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9584540765 cc20a4896c zBrasil - Diário Liberdade - [Edu Montesanti] O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu nos últimos três dias, até as 20h30 deste domingo (19), quatro propagandas eleitorais, ou trechos delas, da presidente e candidata Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores), e quatro do candidato Aécio Neves (Partido da Social-Democracia Brasileira).


Foto: Aécio Neves.

A medida veio após o TSE modificar sua postura diante das propagandas eleitorais quando, na quinta-feira (16), decidiu que que as propagandas eleitorais gratuitas em cadeia nacional de rádio e TV não podem servir para "atacar" candidato adversário, mas sim para debater propostas.

Em meio a tudo isso, o baixo jogo midiático brasileiro se evidencia ainda mais, enquanto promotor da candidatura mais conservadora de Aécio Neves que visa a desfazer os programas sociais implementados pela presidente Dilma, bem como a integração regional que tem valido elogios da ONU como exemplos mais eficazes nas áreas de direitos humanos e combate à pobreza.

Propagandas de Dilma Proibidas

Na sexta (17), já com base na nova resolução, o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto determinou, a pedido de Aécio, a suspensão da propaganda de Dilma na TV que afirmava que o tucano fez um "aeroporto em terreno da família" e que "a chave ficava na mãos do seu tio", em referência ao aeroporto de Cláudio (MG). Para Aécio, a peça era "inverídica e caluniosa".

No sábado (18), outra propaganda de Dilma, que tinha uma montagem com a música "Oh, Minas Gerais" e o trecho "quem conhece Aécio não vota jamais", também foi suspensa pelo ministro Admar Gonzaga. Para Aécio, a intenção dela era apenas "desmoralizar os adversários, degradá-los e ridicularizá-los".

A coligação de Dilma também teve suspensos trechos de uma propaganda que utilizava passagens de um debate na TV. Para o tucano, as cenas foram utilizadas "fora de contexto" e para atacar sua reputação. Na decisão, o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto afirmou que "ataques deste tipo prestam desserviço ao debate eleitoral fértil e autêntico e, em maior escala, à própria democracia".

Ainda no sábado, outra peça da campanha de Dilma, que falava da negativa de Aécio em fazer um teste de bafômetro após ser flagrado numa blitz, foi suspensa. Para Aécio, ela insinuava que ele estava alcoolizado na ocasião.

Propagandas de Aécio Proibidas

No mesmo dia, Aécio também teve propagandas no rádio e na TV suspensas. O mesmo ministro, Tarcísio Carvalho Neto, suspendeu as peças, que tratavam de denúncias no caso Petrobras. Uma delas, na rádio, falava sobre Paulo Roberto Costa e a afirmação de que o PT recebia propina, uma outra, também no rádio, falava que com o dinheiro desviado na estatal era possível fazer 12 estádios da Copa e uma na TV mostrava manchetes de jornal contra o PT. A coligação de Dilma usou o argumento de que as campanhas veiculavam mensagens "inverídicas e caluniosas".

Sobre a veiculada na TV, o relator afirmou que ela "apresenta excessos ao imputar conduta ilícita ao Partido dos Trabalhadores, com base em depoimento de terceiro massivamente veiculado pela imprensa, de forma a macular a imagem da agremiação perante o eleitorado".

À noite, o ministro Admar Gonzaga também concedeu liminar à coligação de Dilma e suspendeu trecho da propaganda de Aécio que fazia menção ao irmão da presidente, dizendo que ele foi nomeado pelo então prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, mas que "nunca apareceu para trabalhar". Dilma, no pedido, anexou declaração de Pimentel, recém-eleito governador do estado, em que ele afirma que Igor Rousseff "trabalhava com regularidade e eficiência". Igor fez o mesmo pedido para a retirada, em outra ação.

Jogo Midiático

A mídia predominante tem manifestado "inconformismo" com o nível das campanhas para este segundo turno da eleição presidencial, valendo destaque para  de domingo (19), intitulado A Esperança contra o Ódio, em sua descarada campanha em favor do candidato tucano, repleta de jogo de palavras e omissão ou até mesmo manipulação de dados.

Os grandes meios de comunicação têm sido os maiores promotores do baixo nível politiqueiro, omitido e distorcido informações além de substituir grotescamente a prática jornalística pela panfletagem, tudo isso o que eles mais sabem fazer, isto é, confundir a opinião pública e anular por completo o debate minimamente sério.

Diante dessa diária evidência que remonta a muitos carnavais, é de se admirar que demonstrem tanta indignação contra aquilo que, em grande parte, deve-se a eles mesmos enquanto passam longe da realidade do Brasil, o que se voltaria contra o candidato conservador que apoiam sob disfarce de mídia independente.

É realmente dura a realidade do Brasil, sob todos os aspectos. Conforme escreveu a jornalista Marilene Felinto, em Carta Aberta ao jornalista Chico Sá republicada em 15 de outubro pelo semanário Brasil de Fato, sob o título Escrever para a Folha de S. Paulo Não Enobrece Ninguém: "É preciso regular essa mídia brasileira! Que já demorou demais, que é pura covardia não peitar essa cambada de irresponsáveis".

Perante este cenário desolador, vale mencionar mais estas palavras de Marilene, no brioso comunicado a Chico Sá:

É por essas e outras que essa cambada de golpistas age como se fossem eles os donos do mundo, impunes que se sentem, protegidos pelo interesse econômico que representam! Rompi com aquela gente [referente à sua demissão da Folha]. E prefiro hoje morrer de fome a ter que escrever, uma linha que seja de autoria minha, pra essa mídia golpista.

O atual governo brasileiro está distante dos outros governos progressistas latino-americanos em termos de eficiência e rompimento com os poderes financeiros e políticos históricos, e tem sido insuficiente no que diz respeito às políticas sociais. Mas dentre os grandes partidos nacionais é, indiscutivelmente, a antítese a esses poderes conservadores que, há 12 anos, estão fora da Presidência da República do Brasil.

Não fosse toda a prática da desinformação e desconstrução social da realidade por parte da mídia tupiniquim, muito provavelmente a presidente Dilma - que combatia a ditadura militar (1964-1981) até ser presa e torturada, enquanto seu adversário hoje surfava nas ondas do Rio de Janeiro e exercia cargos de confiança pelo partido da própria ditadura, a Arena - já teria vencido a eleição no primeiro turno.

E a baixaria midiática, princípio de todos os problemas, quem julga?

Edu Montesanti é autor de "Mentiras e Crimes da "Guerra ao Terror"" e do blog http://www.edumontesanti.skyrock.com/.


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