente de R$ 3,41 bilhões. A queda foi de 13,4% na comparação anual e de 4,8% na comparação com o trimestre anterior. Apesar do aumento do crédito imobiliário, fomentado pelo governo, a redução da taxa Selic e a pressão para a redução das tarifas, como o mecanismo para continuar mantendo o crescimento artificial da economia em cima do consumo, não têm conseguido arrancar mais que alguns suspiros adicionais da convalida economia brasileira. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido foi de 19%, muito próximo ao registrado pelo Bradesco.

O Banco Santander do Brasil publicou lucro líquido de R$ 1,46 bilhão no terceiro trimestre deste ano, o que representou uma queda de 18,7% ante o mesmo intervalo do ano passado e de 0,5% na comparação com o trimestre anterior. No acumulado dos primeiros nove meses, o lucro líquido ficou em R$ 4,649 bilhões, 22% menor que o do ano passado, de R$ 5,956 bilhões. Neste caso, as perdas mais acentuadas da lucratividade estão relacionadas com o aprofundamento da crise capitalista na Espanha.

América Latina é responsável pela metade do lucro mundial do Santander, que é controlado pela família real britânica, por meio do grupo Alpha – 26% proveniente do Brasil, 13% do México e 5% do Chile. A Espanha responde por 16%, a Grã Bretanha por 13%, os EUA por 9%, a Polônia por 5% e a Alemanha por 4%. O lucro total de € 1,804 bilhões, dos primeiros nove meses deste ano, representa uma queda de 66% na comparação com o mesmo período do ano passado de acordo com a CNMV (Comissão Nacional de Valores da Espanha). O lucro ordinário mais a venda da filial da Colômbia e o resseguro da carteira de seguros de vida de Espanha e Portugal somaram € 5,279 bilhões. Mas foram destinados € 3,475 bilhões para cobrir a inadimplência imobiliária.

O lucro conseguiu ser mantido pelo crescimento do crédito promovido em cima de políticas públicas na América Latina e na Polônia – o Brasil está à cabeça com um percentual de 10%. Nos demais países, o aumento do credito se esgotou, enquanto os efeitos da especulação imobiliária, que estourou há quatro anos, representam uma bomba relógio – somente na Espanha, são em torno de € 100 bilhões oficialmente reconhecidos como títulos imobiliários podres, além de mais de 670 mil imóveis que não encontram compradores (grande parte de propriedade dos bancos) e registram preços em queda livre. Trata-se de um trailer do futuro do Brasil no próximo período.


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