Além de funcionários do instituto, também participam da inspeção moradores da região e movimentos sociais.
A indústria já foi denunciada várias vezes por contaminar o solo e os lençóis freáticos da região, provocando a destruição da natureza e da biodiversidade, além do mau cheiro causado pelos venenos produzidos pela empresa. Porém, não havia êxito na fiscalização. Todos os produtos da indústria são testados perto de áreas de mananciais, contaminando assim a água e as plantações dos agricultores que moram ali perto.
A Nortox é produtora de herbicidas, fungicidas, acaricidas, nutrição animal e inseticidas. É uma das principais responsáveis pela produção do glifosato pós-emergente, usado na cultura da soja transgênica, que envenena os alimentos consumidos pela população.
Na região vivem aproximadamente duas mil pessoas, que permanentemente expostas à contaminação dos seus produtos químicos.
Os Agrotóxicos da Nortox
Cerca de 300 trabalhadores do MST, funcionários públicos, comerciantes do município de Arapongas no Paraná, trancaram na última quarta- feira (17) a BR 369, no Km 195 em frente à empresa, como forma de denunciar a falta de fiscalização e descaso por parte dos órgãos responsáveis com a população da região e o meio ambiente.
O trânsito foi paralisado por 21 minutos, como forma de denúncia também aos 17 anos de impunidade do massacre de Eldorado dos Carajás.