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241212 tagore oferenda lirica gitanjoli brasilBrasil - PGL - [José Paz Rodrigues] Depois de Bengala, a Índia e a Itália, o Brasil é o país em que cada ano saem a lume mais edições tagoreanas.


O acolhimento que teve Robindronath neste grande país de América Latina foi sempre extraordinário, a partir da publicação do Gitanjali, com o título de A Offerta lyrica, em 1914, pela editora O Pensamento de São Paulo, em tradução de Bráulio Prego, reeditado em 1929. E em 1915 com a edição no Rio de Janeiro, pela Tipográfica Besnard, da obra A lua crescente (The Crescent Moon), traduzida pelo Dr. Plácido Barbosa, que chegou a ter quatro edições até 1926. Em 1927 é publicado também no Rio, pela editora Vida Doméstica, O jardineiro (The Gardener/Mali), traduzido por Francisca de Basto Cordeiro. Quem, em carta de que tenho cópia datada no Rio a 23 de julho de 1931, e enviada ao secretário de Tagore a Santiniketon, escreve que, além de traduções, está a preparar uma biografia sobre os estudos, obras e vida de Tagore. Todavia, embora sendo este um facto importante para a divulgação literária de Tagore no vasto território brasileiro, importa assinalar que o decisivo para milhões de Brasileiros virem a descobrir uma figura de categoria universal como Robindronath, foi o livro de leituras escolares As mais belas histórias, lido em todas as escolas primárias do país que banham o rio Amazonas e o Oceano Atlântico. O livro foi editado pela primeira vez em 1954, com doze edições já em 1959, mais de quarenta em 1962 e mais de um cento em 1970. A coordenadora desta antologia fora a mestra e pedagoga Lúcia Monteiro Casasanta, seguidora como Tagore dos princípios educativos do movimento da “Escola Nova”, que também no Brasil teve muitos e importantes admiradores e difusores. Esta mestra teve a feliz ideia e o acerto de introduzir na série de “leitura intermediária”, segundo o nível de leitura dos alunos, o poema-conto de Robindronath “A ladra do sono”, em tradução de Abgar Renault, e pertencente ao livro A lua crescente (The Crescent Moon/Sissu).

Por isto, como muito bem escreve o professor Marcus Vinícius de Freitas, “Tagore se tornou um autor popular entre milhões de crianças no Brasil, através de uma pequena narrativa retirada do livro A lua crescente. E não é improcedente que assim fosse, uma vez que o poeta indiano marca a sua obra com profundos e constantes interesses didáticos”. Grande papel para a difusão da obra de Tagore no Brasil tivera também a edição, entre os anos 1939 a 1946, de seis obras de Robindronath pela editora do Rio de Janeiro Livraria José Olympio, dentro da coleção “Rubaiyat”. Em edições muito formosas e cuidadas, com capas desenhadas por grandes artistas, entre eles Tomás Santa Rosa, a coleção incluía obras antigas e modernas da literatura oriental, e de Tagore, o Gitanjali, O jardineiro, A lua crescente, Colheita de frutos, Pássaros perdidos e Memórias, com tradução dos textos ingleses a cargo dos poetas Guilherme de Almeida e Abgar Renault, de quem falarei mais adiante, e o de Memórias (Jibonsmriti) por Gulnara Lobato de Morais Pereira. Mais tarde, nos anos sessenta, com motivo do centenário do nascimento de Tagore, foram muito importantes as homenagens a Robindronath, celebradas em várias cidades brasileiras, e em diversas universidades do país, a exposição bibliográfica na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, e representações teatrais de algumas das suas obras dramáticas. A verdadeira dinamizadora das atividades, nesta altura, fora a grande tagoreana, poetisa e educadora, Cecília Meireles, a quem em 8 de novembro dediquei, porque muito o merece, um amplo artigo no PGL com o título de «A grande poeta Cecília Meireles, a maior tagoreana brasileira». Nos anos setenta, em tradução de Raul Xavier e Gasparino Damata, a editora carioca Livros do Mundo Inteiro, sob a epígrafe genérica de“Tagore: Obras seleccionadas”, publicou três volumes de obras de Robindronath. No primeiro inclui-seO jardineiro, Lua crescente, Gitanjali O cisne. No segundo o romance Dois amores e um rio (O naufrágio), e no terceiro, outro romance, A casa e o mundo (Ghore-Baire). Já nos anos noventa, em tradução de Ivo Storniolo e Jairo Veloso Vargas, foram publicadas pela Paulus editora de São Paulo uns dez livros de Robindronath. O próprio Storniolo, na mesma editora, com o título de Poesia mística (Lírica breve), publicou em 2003 uma ampla antologia poética tagoreana, com poemas de Gitanjali, O jardineiro, A colheita, A lua crescente, Presente de amante, Travessia, A fugitiva e Pássaros perdidos (este de aforismos).

1. Três tagoreanos e tradutores: Guilherme de Almeida, Abgar Renault e Ivo Storniolo:

Além de Bráulio Prego, Plácido Barbosa e Francisca de Basto Cordeiro, tradutores brasileiros de obras tagoreanas, de quem já antes falei, quero destacar outros tradutores como Eduardo Guimaraens, que em 1925 publicou em Porto Alegre uma antologia poética tagoreana titulada Poemas escolhidos. Luiz N. Greco, que traduziu A Religião do Homem (The Religion of Man), livro publicado pela editora Moderna de São Paulo em 1935. Gulnara Lobato de Morais Pereira, tradutora de Memórias (Reminiscences/Jibonsmriti), livro publicado em 1946 pela editora J. Olympio do Rio de Janeiro na coleção “Rubaiyat”. Gasparino Damata, que traduziu duas obras tagoreanas: Gitanjali (Oferenda lírica), editada pela Coordenada-Editôra de Brasília, em 1969, e Dois amores e um rio (O naufrágio) em 1972, romance editado pela Livros do Mundo Inteiro do Rio de Janeiro. Raul Xavier, que fez a tradução de Obras seleccionadas: O jardineiro. Lua crescente. Gitanjali e O Cisne, e do romance A casa e o mundo, dous volumes publicados no mesmo ano de 1972, pela mesma editora do Rio antes citada. Lígia Sousa Leão de Ayarza, tradutora de O jardineiro de Amor (The Gardener), publicada em 1973 pela Coordenada-Editora de Brasília. Vilma, que traduziu O significado da vida (Sadhana), publicado em 1985 pela Thesaurus Editora de Brasília. Leonardo Froés, que passou para português vários contos de Robindronath, publicados em 1992, com o título de O casamento e outros contos, pela Nova Fronteira do Rio de Janeiro. Jairo Veloso Vargas, tradutor do italiano de Citra (A descoberta do Deus da vida) eO Cristo, livros ambos publicados pelas edições Paulinas de São Paulo, respetivamente em 1997 e 1998. Alberto Pucheu, que fez a tradução de O coração de Deus (Poemas místicos de R. Tagore), publicados em 2004 pela Ediouro do Rio de Janeiro. Pela sua parte, Regina Mª Fonseca Ferreira, o professor Hermógenes, Aloísio Costa e António Lúcio da Silva, traduziram, respetivamente, as obras de Tagore: Uma canção para meu filho (São Paulo: Vergara & Riba Editora, 2004), outra versão de A Religião do Homem (Rio de Janeiro: Editora Record), A noite de núpcias e outros contos(Coordenada-Editora de Brasília) e Meditando com Rabindranath Tagore. Roteiro para um mês (São Paulo: Paulus Editora, 2004).

No entanto, os três tradutores mais importantes de obras tagoreanas, ao meu entender, foram:

a) Guilherme de Almeida (1890-1969):

Advogado, jornalista, poeta, ensaísta e tradutor, era natural de Campinas-São Paulo. Com quarenta anos, em 1930, foi eleito académico pela Academia Brasileira de Letras do Rio de Janeiro. Apoiou em 1932 a Revolução Constitucional de São Paulo, e também foi um grande especialista em heráldica. Foi membro da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto de Coimbra e do Seminário de Estudos Galegos (SEG) da Galiza. Em 1922 promoveu com outros intelectuais a Semana da Arte Moderna e fundou a revistaKlaxon, órgão principal dos escritores pertencentes ao movimento modernista brasileiro. Foi um poeta excecional, dominando amplamente o fazer poético, autor de numerosos livros de poesia de 1917 a 1953. Como tradutor, além de Tagore, traduziu Baudelaire, Paul Verlaine e Sartre. Ademais de proprietário de jornais paulistas, escreveu nos mesmos muitas crónicas e artigos.

Em 1979 fundou-se na cidade de São Paulo a “Casa Guilherme de Almeida”, um museu biográfico-literário situado na casa onde morou de 1946 até o ano 1969 em que faleceu. Dentro do mesmo se mantém um Centro de Estudos de Tradução Literária, organizando periodicamente atividades relacionadas com a teoria e a prática da tradução. De 12 a 17 de julho de 2011 organizou-se nesta casa a “I Semana Guilherme de Almeida”, em cujo programa cabe destacar a realização, em 16 de julho de 2011, de uma palestra e espetáculo de dança, organizada por Lúcia Fabrini de Almeida, sob o título de “Guilherme e Tagore: Afinidades eletivas”.

Almeida traduziu de Tagore duas obras: Gitânjali, editada em 1932 pela Companhia Editora Nacional de São Paulo, e O jardineiro (The Gardener/Mali), editado em 1939 pela J. Olympio Editora do Rio de Janeiro, dentro da formosa coleção “Rubaiyat”, com uma linda capa de Santa Rosa. O Gitanjali teve uma nova edição nesta mesma coleção e editora, e no mesmo ano de 1939. Estas traduções, magníficas, ajudaram muito a divulgar a poesia tagoreana, e os livros tiveram muitas reedições nos seguintes anos.

b) Abgar Renault (1901-1995):

Professor, educador, político, poeta, ensaísta e tradutor, de nome completo Abgar de Castro Araújo Renault, tinha nascido em Barbacena-Minas Gerais. Fez os estudos primários, secundários e superiores na cidade de Belo Horizonte. Ocupou numerosos postos docentes em estabelecimentos secundários e universitários, além de cargos públicos relacionados fundamentalmente com o mundo da educação, chegando mesmo a ser, por um tempo, Ministro da Educação e Cultura do Brasil, durante o governo de Nereu Ramos, criando infinidade de centros de estudos pedagógicos e de pesquisas educacionais e centros regionais. Durante largos anos foi o máximo representante do Brasil na Unesco, desenvolvendo um meritório labor e participando em numerosas conferências internacionais sobre educação, e em especial sobre alfabetização e ensino de adultos. Em 1968 foi eleito académico pela Academia Brasileira de Letras do Rio de Janeiro. Pertenceu também, pelos seus grandes méritos, à Academia Mineira de Letras, Academia Municipalista de Letras de Belo Horizonte, Academia Brasiliense de Letras, Instituto de estudos Latino-Americanos da Universidade de Stanford (Califórnia-USA), sendo assim mesmo presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa de Belo Horizonte. Foi um grande poeta, contemporâneo de Carlos Drummond de Andrade, participando no movimento modernista de Minas Gerais, e já antes no espiritualista do grupo da revista Festa. A sua obra pode, portanto, associar-se ao “Modernismo”, embora a sua poesia seja original, não formalista e não ligada a qualquer escola poética. A mesma tem sido incluída em numerosas antologias, no Brasil e no exterior.

A sua obra, em todos os géneros, é enormemente ampla, destacando, ademais dos seus livros poéticos, aqueles relacionados com o mundo da educação. Foi também um notável tradutor de poetas ingleses, norte-americanos, franceses, espanhóis e alemães. Era um grande especialista em Shakespeare. Como professor, esteve sempre ligado à educação e preocupou-se com a língua portuguesa, de que foi um grande conhecedor e fiel representante. De Robindronath Tagore, a quem admirava nas suas facetas poética e educativa, traduziu três obras dos textos ingleses: A lua crescente (The Crescent Moon/Sissu), Colheita de frutos (Fruit Gathering) Pássaros perdidos (Stray Birds). Os três livros foram publicados, igual que os antes citados em tradução de Almeida, com numerosas edições sucessivas posteriores, com capas do mesmo ilustrador Santa Rosa, na coleção “Rubaiyat”, da editora do Rio de Janeiro J. Olympio, respetivamente em primeiras edições, nos anos 1942, 1945 e 1947. Da qualidade da sua tradução dão ideia os numerosos parabéns que recebeu o tradutor em variados artigos de crítica literária publicados na imprensa, que a seguir passo a mencionar, colocando entre parênteses a data e o ano. Sobre a tradução de A lua crescente há depoimentos de Lemos Britto em Vanguarda do Rio de Janeiro (9-09-1942), José Lins do Rego em Jornal de Alagoas (2-10-1942), Roberto Lyra em A Noite do Rio de Janeiro (21-10-1942), Ernesto Alves Filho no Correio Popular de Campinas (30-10-1942), Brito Broca no A União de João Pessoa (20-12-1942), Tasso da Silveira no mesmo anterior da capital de Paraíba (25-12-1942), L. D. em “Notas avulsas” do Jornal do Comércio de Recife (12-01-1943), Jayme de Barros no Estado de Minas de Belo Horizonte (13-01-1943) e João Calazans no A Tribuna de Vitória (23-03-1943). Pela sua parte, a própria Cecília Meireles, no Leitura nº 25 do Rio de Janeiro, de dezembro-janeiro de 1945, sob a epígrafe de “Necessidades de poesia”, comenta as traduções tagoreanas de Renault. E o mesmo artigo, agora com o título de “Abgar Renault e Rabindranath Tagore”, foi publicado outras duas vezes, no Panorama, Arte e Literatura de Belo Horizonte, vol. 1, nº 5, de 1948, página 13, e no Suplemento Literário do Diário de Minas Gerais de Belo Horizonte, de 20 de julho de 1968. Pela sua parte, o grande poeta modernista Drummond de Andrade, amigo de Abgar e Cecília, com o título de “Tagore”, escreve um depoimento no Correio da Manhã do Rio de Janeiro, o 5 de maio de 1961, que serve para celebrar o centenário tagoreano e analisar as traduções das obras de Tagore realizadas por A. Renault.

c) Ivo Storniolo (1944-2008):

Natural de Ibitinga-São Paulo, era mestre em Sagrada Escritura pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma. Formado em Filosofia e Teologia, especialista na psicologia de C. G. Jung, foi professor de exegese do Antigo e Novo Testamento em São Paulo e Campinas. Foi coordenador da tradução, revisor exegético e um dos tradutores da Bíblia em língua portuguesa. Desenvolveu um importante labor na Paulus Editora brasileira, dirigindo a coleção “Amor e Psique”. Quando faleceu, era sacerdote católico da Diocese de São Carlos do Pinhal da capital de São Paulo. Na década de noventa, a partir de 1991, traduziu para a Paulus Editora nada mais e nada menos que nove obras de Robindronath Tagore e uma antologia poética. Em 1991 foram publicadas na sua tradução as seguintes obras tagoreanas:Gitanjali (Oferenda lírica), O jardineiro (Mali), A Colheita (Fruit Gathering), Pássaros perdidos (Stray Birds), A fugitiva (The Fugitive) Presente de amante e travessia (Regalo de amante. Tránsito). Em 1994, Sadhana: o caminho da realização. Em 2003, a antologia Poesia mística (Lírica breve) e, em 2007, o formoso livro Meditações, com ensaios tagoreanos dedicados à arte, à mulher, à educação, à busca da verdade, à meditação e à possibilidade do renascimento. Muitos dos títulos foram traduzidos a partir da versão italiana feita do bangla pelo grande tagoreano italiano Marino Rigon, que mora desde 1953 em Bangladesh, honra-me com a sua amizade, e se encontra como missionário xaveriano, desenvolvendo um labor excelente, na localidade bengalesa de Shelabunia-Mongla Port do distrito de Bagerhat. De todas as obras antes citadas houve várias reedições posteriores.

Pela sua profundidade, e a sua menção a Robindronath, quero dar a conhecer o que o excelente tagoreano e tradutor Ivo Storniolo escreveu uma vez: “Terminando, eu gostaria de afirmar que o amor é a maior força de Deus (…) Deus prefere nos seduzir. Rabindranath Tagore sempre salientou que o universo e a história em que vivemos é um imenso jogo de amor de Deus, que nos seduz, a fim de que respondamos, entrando no jogo. O amor, porém, nunca se impõe; ele apenas se insinua, se esconde e se disfarça, seduzindo-nos a procurá-lo. Onde procurar a Deus? Deixo a pergunta em aberto. A resposta vem de todos e cada um. A todos nos cabe, porém, nos desarmarmos, procurarmos a Deus no amor e com amor, e nos entregarmos inteiramente, para viver um amor que, não tenhamos dúvida, pode vencer todos os obstáculos, e criar o mundo verdadeiramente humano”.

2. Uma miscelânea brasileira sobre Robindronath:

Houve no Brasil outros admiradores da obra e pensamento de Tagore e fica muito por estudar sobre a receção que teve Robindronath em tão vasto país. Temos em primeiro lugar os que pertenciam ao grupo da revista Festa, seguidores da corrente “espiritualista”. Muitos passaram mais tarde a pertencer aos movimentos literários do simbolismo e modernismo. Entre eles podemos mencionar como admiradores do poeta bengali Francisco Karam (1902-1969), dono de uma poesia banhada de espiritualismo e orientalismo, Alceu Amoroso Lima (1893-1983), utilizando o pseudónimo de Tristão de Ataíde, pelo que é mais conhecido, Ronald de Carvalho (1893-1935), Tasso da Silveira (1895-1968), Emílio G. Moura (1902-1971), Murillo Araújo (1894-1980), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Murilo Mendes (1901-1975), Graciliano Ramos (1892-1953), Augusto Frederico Schmidt (1906-1965) e Gilberto Freyre (1911-1987), brasileiro de renome universal, poliglota e condecoradíssimo por muitos governos do mundo. Estando na Universidade de Colúmbia em Nova Iorque, no ano 1921, conheceu Tagore pessoalmente. Após o falecimento de Robindronath, na Revista da Semana do Rio de Janeiro, em 16 de agosto de 1941, página 42, Otávio Tavares escreve um depoimento titulado “Tagore: filósofo, escritor, poeta e dramaturgo”. E em 1986, com o título de Tagore e o Evangelho, Neuza Moraes de Baptista publica nas Edições Paulinas um interessante livro.

Robindronath Tagore recebeu em várias cidades brasileiras numerosas homenagens na sua lembrança. Em 1961 o Ministério da Educação e Cultura, para comemorar o centenário tagoreano, fez a edição antológica de obras de Tagore. A edição foi feita pelo serviço de documentação do ministério, com uma bela introdução arredor da grande figura de Tagore, nas suas facetas de escritor e educador. A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro organizou uma exposição bibliográfica de homenagem, inaugurada em 2 de abril de 1962. No catálogo editado desta exposição, ilustrado com fotos, desenhos e manuscritos de Tagore, há uma nota introdutória do diretor-geral Adonias Filho, a lista das obras tagoreanas expostas, editadas em 16 idiomas do mundo, e os escritos sobre ele, a lista de 45 fotografias que ilustravam a amostra, uma medalha e vários trabalhos manuais, elaborados com as técnicas do batik e o bhandni. Para comemorar o centenário tantas vezes citado, durante os anos de 1961 a 1963, além do que já referi sobre o particular no artigo antes citado dedicado a Cecília Meireles, o governo do Brasil lançou um selo de correios comemorativo e vários dos seus livros foram traduzidos para português e distribuídos gratuitamente entre as bibliotecas e centros culturais, que receberam também discos com as suas canções. Uma exposição denominada “Tagore no Brasil” teve lugar no Rio de Janeiro e depois foi levada a outros lugares do país. Publicou-se igualmente um volume especial com o título de “In memoriam de Tagore”. Esta informação sobre as ações ementadas aparece publicada no número extraordinário de O Correio da Unesco (The Unesco Courier) de dezembro de 1961, dedicado de forma monográfica a “Tagore, uma voz universal”.

No mes de maio de 1967 tem lugar na cidade de Porto Alegre outra homenagem a Tagore, na qual foi representada a obra O carteiro do rei, em tradução de Cecília Meireles. Com tal motivo editou-se um formoso folheto, que recolhe o elenco de atores da obra e os seus papéis na mesma, dirigidos pela actriz e diretora Maria Alzira Miguel, a capa de uma edição brasileira desta obra teatral, o hino da Índia “Jana Gana Mana”, traduzido também por Cecília, um texto sobre Gandhi, outro escrito com o currículo da diretora teatral antes citada e um texto sobre o conteúdo da homenagem a Tagore e sobre a representação teatral. Com data de 30 de maio deste mesmo ano de 1967, a Tribuna da Imprensa do Rio, publica um artigo dedicado à figura de Robindronath Tagore, onde se fala da anterior homenagem.

Para comemorar os 107 anos do nascimento de Robindronath, em 7 de maio de 1968, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro decorre uma jornada de homenagem, noticiada no mesmo dia em O Heraldo do Brasil, em A Tribuna da Imprensa do Rio e no Correio da Manhã, onde no 1º caderno aparece o título: ”Poeta indiano vai ser homenageado no Museu de Arte Moderna”. No ato pronunciou um discurso o embaixador da Índia Bijoy Krishno Acharyo e falaram também o presidente da Academia de Letras do Brasil, Austregésilo de Athayde, e o jornalista Aquino Furtado, com um depoimento sobre a vida de Tagore. Com este motivo, a embaixada da Índia no Rio editou com o título de “Rabindrantah Tagore” um caderno de Atualidades da Índia, correndo a edição a cargo da Divisão de Cultura e Imprensa da embaixada indiana. No mesmo aparece o texto da palestra do embaixador e programa dos diferentes atos a serem realizados. Ao dia seguinte aparece uma nota da homenagem, comentando as palavras proferidas por Austregésilo de Athayde, no jornal O Estado de São Paulo. Notícia da mesma homenagem aparece em 9 de maio em O Jornal do Rio, com foto da mesa presidencial e os intervenientes. Paralelamente, e com motivo desta homenagem a Tagore, o deputado e segundo secretário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Mauro Werneck, na mesma data de 7 de maio de 1968, fez a proposta à mesma, muito bem documentada, de pedido de um voto de congratulações com a Índia na pessoa do seu embaixador Sr. Acharyo, pelo decurso do aniversário de Tagore. A redação completa da sua proposta publica-se no Diário da Assembleia Legislativa de data 10 de maio de 1968. Oito dias mais tarde, a sábado 18 de maio, no caderno B, página 4, do Jornal do Brasil do Rio de Janeiro, o Departamento de pesquisa do jornal assina um formoso depoimento com o título de “Tagore e a mística em revisão”.

Quero notar que, embora um pouco polémico e com algum que outro erro, António Alexandre Bispo, na revista da Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência (ABE), em edição digital (internet-edição) nº 111 de 2008/1, publica um interessante artigo sob o título de “Similaridades entre a Índia e as Américas e a questão da falsa cultura: relembrando Rabindranath Tagore – Falta de compaixão pela Natureza é falta de cultura”. No mesmo dedica a Tagore um amplo capítulo e ao seu relacionamento com o Brasil, e inicia o seu depoimento desta maneira: “Dentre esses pensadores cumpre rememorar Rabindranath Tagore, um dos raros nomes da Índia que alcançaram larga divulgação no Brasil”.

Com o título genérico de “Rabindranath Tagore e a Cultura da Índia”, para celebrar os seus 150 anos, teve lugar (27 de maio de 2011) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, um Colóquio Internacional. Foi organizado pelo Centro de Estudos sobre a Índia, que funciona nesta universidade, em colaboração com a Embaixada da Índia e o Consulado indiano de Belo Horizonte, participaram, entre outros, a vice-presidenta do ICCR da Índia, Bharati Ray, que falou da visão de Tagore sobre a mulher; a professora de história da Índia na JNU de Nova Deli, Kunal Chokraborti, sobre a relação de Tagore com a sua Índia, e os tagoreanos, que por um tempo moraram no país indiano, em Nova Deli e Goa, Carlos Alberto Gohn e Dilip Loundo, professores na atualidade das universidades federais brasileiras de Minas Gerais e Juiz de Fora, respetivamente.

No ano 2007, no Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará, com o título de “A liberdade nomeada: Leituras de Cecília Meireles para Cânticos”, Emília Passos de Oliveira leu a sua tese de mestrado em Literatura Brasileira. Na mesma, ademais de a Gandhi, dedica um amplo capítulo a Tagore, explicando a profunda influência que este teve em Cecília Meireles e na sua criatividade poética, estabelecendo comparações entre poemas e cantares de ambos. A 16 de agosto de 2012, em Porto Alegre, no Centro Universitário Ritter dos Reis, foi lida a dissertação de mestrado de Rosangela Maria Zilio, sob o título de “Vivências Poéticas na Literatura de Rabindranath Tagore e de Cecília Meirelles: Aspectos Filosóficos, Religiosos e Culturais do Oriente”

Merece destacar-se que existe um blogue na internete dedicado a Robindronath com o nome de“Casa Poética de Tagore”. Coordenado de São Paulo por Marli Savelli de Campos, colabora no mesmo o autor do presente estudo.

Consultado por mim o arquivo de Robindro-Bhovon nos dous últimos anos em Santiniketon, verifiquei que existem cartas, hoje digitalizadas, enviadas a Tagore do Brasil. Merecem ser mencionadas as que a seguir resenho. Da cidade do Rio de Janeiro foram enviadas todas menos uma, e especifico a data em que foram escritas. Em 1 de janeiro de 1927, Elisa Fonseca solicita um retrato de Tagore e junta postal para felicitá-lo pelo ano novo. A mesma, no mesmo dia e mês, agora de 1928, volta a desejar a Robindronath um feliz ano. Em 1º de janeiro de 1932 Sonia Sofia Valdimirof envia a Tagore uma carta e dous postais (um deles escrito em 29 de dezembro de 1931). Para felicitar-lhe o novo ano, a modista Elena Fedorowna Nicolaiwna H. Romanof, manda um postal a Robindronath, com data de primeiro de janeiro de 1933. Em 27 do mesmo mes e ano, Shalom Risel, da Associação Brasileira Defensora dos Inventores, manda carta comentando as atividades que a mesma faz, sendo respondida de Santiniketon pelo secretário de Tagore, com data de 11 de abril desse mesmo ano. A última que encontrei enviada a Tagore, da cidade de Campinas, em 25 de outubro de 1937, está escrita por Ernesto Alves Filho, destacado professor de língua portuguesa e jornalista. Autor de vários artigos no diário Correio Popular e membro do Ateneu Paulista, que era uma Escola Normal Livre.

Finalmente, no Brasil é de referir que as facetas tagoreanas que ao longo dos tempos mais interessaram foram a poética, a romancista e a educativa e, especialmente, o seu profundo espiritualismo.

3. Bibliografia brasileira sobre Tagore :

ANDRADE, C. Drummond de: “Tagore”. Rio de Janeiro: Correio da Manhã, 5-05-1961.

CALAZANS, João: “O indu e o mineiro”. Vitória: A Tribuna, 23-03-1943.

MEIRELES, Cecília (et al.): Tagore. Associação Brasileira do Congresso pela Liberdade da Cultura, 1961 (folheto de 23 páginas).

MEIRELES, Cecília (Ed.): Homenagem a Rabindranath Tagore. Poeta, dramaturgo, ator, musicista, novelista, pintor, educador. Rio de Janeiro: Embaixada da Índia, 1961.

MEIRELES, Cecília: “Necessidade de poesia”. Rio de Janeiro: Leitura nº 25, janeiro 1945 (Tagore e A. Renault)

ID.: “Abgar Renault e Rabindranath Tagore”. Belo Horizonte: Panorama, Arte e Literatura nº 5, 1948, p. 13.

ID.: “Tagore and Brazil” in Rabindranath Tagore- A Centenary Volume. N. Delhi: Sahitya Akademi, 1961, Pp. 334-337.

ID.: Rabindranath Tagore and East West Unity. Rio de Janeiro: Brazilian National Commission for Unesco, 1961.

ID.: “Homenagem a Rabindranath Tagore”. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 7-05-1961.

ID.: “Um retrato de Rabindranath Tagore”. Rio de Janeiro: Cadernos Brasileiros nº 2, abril-junho de 1961.

ID.: “Tagore e o Brasil” no livro de Tagore A noite de núpcias. Brasília: Coordenada, 1968.

ID.: “Apresentação” no livro de Tagore Çaturanga. Rio de Janeiro: Delta Editora, 1962.

ID.: “Abgar Renault e Rabindranath Tagore”. Belo Horizonte: Diário de Minas Gerais- Suplemento Literário, 20-07-1968.

MORAES de BAPTISTA, Neuza: Tagore e o Evangelho. São Paulo: Edições Paulinas, 1968.

REGO, José Lins do: “Coração da Índia”. Jornal de Alagoas, 2-10-1942.

SILVEIRA, Tasso da: “A Lua Crescente de Tagore”. João Pessoa: A União, 25-12-1942.

TAVARES, Otávio: “Tagore: Filósofo, escritor, poeta e dramaturgo”. Rio de Janeiro: Revista da Semana, 16-08-1941, p. 42.

Primeiras edições de obras de Tagore em idioma português:

1.-Gitanjali (A offerta lyrica). 1914. São Paulo: Editora O Pensamento. Tr. Braúlio Prego.

2.-Chitra (Chitrangoda). 1914. Nova Goa-India. Tr. José F. Ferreira Martins.

3.-A lua crescente (The Crescent Moon). 1915. Rio de Janeiro: Tip. Besnard. Tr. Dr.

Plácido Barbosa.

4.-Poemas em prosa.1916. Nova Goa-India. Tr. José F. Ferreira Martins.

5.-Páxina escolleita: O Santo Narottam. O poeta Tulsidas. 1918. Corunha: A Nosa Terra.

Tr. Vicente Risco.

6.-O jardineiro d´amor. 1922. Porto: Livraria Nacional e Estrangeira de Eduardo Tavares

Martins. Tr. António Figueirinhas.

7.-Poemas escolhidos: O Jardineiro. Oferta lírica. Quarto Crescente. Corbelha. Outros

Poemas. 1925. Porto Alegre: Livraria do Globo-Barcellos Bertaso & Cia. Tr. Eduardo

Guimaraens.

8.-O Jardineiro (Mali). 1927. Rio de Janeiro: Vida doméstica. Tr. Francisca de Basto

Cordeiro.

9.-Gitânjali. 1932. São Paulo: Companhia Editora Nacional. Tr. Guilherme de Almeida.

10.-A Religião do Homen (The Religion of Man). 1935. São Paulo: Editora Moderna.

Tr. Luiz N. Greco.

11.-O Jardineiro (Mali). 1939. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora.

Tr. Guilherme de Almeida.

12.-Poesias: O músico e o poeta. 1939. Lisboa: Seara Nova. Tr. Augusto Casimiro.

13.-A casa e o mundo. Romance (Ghore Baire). 1941. Lisboa: Editora Inquérito. Tr. desde

o Bangla por Telo de Mascarenhas.

14.-A lua crescente (The Crescent Moon). 1942. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio

Editora. Tr. Abgar Renault.

15.-O naufrágio. Romance (Noukadubi). 1942. Lisboa: Editora Inquérito. Tr. desde o

Bangla por Telo de Mascarenhas.

16.-As quatro vozes. Romance (Choturongo). Mashi. 1942. Lisboa: Editora Inquérito.

Tr. desde o Bangla por Telo de Mascarenhas.

17.-A chave do enigma e outros contos (Golpoguccho). 1943. Lisboa: Editora Inquérito.

Tr. desde o Bangla por Telo de Mascarenhas.

18.-Poesia. 1943. Lisboa: Editora Confluência. Tr. Augusto Casimiro.

19.-Colheita de frutos (Fruit Gathering). 1945. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio.

Tr. Abgar Renault.

20.-Memórias (Reminiscences /Jibonsmriti). 1946. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio

Editora. Tr. Gulnara Lobato de Morais Pereira.

21.-Pássaros perdidos (Stray Birds). 1946. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora.

Tr. Abgar Renault.

22.-Inquietação (Gora). 1947. Lisboa: Editora Minerva. Tr. Alexandre Fonseca.

23.-O carteiro do rei (Dakghor). 1949. Rio de Janeiro: Inédito. Tr. Cecília Meireles.

24.-A Religião da Floresta. 1953. Lisboa: Notícias da Índia. Boletim da Legação da Índia.

Tradutor desconhecido.

25.-O coração da primavera. 1958. Braga: Ed. A.O.. Tr. Manuel Simões.

26.-Mashi. 1961. Rio de Janeiro: A Noite. Tr. Cecília Meireles.

27.-Çaturanga (Choturongo). 1962. Rio de Janeiro: Editora Delta. Tr. Cecília Meireles.

Nota: 2ª edição em Opera Mundi, 1973.

28.-Colheita de frutos. O jardineiro. Pássaros perdidos. A lua crescente. 7 poemas de

Puravi. Minha bela vizinha. Conto. Mashi. O carteiro do rei. A fugitiva. 1962. Rio de

Janeiro: Ministério da Educação e Cultura-Serviço de Documentação-Departamento

da Imprensa Nacional. Tr. de Abgar Renault, Cecília Meireles e Guilherme de Almeida.

29.-Excerptas de suas obras (A lua crescente, Colheita de frutos, Gitânjali, O jardineiro,

Puravi). 1963. Rio de Janeiro: Embaixada da Índia. Tr. por Abgar Renault, Guilherme

de Almeida e Cecília Meireles.

30.-A noite de núpcias. 1968. Brasília: Coordenada-Editôra de Brasília. Tr. Aloísio Costa.

31.-Gitanjali. Oferenda lírica. 1969. Brasília: Coordenada-Editôra de Brasília.

Tr. Gasparino Damata.

32.-Obras seleccionadas: O Jardineiro. Lua Crescente. Gitanjali. O cisne. 1972. Rio de

Janeiro: Livros do Mundo Inteiro. Tr. Raul Xavier.

33.-A casa e o mundo (The Home and the World). 1972. Rio de Janeiro: Livros

do Mundo Inteiro. Tr. Raul Xavier.

34.-Dois amores e um rio (O Naufrágio) (Noukadubi). 1972. Rio de Janeiro: Livros do

Mundo Inteiro. Tr. Gasparino Damata.

35.-A casa e o mundo (The Home and the World). 1973. Lisboa: Editora Minerva.

Tr. Fernanda Pinto Rodrigues.

36.-O Jardineiro de Amor. (The Gardener). 1973. Brasília: Coordenada-Editora de

Brasília. Tr. Lígia Souza Leão de Ayarza.

37.-O carteiro do rei. Malini. (The Post Office. Malini). 1976. O Castro-Sada: Ediciós do

Castro. Tr. Júlio Cuns Lousa.

38.-A Religião do Homem (The Religion of Man).1981. Rio de Janeiro: Editora Record.

Tr. Prof. Hermógenes.

39.-O significado da vida. 1985. Brasília: Thesaurus Editora. Tr. Vilma.

40.-A casa e o mundo (The Home and the World). 1986. Lisboa: Editora Presença.

Tr. Wanda Ramos.

41.-A lua crescente (The Crescent Moon). 1991. São Paulo: Paulus Editora. Tr. Ivo

Storniolo.

42.-Gitanjali (Oferenda lírica). 1991. São Paulo: Edições Paulinas. Tr. Ivo Storniolo.

43.-O Jardineiro (Mali). 1991. São Paulo: Paulus Editora. Tr. Ivo Storniolo.

44.-A Colheita (Fruit Gathering). 1991. São Paulo: Edições Paulinas. Tr. Ivo Storniolo.

45.-Pássaros perdidos (Stray Birds). 1991. São Paulo: Edições Paulinas. Tr. Ivo Storniolo.

46.-A fugitiva (The Fugitive). 1991. São Paulo: Edições Paulinas. Tr. Ivo Storniolo.

47.-Presente de amante e travessia. 1991. São Paulo: Edições Paulinas. Tr. Ivo Storniolo.

48.-O casamento e outros contos. 1992. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. Tr. Leonardo

Froés.

49.-Sadhana: o caminho da realização. 1994. São Paulo: Paulus Editora. Tr. Ivo

Storniolo.

50.-Gitanjali. 1996. Panaji-Goa: Rajhauns Building-Prabhakar Bhide-Rajhauns Vitaran.

Tr. Aureo de Quadros.

51.-Noibeddo-Oferta. 1996. São Paulo: Edições Paulinas. Tr. Jairo Veloso Vargas (do italiano).

52.-Citra. A descoberta do Deus da vida. 1997. São Paulo: Edições Paulinas. Tr. Jairo

Veloso Vargas (do italiano).

53.-O Cristo. 1998. São Paulo: Edições Paulinas. Tr. Jairo Veloso Vargas (do italiano).

54.-Kabuliwallah: O homem de Cabul. 2001. Lisboa: Embaixada da Índia (C. Cultural).

55.-O naufrágio (Noukadubi). 2002. Lisboa: Padrões Culturais Editora. Não consta

tradutor, mas é Telo de Mascarenhas.

56.-Poesia mística (Lírica breve). 2003. São Paulo: Paulus Editora. Tr. Ivo Storniolo.

57.-Poesia. 2004. Lisboa: Assírio & Alvim. Tr. José Agostinho Baptista.

58.-Uma canção para o meu filho. 2004. Cascais: Arteplural Edições. Tr. Pedro Lisboa.

59.-O coração de Deus. Poemas místicos de R. Tagore (The heart of God). 2004. Rio de

Janeiro: Ediouro Publicações. Tr. Alberto Pucheu.

60.-Uma canção para meu filho. 2004. São Paulo: Vergara & Riba Editora. Tr. Regina Mª

Fonseca Ferreira.

61.-Meditando com Rabindranath Tagore. Roteiro para um mês. 2004. São Paulo: Paulus

Editora. Tr. Antônio Lúcio da Silva Lima.

62.-Meditações. 2007. São Paulo: Editora Ideias & Letras. Tr. Ivo Storniolo (da edição castelhana).

63.-A Morada da Paz (La Demeure de la Paix). 2010. Campinas-SP: Verus Editora. Tr. Ivo

Storniolo (da edição francesa)

SANTINIKETON (Bengala-Índia), a 10 de Dezembro de 2012

(aos 111 anos da criação da Escola Nova-Santiniketon «Morada da Paz» por Tagore)


Notas:

A revisão lingüística do presente estudo esteve a cárrego de Carlos Durão.

Com o artigo citado, dedicado a Cecília Meirele, completam-se, de momento, as minhas pescudas sobre a acolhimento que Tagore teve nesse grande país que é o Brasil.


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