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101013 espionagem obama eua brasilBrasil - PCO - Uma coluna publicada no Miami Herald do dia 25 de setembro, assinada por Carlos Alberto Montaner, trazia o seguinte título; “Por que espionamos o Brasil?”


O artigo seria uma transcrição de uma conversa entre Montaner e um suposto ex-embaixador norte-americano, que ele questiona sobre as razões da espionagem norte-americana ao Brasil. 

Se o diplomata anônimo de fato existe ou se ele é apenas uma recurso jornalístico para justificar a exposição que ele faz no artigo, é secundário. Isso porque o próprio Montaner poderia falar quais são os interesses do imperialismo em espionar o Brasil. O colunista é um dos cubanos exilados e acusados de agir a serviço da CIA para praticar atos terroristas em Cuba. Apesar de negar o fato, tudo aponta para que seja verdade: desde suas relações com a imprensa internacional, aos elogios à sua figura e as ligações a instituições financiadas pelos órgãos de segurança norte-americanos, incluindo o brasileiro Instituto Millenium.

Segundo Montaner, a resposta do embaixador à sua pergunta foi a seguinte:

“Da perspectiva de Washington, o overno brasileiro não é exatamente amigável. Por definição e pela história, o Brasil é um país amigável, que ficou do nosso lado durante a Segunda Guerra Mundial e da Coréia, mas o atual governo não é.

Basta ler os registros do Foro de São Paulo e observar a conduta do governo brasileiro. Os amigos de Luis Inácio Lula da Silva, de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores são inimigos dos Estados Unidos: a Venezuela Chavista, primeiro com Chávez e agora com Maduro; a Cuba de Raul Castro, irã, a Bolívia de Evo Morales; Líbia no tempo de Gadafi; a Síria de Bashar Assad.

O embaixador ainda teria dito que o Brasil concorda com a linha da Rússia e da China na maioria dos conflitos e que além de não manifestar repúdio ao governo dos Castros (que ele chama de ditadura) sempre enviava investidores para a ilha e investiu cerca de um bilhão de dólares no porto de Mariel, perto de Havana. Ele cita ainda Zé Dirceu e Marco Aurelio Garcia como duas figuras políticas fortemente anti-americanas.

O embaixador dá a dica de por onde vão atuar, ou seja, a desculpa que pretendem utilizar contra o Brasil; as drogas e a corrupção; que de fato tem sido dois eixos da política pró-imperialista no país.

Finalmente, Montaner pergunta se os Estados Unidos vão continuar espionando o Brasil. A resposta é direta: “É claro”.

O artigo deixa claro, em primeiro lugar, que o motivo da espionagem é político. Assim que os documentos foram divulgados, a imprensa capitalista brasileira quis dar a entender que a espionagem tinha fins principalmente econômicos. Ou seja, que eles queriam ter acesso a informações privilegiadas e obter benefícios na compa do petróleo etc.

Não há dúvida de que o interesse econômico está presente, mas como nosso jornal já havia dito à época, o Brasil é visto pelo imperialismo como uma ameaça. E isso fica claro nas declarações do embaixador.

Assim como os demais governos citados pelo suposto embaixador, o do Brasil tem pequenos atritos com o imperialismo e como todos os governos nacionalistas burgueses, desde aqueles que parecem mais radicais até os mais moderados, têm uma atuação antiimperialista muito limitada e buscam sempre a conciliação pacífica. 

Mesmo assim, constituem um problema para o imperialismo. Basta ver que grande parte desses governos na história acabaram derrubados por golpes militares ou assassinados.

Por mais que o PT tenha honrado os compromissos com o FMI, por mais que ele continue entregando as riquezas às empresas estrangeiras; privatizando e governando para os banqueiros, ele não é um governo de confiança dos Estados Unidos.

As implicações desse fato são as mais diversas: desde golpes institucionais ou militares, até uma intervenção aberta, como os Estados Unidos procurou fazer na Líbia, na Síria e como sonha em fazer com o Irã. Afinal, essas considerações praticamente incluem o Brasil no “eixo do mal”. Podemos torcer para que a fraqueza do imperialismo na atual etapa seja suficiente para impedir que isso aconteça, mas só a organização da classe trabalhadora brasileira é capaz de impedir uma ataque desse tipo por parte do imperialismo.


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