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280812 chagallBrasil - PCO - A mostra, que vai apenas até amanhã, apresenta uma rara oportunidade de conhecer uma das famosas séries de artista russo, inspiradas em 'A tempestade', de Shakespeare


Está atualmente em cartaz na capital paulista a série completa de A tempestade, de Marc Chagall, composta por 50 litografias inspiradas na peça homônima de William Shakespeare.

A série traz uma leitura altamente pessoal e mesmo autobiográfica de Chagall sobre a obra do dramaturgo inglês. É um trabalho dos mais significativos entre as séries de litografias do artista, que incluem interpretações visuais de obras como Almas mortas, de Nicolai Gógol.

Apesar disso, A tempestade, de Chagall, é uma série ainda pouco conhecida e quase nada estudada do artista. Nela o artista faz um paralelo entre o herói de A tempestade, Próspero, exilado em uma ilha, e sua própria vida como exilado político, perseguido pelo nazismo nas décadas de 1930 e 1940.

A série é um dos últimos trabalhos de Chagall, executada em 1975, quando o artista tinha já 88 anos. Ela chegou ao público pouco depois, ao ser publicada em Monte Carlo, pelas edições André Sauret, obra que reunia as 50 ilustrações para A tempestade.

Desde então, a série foi exposta em poucas mostras internacionais, sendo essa exposição brasileira, em cartaz no Centro de Cultura Judaica, é uma das raras oportunidades para se conhecer esse trabalho do artista russo.

A tempestade é tida como a última peça de William Shakespeare, e uma de suas obras-primas. Ela narra a história de Próspero, um feiticeiro de grande poder e ex-Duque de Milão, que por um ato de traição política foi exilado em uma ilha deserta, tendo em sua companhia apenas sua filha, Miranda, moça pura que nunca conheceu a humanidade; e seus dois escravos, Ariel, um espírito do ar, e o disforme Caliban. A história se inicia quando Próspero faz naufragar em sua ilha as figuras que foram responsáveis pelo seu exílio. Habilidosamente, e usando de todos os seus poderes e recursos, Próspero manipula todos ao seu redor para recuperar seu antigo posto em Milão. A personagem encarna, assim, as virtudes políticas de um homem que usa suas habilidades para desfazer um ato de perfídia contra ele, em uma peça que trata sobre o problema das virtudes e vícios humanos.

Uma peça como essa, repleta de elementos fantásticos, serviu perfeitamente à técnica de Marc Chagal, artista cujo traço distintivo de sua obra é transformação de ideias e sentimentos cotidianos em fantasmagorias organizadas de forma simbólica e expressiva.

A exposição Litografias de Marc Chagall para 'A Tempestade' de Shakespeare, ficará em cartaz apenas até amanhã, dia 29 de agosto. A entrada é franca.


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