De acordo com o estudo divulgado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta o Pará como o estado brasileiro que concentra o maior percentual de trabalhadores em condições de trabalho análogas à escravidão. Segundo a OIT, o Pará registrou 13,9% dos casos registrados entre 2008 e 2011 no país.
Apesar da demagogia do combate a essa situação de barbárie, a lista do trabalho escravo organizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) cresceu. O cadastro é um levantamento de pessoas físicas e jurídicas flagradas explorando mão de obra escrava. A lista conta com 294 nomes, recorde registrado pela MTE.
O estado do Pará concentra apenas 13% pessoas libertadas de situações de trabalho análogo ao de escravo estavam no Estado do Pará. "A maioria das ocorrências de trabalho escravo no Pará foram localizadas, particularmente, em São Félix do Xingu e Santana do Araguaia, mas também em outros municípios do sul e sudeste do estado" (http://www.ufpa.br).
O trabalho escravo aponta a situação de extrema exploração que vive os trabalhadores do campo. A existência do regime de escravidão, ou seja, as relações de trabalho pré-capitalistas revelam o atraso econômico do país estabelecido pelos latifundiários e apoiado pelos governos burgueses.
O trabalho escravo é uma prática comum dos latifundiários no País. A região é palco de massacres contra os camponeses. O estado do Pará tem sido o local do território nacional onde a repressão aos trabalhadores sem-terra e pequenos camponeses tem se manifestado com mais força, acumulando no último período uma das maiores lista de mortes dos latifundiários contra os sem-terra.
A única forma de combater o trabalho escravo é combater o latifúndio, ou seja, luta pela reforma agrária. A expropriação do latifúndio é uma um elemento essencial para o desenvolvimento da economia nacional através distribuição de terra aos milhões de trabalhadores rurais que necessitam um pedaço de chão para assegurar sua existência livre da exploração.